quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Liberdade de expressão piora na América Latina, segundo instituições

Uma manifestante participa de protesto pela liberdade de expressão, em Caracas, no dia 1º de agosto de 2010. Foto: Miguel Gutierrez/AFP/Arquivos
Diretores da CIDH e da SIP concordaram nesta segunda-feira que a situação da liberdade de expressão piorou na América Latina, tanto pela violência contra jornalistas como por restrições de governos como o de Equador e Venezuela. "Lamentavelmente, hoje tenho que dizer que a coisa está piorando", assinalou o relator para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, durante a 71º Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em Charleston, Carolina do Sul.

"Não conseguimos baixar os níveis de violência em termos de ameaça, violência e assassinatos", disse o uruguaio Lanza. No México "não se investiga profundamente, não se chega aos autores intelectuais dos crimes, o que se torna um convite a repetir estes crimes", afirmou Lanza, ao apontar situações similares no Brasil, Guatemala, Honduras e Paraguai.

O presidente da SIP, Gustavo Mohme, denunciou 20 assassinatos durante o último ano na América Latina, ao divulgar o relatório final de seu mandato à frente da organização que reúne os donos e editores dos meios de comunicação. Segundo os últimos dados da SIP, apenas entre janeiro e julho de 2015 morreram violentamente 12 jornalistas na região, sendo 2 no Brasil, 3 no México, 2 na Guatemala, 2 em Honduras, 2 na Colômbia e 1 no Paraguai.

Mohme manifestou sua "máxima" preocupação com o fechamento de cerca de 30 jornais venezuelanos por falta de papel, pelas multas que aplicam o governo do Equador através da lei da mordaça, e pela discriminação da publicidade oficial que se comete na Argentina e em vários países do continente".

Fonte: Diário de Pernambuco

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