terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Brasil não pode ter “ideologia nem bandeira” no comércio exterior, afirma CNA.

Estadão Conteúdo
DBO

O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, disse nesta terça-feira (1/12) que o Brasil não pode ter “ideologia nem bandeira” no comércio exterior. “Exportamos para mais de 170 países. Não são os Estados Unidos que vão determinar o que produzimos ou para quem vamos vender”, afirmou.

Em coletiva para fazer um balanço de 2020 e projeções para 2021, Martins foi questionado sobre a visão do setor dos recentes embates do entorno de Bolsonaro com a China.

Na semana passada, a embaixada da China em Brasília reagiu à acusação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Bolsonaro, de que o país praticaria espionagem por meio de sua rede de tecnologia 5G. “Ele não é o presidente da República, os filhos do presidente são apenas deputado e senador”, afirmou Martins. “O presidente é o Jair Bolsonaro, é ele que quando fala temos que ouvir”, completou. 

Martins disse que seu relacionamento no governo é com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que disse ter “constantemente contornado rompantes”. Ele ressaltou ter uma “relação profissional” com o presidente Jair Bolsonaro. “A CNA tem que se portar com profissionalismo, é a representante dos produtores rurais de todas as ideologias”, completou.

Martins disse que conversou com o embaixador da China no início da pandemia, com quem disse ter relação de “amizade pessoal” para garantir que não haveria problemas de abastecimento. 

A superintendente de Relações Internacionais da confederação, Lígia Dutra, defendeu o pragmatismo nas relações comerciais e disse que o produtor brasileiro é hoje um grande parceiro do comprador chinês.

“Claro que existem tensões geopolíticas, que não são exclusivas do Brasil. Por isso é preciso fortalecer negociações multilaterais e a Organização Mundial do Comércio (OMC), que é onde podemos questionar se as políticas feitas pela China estão ou não de acordo (com as regras de comércio). Temos que usar esses caminhos”, completou.

Lígia lembrou que houve redução de comércio do Brasil com os Estados Unidos neste ano, mesmo com a aproximação dos presidentes dos dois países. “Comércio é pragmatismo. Podemos ter um alinhamento com o governo para questões políticas, mas para as comerciais, precisamos trabalhar o mercado, conhecer o consumidor. São coisas técnicas que temos que fazer cada vez mais”, explico.

Ela disse ainda esperar, mesmo com a eleição do democrata Joe Biden para a presidência dos EUA, a continuidade de uma política “bastante intensa” daquele país em relação à China. “Não é porque entrou o novo presidente que vai acabar a guerra comercial”, ponderou.

Lígia disse ainda que o Brasil deve ficar atento ao Brexit – a saída do Reino Unido da União Europeia – que representa uma oportunidade para o Brasil. “Os principais exportadores para o Reino Unido são europeus. Com a saída deles do mercado comum, temos oportunidade de aumentar nossas exportações”, afirmou.

Exigências ambientais

Martins disse que o setor vem tomando medidas para fazer frente às exigências ambientais de países europeus e que também devem ser feitas no governo do democrata Joe Biden nos Estados Unidos. 

Ele citou que o País está desenvolvendo sistemas de rastreabilidade e tem uma lei ambiental bastante rigorosa no Código Florestal. “Temos tudo para cumprir as exigências ambientais. Não vejo nenhum problema nessa área”, acrescentou.

Inflação

A inflação de alimentos não deve ser, em 2021, um problema tão grande quanto foi este ano, de acordo com a CNA. A expectativa é de que o País aumente a produção e que não haja um aumento da demanda tão súbito quanto houve com o pagamento do auxílio emergencial pelo governo.

“Este ano, tivemos variáveis que intensificaram tanto a demanda quanto a queda na produção”, disse o superintendente técnico da entidade, Bruno Lucchi. “E esse cenário foi intensificado com a pandemia. Depois da pandemia, deve haver aumento da produção de todas as proteínas animais e todos os grãos, mesmo com a questão climática, então o lado da oferta será beneficiado. Em relação à demanda, o aumento momentâneo que veio no ápice da pandemia vai ser diluído ao longo do ano”, completou. O presidente da entidade, João Martins, destacou que os preços de carne, leite e arroz já caíram. 

