quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Usuários digitais dormem menos horas do que ficam online

Homem na cama navegando na internet pelo celular
Os usuários de meios digitais dormem menos horas do que o tanto que passam online, e embora a grande maioria pense que isto melhora sua qualidade de vida, não estão dispostos a pagar por serviços de maior qualidade.

Esse foi o resultado de uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial entre cinco mil usuários digitais em Brasil, China, Alemanha, África do Sul e Estados Unidos, representando assim todas as regiões e tanto países desenvolvidos como em desenvolvimento.

Só 34% dos usuários estão dispostos a pagar mais por um serviço melhor, um proporção que cai para 21% quando se trata de ter acesso a conteúdos educativos ou exclusivos em outra área. Mas 72% esperam que as companhias de internet protejam seus dados pessoais.

Há um entendimento geral de que os meios digitais tiveram um impacto positivo. 50% acreditam que sua vida é melhor graças a eles e uma em cada seis pessoas destacam sua utilidade para manter relações com amigos.

No entanto, a opinião sobre quão positivos são os meios digitais para a vida diária variam fortemente em cada país, com uma porcentagem elevada (entre 33 e 44%) de usuários no Brasil e na China que consideram que deveriam reduzir sua utilização.

Essa opinião é compartilhada por 20% dos usuários na Alemanha e nos Estados Unidos.

Em relação ao trabalho, dois terços dos entrevistados estimam que os meios digitais ajudam a fazer melhor seu trabalho, por facilitar os contatos profissionais, a parceria entre colegas, o desenvolvimento e a aprendizagem profissional.

Os efeitos sobre a memória de longo prazo, a duração do tempo de atenção, o estresse e o impacto sobre a saúde são os problemas mais frequentes associados pelos participantes da pesquisa ao uso dos meios digitais.

Em relação à vida privada, 41% assinalaram que foram influenciados na escolha dos meios digitais que utilizam por familiares e amigos, e só 5% pela publicidade.

De fato, um terço dos consultados afirmou utilizar bloqueadores de publicidade e controles de privacidade.

Outro aspecto relevante da pesquisa é a percepção que os usuários têm sobre a influência que os meios digitais tiveram em seu nível de participação política.

China e Brasil são os países onde mais gente - 70% e 62%, respectivamente - acreditam que que foram influenciados pela internet para um maior comprometimento político, muito acima dos 23% nos EUA, 29% na Alemanha e 39% na África do Sul.

Fonte: Exame

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