terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Estado de SP passará Natal e Ano-Novo na fase vermelha contra Covid, só com serviços essenciais.

Igor Gielow    
Isabela Palhares

Folha de São Paulo

Após salto de óbitos, medidas mais restritivas vigorarão dias 25, 26, 27 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro

Todo o estado de São Paulo irá regredir para a fase vermelha, a
mais restritiva do plano de contenção da pandemia do novo
coronavírus, durante os feriados de Natal e do Ano-Novo.
A decisão de retroceder todas as regiões do estado foi anunciada nesta
terça (22). Todas as regiões ficarão nesta fase durante os dias 25, 26 e
27 de dezembro e I, 2 e 3 de janeiro.
O governo teme um descontrole da pandemia após as festas de fim de
ano, já que nas últimas quatro semanas São Paulo registrou um salto de
54% do número de casos e de 34% nos óbitos.
Na fase vermelha, é permitido o funcionamento apenas de atividades
consideradas essenciais, como serviços de saúde e supermercados.
"Entre o Natal e Ano Novo não estamos em um período de festas. As
medidas que decidimos adotar trazem esse simbolismo, não é
momento de aglomeração, de festas", disse Patrícia Ellen, secretária de
Desenvolvimento Econômico.
As restrições foram anunciadas sem a presença do governador João
Doria (PSDB), que iniciou nesta terça um recesso de 10 dias.

O índice de pessoas que se diz em quarentena caiu, neste mês, ao
menor nível desde o início das medidas para conter a pandemia, em
março. No sábado (19), dados das companhias de telefonia móvel
mostraram que a taxa de isolamento no estado foi de 40%. O patamar
considerado razoável pelo governo é acima de 50%.
Desde de 30 de novembro, todo o estado está na fase amarela, a
intermediária entre as cinco, após ter passado 45 dias na fase verde,
que permite todas as atividades desde que cumpridos protocolos de
higiene, distanciamento social e pequena restrição de horários.
"As medidas que estamos tomando são duras, mas necessárias porque
não podemos correr o risco de em 2 semanas chegar ao patamar que
os países europeus estão hoje. Precisamos evitar o colapso no
atendimento médico", disse João Gabbardo, secretário-executivo do
comitê de contenção do coronavírus de São Paulo.
Uma das principais preocupações do governo é com o rápido aumento
de internações, especialmente depois de parte dos leitos reservados
para casos de Covid-19 ter sido desmobilizada com o decréscimo de
casos.
A região de Presidente Prudente foi reclassificada extraordinariamente
para a fase vermelha a partir desta terça depois de atingir 83,1% de
ocupação dos leitos de UTI. É a única localidade do estado que
ultrapassou a marca de 80% de leitos ocupados, por isso, a regressão.
Outra região que preocupa o governo do estado é a da Grande São
Paulo, que está com
61,9%.

AS medidas que estamos tomando são duras, mas necessarias porque
não podemos correr o risco de em 2 semanas chegar ao patamar que
os países europeus estão hoje. Precisamos evitar o colapso no
atendimento médico", disse João Gabbardo, secretário-executivo do
comitê de contenção do coronavírus de São Paulo.
Uma das principais preocupações do governo é com o rápido aumento
de internações, especialmente depois de parte dos leitos reservados
para casos de Covid-19 ter sido desmobilizada com o decréscimo de
casos.
A região de Presidente Prudente foi reclassificada extraordinariamente
para a fase vermelha a partir desta terça depois de atingir 83,1% de
ocupação dos leitos de UTI. É a única localidade do estado que
ultrapassou a marca de 80% de leitos ocupados, por isso, a regressão.
Outra região que preocupa o governo do estado é a da Grande Sáo
Paulo, que está com ocupação de 67%. Em todo o estado, a taxa é de
61,9%.
Também há preocupação com as regiões de Sorocaba e Registro por
conta do aumento de internações em UTI.
Segundo Gabbardo, apesar do esforço e da capacidade do governo em
reabrir novos leitos de UTI e enfermaria, atualmente a principal
dificuldade para o atendimento médico é a indisponibilidade de
profissionais da área da saúde.
"As pessoas perguntam porque não reabrir leitos em hospitais de
campanha. Talvez a gente tivesse dificuldade em encontrar
profissionais para trabalhar nesses hospitais, a situação agora é
diferente do início da pandemia. 

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