Para explicar os altos preços este ano, os executivos afirmaram que o dinheiro do auxílio emergencial no Brasil foi usado, em grande parte, na compra de alimentos, e, por causa da pandemia, muitos países tiveram problemas de desabastecimento. Além disso, a desvalorização do real estimulou exportações. “E, no começo da pandemia, não sabíamos como seria o consumo de alimentos no Brasil, então escoaram a produção para a exportação.”

Projeções

O PIB do agronegócio brasileiro deve continuar crescendo em 2021, embora em menor ritmo do que em 2020, segundo projeção da CNA. A estimativa para o próximo ano é de aumento de 3% no PIB do setor, para R$ 1,8 trilhão; já para 2020, a entidade projeta avanço de 9%, para R$ 1,75 trilhão.

De acordo com a CNA, o setor agropecuário ajudou o País durante a pandemia e deve seguir fazendo o mesmo no ano que vem. “Foi uma estratégia de guerra que nós adotamos, e que, de certa forma, teve êxito” afirmou Lucchi. “Muitos produtores se prejudicaram, mas acreditamos que saldo final seja positivo.” Entre janeiro e outubro, o setor criou 102.911 empregos formais. Nos dez primeiros meses deste ano, o País exportou US$ 85,8 bilhões, o que representa um avanço anual de 5,7% em valor e de 12,4% em volume. 

Para o ano que vem, Lucchi diz que o País deve manter uma safra recorde, mas que o clima deve influenciar a produção brasileira. “O La Niña já atrasou a safra de soja, vai atrasar a safrinha de milho. A safra verão de milho também já foi afetada”, disse. “Não deixaremos de ter safra recorde, mas a safra poderia ser maior se não fosse a questão climática.” O milho, de acordo com Lucchi, é uma preocupação. “A nossa produção deve estar bem ajustada ao consumo doméstico e a China vai voltar a comprar muito. Nós não vendemos diretamente para a China, mas a China compra de outros países e esses outros países podem vir comprar do Brasil.”  


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Covid-19: tarifa zero para importação de medicamentos é prorrogada.

Beatriz Evaristo
RadioagênciaNacional

O imposto para a importação de medicamentos e insumos essenciais para o enfrentamento da covid-19 teve o prazo prorrogado até dia 30 de junho de 2021 pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). Os testes para a detecção do novo coronavírus e vacinas estão entre os produtos que podem entrar no Brasil com tarifa zero. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (29).

De acordo com o governo, a intenção é aumentar a oferta de medicamentos, assim como os insumos para a produção nacional de bens destinados a combater a pandemia, diminuindo os custos para a fabricação desses bens no país e aumentando a sua disponibilidade para o sistema de saúde.

Com a prorrogação, os órgãos e entidades do governo responsáveis por licenciamento, controle ou fiscalização de importações devem continuar dando prioridade para a liberação dos produtos listados na resolução.

Mesmo com a extensão do prazo, que terminaria em 31 de dezembro deste ano, alguns materiais ficaram de fora da redução da alíquota, como álcool 70%, sabão e outros itens de uso hospitalar.

 

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Porto do Pecém ganhará em 2021 um Hub de Comércio Exterior.

Egídio Serpa 
Diario do Nordeste

Celebrando ontem a ancoragem do 15º cabo submarino de fibra ótica na Praia do Futuro, da EllaLink, o que torna consolida Fortaleza como um dos dois maiores entroncamentos mundiais de Telecom, o secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará, Maia Júnior, relaciona o que chama de “motivos que atraem a atenção e o interesse do investidor nacional e estrangeiro pelo Ceará”. 

Ele cita “o respeito aos contratos, o equilíbrio fiscal que vem desde 1987, a transparência, a confiabilidade, o agronegócio tecnologicamente avançado e renovado, a geração e a exportação de energia elétrica de diferentes fontes, o Porto do Pecém e sua logística de transporte, a oferta hídrica que garantiu água durante os sete anos de poucas chuvas no Estado, as políticas de educação que colocaram o Estado na liderança nacional do ensino fundamental, a boa ambiência dos negócios, a ausência de querelas políticas internas e o apoio da população ao seu governo”.
 
Tudo isto, segundo o secretário, sustentam o prestígio do Ceará junto aos mercados investidores. 

