segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Exportações de SC somam US$ 6,7 bilhões; Saiba como o profissional de comércio exterior atua para melhorar as transações internacionais.

 FURB 
 G1
 
O Estado catarinense tem registrado uma queda na corrente de comércio internacional devido à pandemia do novo coronavírus. No acumulado do ano até o final de outubro, as exportações de Santa Catarina caíram 10,3% e somaram US$ 6,7 bilhões. Já as importações apresentaram retração de 13,8% e movimentaram US$ 12,2 bilhões no mesmo período, sempre na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Os dados foram levantados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). A expectativa do setor produtivo é que a situação se reverta no ano que vem, com a chegada da vacina.

Para que essas transações ocorram da melhor forma possível, segundo as leis e acordos internacionais vigentes, muitas empresas possuem um profissional de comércio exterior, que trabalha diretamente com a compra e venda de insumos e produtos.

Profissionais desta área lidam com as questões comerciais, tributárias e aduaneiras. Para isso, são necessários conhecimentos da área de administração, economia, direito, além de domínio de línguas estrangeiras.

É possível trabalhar em empresas de importação e exportação, agências de comércio exterior ou grandes organizações. “Também há oportunidades em bancos e corretoras de câmbio, além da área operacional, relacionando frete internacional, produção e documentação”, destaca Germano Gerhke, que é coordenador do curso de Comércio Exterior da Universidade de Blumenau (FURB).

Como é o curso de Comércio Exterior

O curso da FURB dura três anos. Cerca de 60% das disciplinas são focadas no comércio exterior e 40% possuem base na área de administração financeira, recursos humanos e produção.Os cinco primeiros semestres contam com aulas à noite. No último, o aluno realiza um estágio supervisionado e cursa duas disciplinas.

Além das matérias que são ofertadas em inglês - globalização, marketing, empreendedorismo e negociações internacionais -, o estudante cursa direito internacional, legislação aduaneira, normas de importação e exportação, direito operacional, microeconomia, economia internacional e teoria e prática cambial.

“É preciso ter curiosidade e interesse pelo diferente. O profissional vai atuar com pessoas de diversas culturas que podem não ter nada a ver com a nossa. É preciso ter empatia e se colocar no lugar do outro”, acredita Gerhke.

O interesse por idiomas é fundamental, principalmente inglês e espanhol. Segundo o coordenador, a maior parte dos estudantes ao longo dos três anos ou iniciam estágio ou trabalham em empresas da área. “O comércio exterior passa pelas crises. As empresas procuram exportar quando a economia doméstica está mal. Quando acaba se recuperando, empresas procuram importar para aumentar a produção”, acredita.

Intercâmbios acadêmicos fortalecem experiência

Desde 1998, a FURB estabelece diversos convênios com Instituições de Ensino Superior da Europa, América do Norte, América Latina, Ásia e África. A Universidade desenvolve trabalhos em cooperação com instituições estrangeiras com programa de intercâmbio de alunos, professores e servidores técnico-administrativos.

David Bilsland, coordenador de Relações Internacionais da FURB,acredita que a experiência é de extrema importância para os alunos. “Traz uma bagagem fora de sério para eles. Além do aprendizado de equivalência de disciplinas, a independência, o salto na maturidade dos alunos é evidente”.

A coordenadoria articula toda a parte de intercâmbio e convênios internacionais, que preveem desde mobilidade de alunos e staff da FURB a pesquisas internacionais, dupla diplomação e doutorado sanduíche. Ainda, na recepção e acompanhamento de alunos e professores estrangeiros.

Com a pandemia, houve uma diminuição na procura por intercâmbios, mas eles ocorreram mesmo assim.. “Tentamos fazer alguns experimentos de intercâmbios virtuais. Outros aconteceram da mesma forma, presencial. Quando iniciou a pandemia, a gente tinha quase 30 alunos fora, em países como Alemanha, Suécia, Portugal, Espanha, Áustria... Já tivemos também na Holanda, Argentina, Chile e muitos outros”, aponta Bilsland.

No entanto, as universidades estrangeiras também passaram a ministrar as aulas na modalidade Ead e as famílias de alguns alunos acharam melhor que eles retornassem para casa. “Também tivemos alunos que vieram de fora da FURB que decidiram ficar até o final do semestre. Contamos com dois alunos da Costa Rica, que cursaram arquitetura conosco. Fizeram o segundo semestre todo à distância”, explica o coordenador.

O setor também é responsável por articular o ingresso dos alunos por meio de bolsas acadêmicas para programas de intercâmbio. Diversas instituições parceiras dispõem de oportunidades e a FURB realiza as pré-seleções. “Temos casos também de ex-alunos que têm a possibilidade de fazer mestrado ou doutorado fora e ajudamos na candidatura, damos o apoio necessário para que eles consigam chegar lá”, completa Bilsland.

Acadêmicos matriculados em cursos de graduação da FURB podem participar do Programa de Intercâmbio. É possível completar 25% dos créditos previstos na grade curricular dos cursos na instituição internacional. O período do intercâmbio pode ser de um ou dois semestres.

Os créditos cursados no exterior são validados pelo colegiado de curso da Universidade, a partir da entrega de toda a documentação referente ao cumprimento no país escolhido pelo estudante. Com o Programa de Intercâmbio, o aluno pode cursar as disciplinas sem pagar taxas de matrícula e mensalidades no exterior. 

 

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