sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Mourão sobre a China: “oportunidade e estratégia andam juntas em nosso relacionamento bilateral”.

Equipe Comex do Brasil
Comex do Brasil

Brasília – O vice-presidente Hamilton Mourão destacou a China como maior parceiro comercial do Brasil, ressaltando que “a crise mundial gerada pela pandemia de Covid-19 não alterou esse quadro, ao contrário, as autoridades chinesas estimam que a importação de produtos brasileiros baterá recorde em 2020, contrastando com o contexto de desaceleração generalizada do comércio internacional”. Segundo Mourão, “oportunidade e estratégia andam juntas em nosso relacionamento com a China”.

As afirmações foram feitas ontem (26) na abertura de um seminário do Conselho Empresarial Brasil-China. No evento, foi divulgado o estudo “Bases para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China”, encomendado por empresários que participam do conselho em meio às tensões geopolíticas entre Estados Unidos e o gigante asiático por influência econômica sobre outros países.

Em seu pronunciamento, o vice-presidente disse que “a complementaridade entre as economias de Brasil e China oferece bases sólidas para expandir e diversificar a relação nos mais diferentes setores”. Mourão evitou mencionar o recente atrito entre o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a embaixada da China.

Num claro contraponto a declarações depreciativas sobre a China feitas em série nos últimos meses pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo seu filho Eduardo, Mourão preferiu destacar a importância que a China tem como parceiro do Brasil, especialmente num momento em que, conforme afirmou, “a realidade mundial que emergirá do pós-pandemia estará orientada pela busca de um novo modelo de desenvolvimento econômico mais “verde” e mais tecnológico”.

Em mais um dos muitos elogios à China contidos em seu pronunciamento, o vice-presidente declarou que “para enfrentar esse desafio, poucos parceiros internacionais contam com capacidade e recursos, tecnológicos e financeiros, como a China”.

Na condição de presidente do Conselho da Amazônia, Mourão vislumbra na China outras características que credenciam o país como ator fundamental num mundo em transformação. Segundo ele, “o governo chinês identifica com clareza a nova dinâmica da economia mundial que alia o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental”, admitindo ainda que  “as novas estratégias chinesas de economia circular e sustentabilidade representam oportunidades para ampliar e diversificar nossas relações econômicas bilaterais”.

No evento, foi divulgado o estudo “Bases para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China”, encomendado por empresários que participam do Conselho em meio às tensões entre Estados Unidos e a China na cena geopolítica e econômica internacional.

Nessa disputa, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) tem se alinhado com os americanos. Nesse contexto, o estudo propõe que a China seja encarada não como uma competidora, mas como uma referência e oportunidade para diversificar a pauta de exportações e absorver novas tecnologias.

Após afirmar que “a complementaridade entre as economias do Brasil e da China oferece bases sólidas para expandir e diversificar a relação (bilateral) nos mais diferentes setores”e com o objetivo de defender o potencial das relações sino-brasileiras, Mourão se referiu à Parceria Regional Econômica Estratégica (RCEP, na sigla em inglês), lançada recentemente e que reúne 15 países (China, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Indonésia, Tailândia, Singapura, Malásia, Filipinas, Vietnã, Myanmar, Camboja, Laos e Brunei).

Segundo o vice-presidente Mourão, a RCEP “reafirma o papel da Ásia como centro dinâmico do capitalismo em nossa era. Esse movimento de integração regional demonstra o acerto na prioridade conferida pelo governo Bolsonaro à inserção competitiva do Brasil nas cadeias de valor global. Nossa política comercial aponta justamente para a busca por associações com parceiros que possuem a capacidade de alavancar as vantagens competitivas do País”.

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