Maia Júnior mostra à coluna um rol com mais de 30 grandes empresas nacionais e multinacionais com as quais o Estado negocia para a implantação de novos empreendimentos em sua geografia. 

Ele revela que, neste momento, em parceria com a Federação das Indústrias (Fiec) e com uma grande corporação nacional, o governo cearense finaliza entendimentos para a instalação de um Hub de Comércio Exterior, “que terá Pecém como âncora de suas importações e exportações, aí incluídos veículos multimarcas e autopeças e acessórios importados”.
 
O secretário, alegando cláusula de confidencialidade, omitiu o nome do grupo empresarial, mas adiantou que “tudo está muito bem adiantado”, devendo ser anunciado ao longo do próximo mês de janeiro.

DUPLICAÇÃO

Titular da Superintendência de Obras Públicas (SOP) do governo do Ceará, o engenheiro Francisco Quintino Vieira já informou o governador Camilo Santana que, até o fim do próximo mês de fevereiro, estará pronta a duplicação da CE-155, rodovia que liga a BR-222, no distrito de Primavera, em Caucaia, ao Porto do Pecém.
 
Mas o pavimento da estrada está sendo feito em asfalto e não em concreto, como se pretendia, o que reduzirá a sua vida útil. O tráfego ali é continuará sendo muito pesado, necessitando, pois, de uma pista de pavimento rígido.

Detalhe: o que atrasava a obra já foi resolvido: os postes da Enel, que se encontrava no meio da duplicação, estão sendo removidos para terras privadas à margem da rodovia, com o que os serviços ganharão mais velocidade.

CIMENTO

Por falta de cimento a construção civil e as obras rodoviárias do Ceará não sofrerão solução de continuidade. 
A Companhia de Cimento Apodi está investindo R$ 360 milhões na ampliação de sua fábrica do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), que será duplicada.
 
Por sua vez, a Votorantim investe R$ 200 milhões em sua unidade cimenteira na mesma área do CIPP, a qual será também ampliada.
 
LEITE EM PÓ

Atenção! Antes de chegar fevereiro de 2021, a cearense Betânia Lácteos, empresa líder do mercado de lacticínios no Nordeste, inaugurará sua moderna fábrica de leite em pó, em implantação nas cercanias da cidade de Morada Nova. 

A informação é do secretário do Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior.

PEDOFILIA

Cresce no país, inclusive em alguns setores da mídia, um movimento para considerar doença a pedofilia, que é crime dos mais horrorosos.

Ou seja, quem estupra uma criança seria, segundo esse movimento, um doente que precisa de tratamento e não um criminoso movido pelos instintos mais primitivos.
 
A pedofilia é algo tão abominável e odiento, que até nos presídios o pedófilo é rejeitado, tratado de forma radical e tem o mal cortado pela raiz.
 
SESI-CEARÁ

Cinco mil máscaras de tecido para a proteção contra a propagação da Covid-19 foram doadas pelo Sesi – organismo do Sistema Fiec – à Secretaria de Administração Penitenciária.

Elas serão distribuídas à população carcerária do Ceará. 

DOMÉSTICAS

O emprego doméstico foi um dos mais afetados pela pandemia da COVID-19. Foram perdidos 1.664.000 (equivalente a 26,51%) postos de trabalho, entre trabalhadores formais, informais e diaristas, de acordo com a PNAD Avançada do IBGE do terceiro trimestre de 2020.
 
Para evitar mais demissões e estimular a recontratação de milhares de empregados domésticos, a ONG Instituto Doméstica Legal pressiona o Congresso Nacional para que paute, ainda neste ano, o PL 1.766/2019 que propõe a volta e a prorrogação por mais cinco anos da dedução do INSS do empregador doméstico no Imposto de Renda.
 
Esse benefício atendia milhares de empregadores.

CAINDO

Em linha com as bolsas asiáticas, que fecharam em queda, as da Europa também operam em baixa na manhã desta terça-feira.

A causa é o avanço dos casos de coronavírus, e isto também derrubou os preços do petróleo nos primeiros pregões de hoje.

LEILÃO

Durou menos de 30 minutos o leilão em que s subsidiárias brasileiras da Telefónica, América Móvil e Telecom Itália compraram por R$ 16,5 bilhões a área de telefonia móvel da Oi, que tem 36,5 milhões de clientes que serão repartidos entre as três vencedoras.

