quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ninguém é corrupto

Que é outro jeito de dizer que todo mundo é.

O brasileiro está habituado a pensar que a política é corrupta. Este pensamento é disseminado por uma mídia que trabalha de dia e de noite, tanto em seus noticiários, como em seus programas de entretenimento, para levar o cidadão a acreditar que todos envolvidos na vida pública vivem da corrupção, o que evidentemente está equivocado. Tantos são os políticos honestos, que o Brasil tem crescido e a desigualdade social tem sido erradicada, principalmente do lado mais pobre, que desde sempre sofreu por não ter sequer alimentos para sobreviver.
Não bastasse isso, muitas pessoas ajudam a espalhar ódio pelo país, coma alegação de que "isso só acontece no Brasil" ou "o Brasil não tem jeito" ou ainda que os culpados pelo Brasil "estar como está" é dos políticos que não acabam com a corrupção. As pessoas se esquecem - ou não sabem - que as mudanças acontecem primeiro em si, que não adianta esperar uma mudança nos líderes da sociedade se não houver uma transformação comportamental no indivíduo, na cultura de pensamento e na atitude. É um processo árduo e longo, sim, mas plenamente possível.
O brasileiro usa todos estes fatos como argumento para cometer pequenos atos de corrupção no dia a dia, mas não se atentam que o significado de corrupção, além de trazer o sentido usado na política, quer dizer na verdade, "ato de corromper" e não se aplica apenas para tratar de políticos, mas cabe também a pequenas ações que corriqueiras, como por exemplo, parar em uma vaga de deficiente, furar um semáforo, baixar um conteúdo de forma ilegal pela internet, disseminar mentira, sonegar impostos ou mentir.
Pequenas ações fazem a diferença, a história nos conta que as mudanças sempre acontecem iniciadas por um pequeno grupo de pessoas e não pelo senso comum e ainda, que para mudar, basta começar.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A culpa da imparcialidade

Vivemos num mundo de conflitos, enquanto países se enfrentam colocando a vida de milhões em risco, menos expressivamente, na sala ou no celular, amigos esquecem a vida real e esbravejam pelas redes sociais.
Muita gente tem seu lado, alguns são contra isso, outros a favor daquilo, mas o objetivo deste texto é refletir sobre os imparciais, ou seja, aqueles que não escolhem lado.
Tomar uma posição e defender uma teoria não é tarefa fácil, quanto mais trabalho ela envolver, mais confortável será ficar em cima do muro.
Os jovens de hoje são especialistas nisso, não escolhem partido, não confrontam as imposições da mídia, das marcas, eles apenas usam esta "falta de lado" para criticarem superficialmente a tudo e todos, criando uma nação cada vez menos crítica.
O grande problema é a responsabilidade que uma decisão carrega e sobretudo, a exposição que ninguém quer nas costas.
Como exemplo, vamos considerar as eleições deste ano, em especial para presidente da república. De um lado, o Partido dos Trabalhadores, que leva em seu histórico eleitores conscientes da mudança que os últimos governos propiciaram, de outro o PSDB, cujos eleitores se informam por meios de comunicação sabidamente manipuladores, que conseguem colocar trabalhadores e oprimidos em defesa dos opressores. Este eleitor, em especial, normalmente usa as seguintes expressões: "eu não sou de direita, nem de esquerda", mas em seguida sempre profere opiniões negativas contra o governo; ou "eu não tenho partido, mas você viu o escândalo em que o PT está envolvido? Do jeito que está não dá para ficar". Ele usa esta suposta imparcialidade para criticar, mas não receber críticas.
No primeiro turno, mais de 29 milhões de pessoas não compareceram para votar, isso representa 21% dos eleitores, que não acreditam na política ou que "não têm um lado".
Quais as consequências disso? Na política, um segundo turno carregado de acusações e de eleitores espalhando palavras de ódio contra nordestinos e pobres, por causa da presença marcante da presidenta entre esses segmentos, e por acreditarem que o governo usa beneficios sociais para comprar votos, ou por estarem vendo a classe baixa cada vez menos baixa, ou...(bom, se eu fosse listar todos os preconceitos o texto seria infinito). Em outras áreas, pessoas acomodadas por não ficarem de lado algum, usam isso como desculpa para espalhar ódio e falar mal de tudo.
Se elas tomassem partido, com certeza o rumo seria outro, mas isso dá muito trabalho, pois envolve o ato de pensar e ainda não desenvolveram aplicativo para isso.