sexta-feira, 24 de abril de 2015

Não entendeu a legalização do aborto e da maconha? Vou desenhar

Não sou a favor do aborto. Não sou a favor do uso maconha quando não sendo para uso medicinal. Mas sou a favor da legalização de ambos.Quando digo isso, a primeira pergunta é: “Você é favor de liberar a maconha?” Eu respondo, então: “Sou a favor de legalizar, pois liberada ela já está”.

Estou mentindo? Continue lendo, explicarei porque penso assim.

Não quero que meu filho use maconha, assim como não gostaria que uma filha minha fizesse um aborto, contudo, se ele quiser usar a maconha ou se ela decidir fazer um aborto, eu prefiro que seja com segurança. Quando afirmo que ambos estão liberados é porque ela conseguirá fazer o aborto, sendo legal ou não, e ele vai conseguir usar a maconha sem nenhuma dificuldade, a diferença aqui é que, estando ilegal, o risco de morte em clínicas clandestinas e médicos negligentes é muito mais presente. E no caso da maconha, a erva sem controle de qualidade e sem tributação abre espaço para uma cadeia de outras ilegalidades.
No caso maconha é que a sociedade decidiu reprimi-la, existe muito mais preconceito que fatos sobre ela. Desde quando ela foi rotulada como “droga” e “ilegal”, ela foi combatida com dureza pela polícia e mídia. Está bem visível que esta tratativa não foi eficaz, pois a ilegalidade da maconha alicia crianças e jovens para o mundo do crime, fazendo com que tanto traficantes como os usuários precisem ir até os morros ou becos buscar a erva e corram riscos de morte.
Portanto, ao legalizar a maconha, os usuários poderão consumir a substância em locais controlados, com devida tributação e segurança. Claro que deve haver uma conscientização para o consumo, se há ou não há riscos à saúde, mas o ponto não é este, se o cidadão quiser usar a maconha, ele irá, sendo ilegal ou não. Assim como o aborto, se uma mulher quiser realizar o procedimento, o fato ser ilegal não irá desencorajá-la, tanto que existem inúmeros relatos de mulheres mortas na mesa de cirurgia.

Se por tanto tempo fomos incompetentes ao tratar o aborto e maconha com maus olhos, não vai adiantar repetindo o erro, este é o ponto de mudar como países de primeiro mundo estão fazendo.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Configurações da conta: desativar

Acabo de excluir minha conta do Facebook. Meu coração dói tanto... Parece que saí de casa e esqueci de alguma peça de roupa. A princípio, ele era uma ótima ferramenta de comunicação, tornou-se muito mais popular que os concorrentes, ótimo para propagandas e melhor que qualquer ferramenta de spam para espalhar um boato. Inteligente, o Facebook encontra amigos de infância, do colégio, ensino médio, faculdade, empresas que trabalhei e ainda sugere amigos que nem eu lembrava que conhecia. Além disso, o filme Rede social, que conta a história da criação do site e o processo milionário que foi movido por coprodutores contra presidente da rede, deixou mais popular o que até menos de dois anos atrás era conhecido apenas fora das bordas brasileiras.
Descredenciei-me do Facebook, pois ele é utilizado atualmente apenas para entreter a massa com joguinhos, charadinhas, tirinhas e prende qualquer vulnerável cidadão a discussões quase nunca produtivas – ninguém discute nele assuntos como política, sociologia, filosofia. Não há como negar que, além de muito didáticos – o que trouxe à rede de computadores pessoas que jamais se viam em frente a um computador –, sites de relacionamento em geral são muito coloridos e divertidos, prendem mesmo a atenção de todos e fazem o usuário pensar que é mais popular entre sua rede de relacionamento.
Contudo, novas políticas de privacidade – como a recente divulgada pelo Google, que infelizmente, a maioria dos usuários nem tem ideia que pode agredir a soberania nacional – cliques pagos, páginas oficiais, verified accounts e “Curtir” evidenciam o verdadeiro objetivo de quem os administra, propaganda e moda. Por esses motivos, quem quiser me contatar, de agora em diante terá de se render ao bom e velho telefone celular (velho?), ao meu endereço de e-mail (também velho, não?) ou bater palmas em frente ao portão da minha casa