O trio vencedor é dono das marcas Vivo, Claro e Tim.

 

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A falta dos pequenos negócios no comércio exterior.

Yohanna Pinheiro
Diario do Nordeste 

Porto do Pecém, Porto do Mucuripe e Aeroporto de Fortaleza, juntos, formam uma arrojada infraestrutura para escoar a produção da indústria e da agropecuária cearense - e também nordestina - para o exterior. São equipamentos que, tendo recebido grandes volumes de investimento, já têm capacidade para transportar bem mais cargas do que fazem hoje. O que falta, portanto, para o Ceará crescer mais em termos de logística?

O diretor da Nova Era Aduaneira, Hermes Monteiro, que também coordena a Expolog 2020 - Feira Internacional de Logística e Seminário Internacional de Logística, explica: demanda. O parque industrial do Estado, ainda que tenha crescido substancialmente nos últimos anos, ainda é pequeno. Uma única empresa, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), é responsável por mais da metade das exportações cearenses - o que sim, demonstra a grandiosidade do empreendimento, mas também o ainda relativamente pequeno volume de exportação do setor produtivo local.

Uma das missões do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), inclusive, é justamente o de atrair novas indústrias para se instalar na Zona de Processamento e Exportação (ZPE Ceará), incrementando a movimentação de cargas e gerando mais riquezas. Mas a resposta não se limita à atração de grandes negócios: um desafio do Estado é estimular que as pequenas e médias empresas também passem a exportar suas mercadorias.

"Nós já temos uma estrutura portuária e aeroportuária que tem capacidade de atender mais. O que nós não temos de fato são empresas que tenham cargas suficientes para botar para exportar. Essa é uma realidade. Isso gera o entendimento que nós ainda não temos uma cultura exportadora. Os micro e pequenos empresários não conseguiram entender que o mercado já não é mais o mercado do bairro, da cidade. Não há mais fronteiras. Mas esse é um processo que requer um preço, uma preparação", reflete Monteiro.

Pequenas e médias empresas

Segundo dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), no ano passado, somente cerca de um terço das exportações brasileiras (32%) foi realizado por micro ou pequenas empresas. Em termos gerais, no ano, o volume exportado pelo Ceará entre janeiro e novembro de 2020 (US$ 1,7 bilhão) foi o terceiro do Nordeste, bem atrás da Bahia (US$ 7 bilhões) e do Maranhão (US$ 3 bilhões).

No contexto da pandemia, exportar pode ser inclusive uma alternativa para que os pequenos negócios aumentem o faturamento. O processo envolve uma análise de mercado para identificar onde se tem maior potencial para fazer negócio - e o Mapa Estratégico Apex-Brasil de Oportunidades Comerciais é um bom caminho -, a avaliação dos custos logísticos e um apoio jurídico para entender as leis de outros países e elaborar contratos.

Há um esforço conjunto de órgãos como Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio-CE), juntamente com a Academia, para incentivar a internacionalização das empresas e impulsionar o volume de negócios do Estado, que tem potencial para ser bem maior. O caminho envolve identificar gargalos das empresas e a criar uma ambiência de negócios - mas ainda é preciso mais para alavancar, de fato, a participação das pequenas e médias empresas.

Ligações diretas

O aumento de volume das exportações é também um trunfo para ampliar a conectividade de rotas de transporte de cargas aos portos e aeroporto cearense, beneficiando toda a cadeia produtiva. Sem uma expressiva quantidade de mercadorias para transporte, menos atrativa se torna a localidade.

"Hoje, a gente tem uma dificuldade de navio. Os navios passam obrigatoriamente em Santos, depois sobem em cabotagem. Precisamos ligar o Brasil à China, aos Estados Unidos. Não adianta vir aqui por 10, 20, contêineres, tem que ter volume. O Pecém tem capacidade de trazer cargas de todo o Nordeste, mas falta intermodalidade. A rodovia ainda é ruim, a malha ferroviária ainda não tem", pondera Monteiro.

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COMÉRCIO EXTERIOR: Balança comercial apresenta corrente de comércio de US$ 9,013 bilhões na terceira semana de dezembro.

