terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Política de comércio exterior do governo fracassa.

Redação
Monitor Mercantil 

O Boletim de Comércio Exterior (Icomex) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FVG/Ibre) aponta que o superávit da balança comercial, de US$ 50,9 bilhões, foi sustentado pela China, que contribuiu com US$ 33,6 bilhões.

Se o parceiro tão criticado pela família Bolsonaro garantiu 60% do saldo, a contribuição dos Estados Unidos – escolhidos como prioridade pelo governo brasileiro – deu prejuízo uma vez mais, e maior que em 2019. O déficit ficou em US$ 2,7 bilhões (no anterior, foi de US$ 400 milhões).

O saldo com a União Europeia foi positivo em US$ 1,5 bilhão, valor abaixo dos países da América do Sul, inclusive Argentina, de US$ 6 bilhões, e do restante da Ásia.

As commodities responderam por 66% do valor exportado em 2020, maior percentual da série iniciada em 1998, quando foi de 40%. O valor das exportações de commodities cresceram 0,5% de 2019 para 2020 e das não commodities recuaram 18,5%. Em volume, as commodities cresceram 7,4% e as não commodities recuaram 13,5%.

O boletim indica que as incertezas relacionadas à pandemia ainda não desapareceram dos cenários mundial e do Brasil, mas alguns pontos sugerem condições positivas para as exportações brasileiras. O primeiro está ligado à alta nos preços das commodities, que já começou a ser observado no segundo semestre de 2020 e se refletiu na melhora dos termos de troca, a partir de julho de 2020.

“O aumento de preços das commodities é uma boa notícia para o Brasil. A melhora nos termos de troca associada aos preços de commodities ajuda as exportações brasileiras de manufaturas com os parceiros sul-americanos exportadores de commodities. No entanto, para que o Brasil continue sendo um dos líderes nas vendas de commodities, especialmente agrícolas, o governo deve priorizar sua política ambiental e climática”, recomenda o Ibre.

 

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