Com fama de progressista, o ministro do STF já foi jogador de vôlei, é apaixonado por poesia e gosta da cantora Maysa
O ministro Luís Roberto Cardoso conversa com Gilmar Mendes no Supremo Tribunal Federal
A cada tentativa de discussão sobre a descriminalização do uso de maconha no Supremo Tribunal Federal (STF), despontam nas redes sociais mais comentários favoráveis à droga. Nesta quinta-feira (10) a adesão se repetiu. Assim que os ministros do Supremo começaram a abrir o voto sobre a ação, o assunto tomou conta do Twitter. Dos três ministros que declararam seu voto – todos favoráveis ao direito ao uso da droga –, quem bombou nas redes foi Luís Roberto Barroso, que virou uma espécie de herói instantâneo da causa.
O ministro, que chegou ao STF em 2013, defendeu que o usuário possa ter até 25 gramas de maconha e plantar em casa seis pés – tudo para o consumo próprio. "A solução que nós três [GIlmar Mendes, Edson Fachin e o próprio Barroso] propusemos não corresponde ao sentimento majoritário brasileiro, isso porque o debate começou agora e ele é marcado por todo o preconceito que cerca o debate das drogas", ponderou Barroso.
Sua argumentação foi clara em defesa da liberdade do uso da maconha e passou longe dos costumeiros rebuscamentos vistos entre os ministros da Corte.
Apesar da fama momentânea entre os apoiadores da causa, poucos conhecem o perfil do ministro Barroso. Nascido em Vassouras (RJ) em março de 1958, ele se formou em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Depois, fez mestrado na Yale Law School, nos Estados Unidos e tornou-se livre-docente pela própria Uerj (passou em primeiro lugar no concurso de provas e títulos, segundo currículo publicado no seu site). Anos depois, titulou-se como Doutor em Direito Público pela universidade carioca. Em 2011, foi professor visitante na Harvard Law School (nos EUA).
Nesse tempo de carreira, além de ter sido procurador do Estado do Rio de Janeiro, foi professor (ainda dá aula na Uerj uma vez por semana de Direito Constitucional) e sócio de um escritório de advocacia. Também publicou vários livros na área do Direito, além de artigos no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.
Barroso mantém seu site atualizado sobre julgamentos, artigos e algumas pitadas pessoais. Por exemplo, a sugestão musical para um domingo de abril. "Encontrei no Youtube uma versão de Maysa para a linda música “Viagem”, de João de Aquino e Paulo César Pinheiro. Melodia e poesia belíssimas. Bom domingo.", escreveu.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2015-09-11/quem-e-barroso-o-defensor-do-direito-ao-uso-de-maconha-que-virou-heroi.html
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