Ministério de Economia
Sistema Ocepar 


A balança comercial brasileira registrou, no resultado parcial deste mês, déficit de US$ -1,447 bilhão e corrente de comércio de US$ 9,013 bilhões, referentes à terceira semana de dezembro de 2020 - com cinco dias úteis -, como resultado de exportações no valor de US$ 3,783 bilhões e importações de US$ 5,23 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (21/12), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. No ano, as exportações totalizam US$ 203,104 bilhões e as importações, US$ 154,68 bilhões, com saldo positivo de US$ 48,425 bilhões e corrente de comércio de US$ 357,784 bilhões.

Análise do mês - Nas exportações, comparadas a média diária até a terceira semana de dezembro de 2020 (US$ 824,89 milhões) com a de dezembro de 2019 (US$ 881,09 milhões), houve queda de -6,4%, em razão da queda nas vendas de produtos da Indústria Extrativista (-12,3%) e na Agropecuária (-23,5%). Por outro lado, houve aumento de vendas na Indústria de Transformação (1,4%).

Redução das vendas - A queda das exportações foi puxada, principalmente, pela diminuição nas vendas dos seguintes produtos da Indústria Extrativista: Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-55,0%); Minérios de cobre e seus concentrados (-24,4%) e Minérios de alumínio e seus concentrados (-37,2%). Em relação à agropecuária, a queda foi puxada, principalmente, pela diminuição nas vendas de Soja (-91,8%); Arroz com casca, paddy ou em bruto (-99,4%); Matérias vegetais em bruto (-17,7%); Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (-6,1%) e Lã e pelos em bruto (-26,2%).

Importações - Nas importações, a média diária até a terceira semana de dezembro de 2020 (US$ 1.011,44 milhão) ficou 69,2% acima da média de dezembro do ano passado (US$597,91milhões). Nesse comparativo, caíram os gastos, principalmente, com Agropecuária (-1,7%) e com a Indústria Extrativista (-54,2%). Por outro lado, houve aumento nos gastos com as compras de produtos da Indústria de Transformação (82,6%).

Aumento - O aumento das importações foi puxado, principalmente, pelo crescimento dos gastos com a compra dos seguintes produtos da Indústria de Transformação: Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (+ 17.667,5%); Obras de ferro ou aço e outros artigos de metais comuns (+ 93,9%); Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+ 77,6%); Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (+ 149,1%) e Torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes (+ 52,8%). (Ministério de Economia)

 

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Receita agiliza habilitação para atuação no comércio exterior.

Agência Arko Advice
O Brasilianista 

No dia 1º de dezembro deste ano, entrou em vigor a Instrução Normativa RFB 1.984/2020 que manuseia com a habilitação de declarantes de mercadorias para atuarem no comércio exterior, bem como as regras para credenciamento de responsáveis e representantes nos sistemas informatizados do órgão. Foi feita com a missão de diminuir a burocracia existente no comércio exterior, bem como facilitar os fluxos de mercadorias. Essa instrução normativa permite que empresas de sociedade anônima de capital aberto, públicas ou sociedades de economia mista usem a modalidade, sem valor limite de operação.

Será concedida a habilitação de maneira automática, através de um sistema chamado de Habilita, no Portal Único da Secretaria de Comércio Exterior. Com isso, as pessoas físicas são dispensadas da habilitação e o prazo de prazo de desabilitação automática por inatividade aumentou de 6 para 12 meses.

A habilitação automática faz com que os processos funcionem mais rápidos e busca simplificar para o usuário do COMEX, não deixando de lado o combate às fraudes e o controle aduaneiro.

Outra mudança importante foi a punição para empresas que importam e exportam que cometerem irregularidades nas cargas e não efetuarem a devolução ou regularização exigidas pelo órgão anuente com fundamento na legislação relativa a saúde, metrologia, segurança pública, proteção ao meio ambiente, controles sanitários, fitossanitários e zoossanitários. Caso o declarante de mercadorias sofra essa tal punição, terá a sua habilitação suspensa por um prazo estipulado no processo administrativo.

 

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Exportações de SC somam US$ 6,7 bilhões; Saiba como o profissional de comércio exterior atua para melhorar as transações internacionais.

