sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Visa lança o Checkout, seu serviço estilo PayPal, no Brasil

Visa Checkout
A Visa anunciou hoje o lançamento de seu novo método de pagamentos online no Brasil, o Visa Checkout. Conhecido nos Estados Unidos, na Austrália e no Canadá desde 2014, o produto permite que os clientes façam compras online em qualquer dispositivo conectado.

O serviço não exige o carregamento de uma carteira digital em um smartphone ou tablet, como acontece com o Google Wallet. “Nós não somos uma carteira, nós somos um cartão”, afirma Christopher Boncimino, vice-presidente sênior de soluções digitais da Visa, em entrevista a EXAME.com.

Similar ao PayPal, o Checkout coloca o cartão de crédito físico da Visa na internet a partir da integração entre sites de comerciantes e aplicativos comerciais móveis. Segundo Boncimino, os serviços diferem em dois pontos: design e usabilidade.

“Quando os usuários utilizam o Checkout, eles veem uma imagem do seu cartão de crédito físico antes de finalizar a compra. Nós percebemos que as pessoas clicam oito vezes mais quando visualizam o modelo de próprio cartão.”

No quesito usabilidade, Boncimino ressalta que, diferentemente do PayPal, o cliente não é redirecionado para outras páginas durante a transação. “Quando todo o pagamento é feito no site, as pessoas tendem a continuar na página. Isso é um fator de alta confiança.”

Para utilizar o Visa Checkout, o usuário pode ter um cartão de crédito Visa ou de outras bandeiras. Primeiro, o consumidor precisa criar um usuário e uma senha no site do serviço. Depois, ele precisa inserir suas informações de pagamento e o endereço de entrega.

Na hora de fazer a compra, o usuário informa o login e a senha para completar a transação. Os pagamentos podem ser feitos a partir do computador, tablet ou smartphone.

Até agora, a Visa fechou parceria com apenas um estabelecimento online, o FutebolCard – um site onde pessoas podem comprar ingressos para jogos em 12 estádios brasileiros. Percival Jatobá, vice-presidente de produtos da Visa no Brasil, relata que a empresa pretende ainda neste ano disponibilizar o Checkout para outros e-commerces.

O foco da Visa é entregar seu novo produto para grandes empresas. “Diferentemente de outros métodos de pagamento, o Checkout ficará disponível em sites de grandes lojas”, afirma Boncimino.

Para ele, o e-commerce não é um comércio voltado para pequenas e médias companhias. “Você pode ter milhões de pequenas companhias parceiras, mas no e-commerce o que vale são as grandes transações feitas em sites de grandes lojas.”

É seguro?

“A segurança do usuário é pensada desde o momento em que ele insere as informações de sua conta”, conta Boncimino. Segundo ele, o serviço tem cerca de cinco a sete camadas de segurança: de rede, dados, plataforma (compensação e liquidação), de aplicação dos dados e de transação.

De acordo com Boncimino, a Visa pretende melhorar a segurança dos pagamentos online com outros tipos de biometria, além da conta com a senha. No momento, o Visa Checkout já suporta o Touch ID no iPhone para a realização de pagamentos.

Porém, o reconhecimento de face ou de íris ainda não é uma realidade no serviço. Segundo Boncimino, “o uso de algumas tecnologias depende da localização do consumidor e de qual dispositivo ele está usando".

Futuro do pagamento online

Com a Visa e outras empresas apostando suas fichas em pagamentos online, perguntei a Boncimino se ele acredita que o fim do cartão de crédito físico está próximo. O executivo falou que acredita que o cartão de crédito físico ainda tem uma vida longa pela frente.

Contudo, ele ressalta que o desenvolvimento de novas tecnologias pode ajudar o cartão de crédito a tornar-se cada vez mais digital. "Essa explosão em dispositivos móveis ajudará o cartão. No final, o que precisamos é sempre escutar o que nossos consumidores querem."

Segundo Boncimino, o Checkout já está disponível em 16 países, contando com o Brasil. "No próximo semestre, pretendemos lançar o serviço na União Europeia." Até agora, seis milhões de pessoas em todo o mundo utilizam o Visa Checkout.

Fonte: Exame/Abril

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