 FURB 
 G1
 
O Estado catarinense tem registrado uma queda na corrente de comércio internacional devido à pandemia do novo coronavírus. No acumulado do ano até o final de outubro, as exportações de Santa Catarina caíram 10,3% e somaram US$ 6,7 bilhões. Já as importações apresentaram retração de 13,8% e movimentaram US$ 12,2 bilhões no mesmo período, sempre na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Os dados foram levantados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). A expectativa do setor produtivo é que a situação se reverta no ano que vem, com a chegada da vacina.

Para que essas transações ocorram da melhor forma possível, segundo as leis e acordos internacionais vigentes, muitas empresas possuem um profissional de comércio exterior, que trabalha diretamente com a compra e venda de insumos e produtos.

Profissionais desta área lidam com as questões comerciais, tributárias e aduaneiras. Para isso, são necessários conhecimentos da área de administração, economia, direito, além de domínio de línguas estrangeiras.

É possível trabalhar em empresas de importação e exportação, agências de comércio exterior ou grandes organizações. “Também há oportunidades em bancos e corretoras de câmbio, além da área operacional, relacionando frete internacional, produção e documentação”, destaca Germano Gerhke, que é coordenador do curso de Comércio Exterior da Universidade de Blumenau (FURB).

Como é o curso de Comércio Exterior

O curso da FURB dura três anos. Cerca de 60% das disciplinas são focadas no comércio exterior e 40% possuem base na área de administração financeira, recursos humanos e produção.Os cinco primeiros semestres contam com aulas à noite. No último, o aluno realiza um estágio supervisionado e cursa duas disciplinas.

Além das matérias que são ofertadas em inglês - globalização, marketing, empreendedorismo e negociações internacionais -, o estudante cursa direito internacional, legislação aduaneira, normas de importação e exportação, direito operacional, microeconomia, economia internacional e teoria e prática cambial.

“É preciso ter curiosidade e interesse pelo diferente. O profissional vai atuar com pessoas de diversas culturas que podem não ter nada a ver com a nossa. É preciso ter empatia e se colocar no lugar do outro”, acredita Gerhke.

O interesse por idiomas é fundamental, principalmente inglês e espanhol. Segundo o coordenador, a maior parte dos estudantes ao longo dos três anos ou iniciam estágio ou trabalham em empresas da área. “O comércio exterior passa pelas crises. As empresas procuram exportar quando a economia doméstica está mal. Quando acaba se recuperando, empresas procuram importar para aumentar a produção”, acredita.

Intercâmbios acadêmicos fortalecem experiência

Desde 1998, a FURB estabelece diversos convênios com Instituições de Ensino Superior da Europa, América do Norte, América Latina, Ásia e África. A Universidade desenvolve trabalhos em cooperação com instituições estrangeiras com programa de intercâmbio de alunos, professores e servidores técnico-administrativos.

David Bilsland, coordenador de Relações Internacionais da FURB,acredita que a experiência é de extrema importância para os alunos. “Traz uma bagagem fora de sério para eles. Além do aprendizado de equivalência de disciplinas, a independência, o salto na maturidade dos alunos é evidente”.

A coordenadoria articula toda a parte de intercâmbio e convênios internacionais, que preveem desde mobilidade de alunos e staff da FURB a pesquisas internacionais, dupla diplomação e doutorado sanduíche. Ainda, na recepção e acompanhamento de alunos e professores estrangeiros.

Com a pandemia, houve uma diminuição na procura por intercâmbios, mas eles ocorreram mesmo assim.. “Tentamos fazer alguns experimentos de intercâmbios virtuais. Outros aconteceram da mesma forma, presencial. Quando iniciou a pandemia, a gente tinha quase 30 alunos fora, em países como Alemanha, Suécia, Portugal, Espanha, Áustria... Já tivemos também na Holanda, Argentina, Chile e muitos outros”, aponta Bilsland.

No entanto, as universidades estrangeiras também passaram a ministrar as aulas na modalidade Ead e as famílias de alguns alunos acharam melhor que eles retornassem para casa. “Também tivemos alunos que vieram de fora da FURB que decidiram ficar até o final do semestre. Contamos com dois alunos da Costa Rica, que cursaram arquitetura conosco. Fizeram o segundo semestre todo à distância”, explica o coordenador.

O setor também é responsável por articular o ingresso dos alunos por meio de bolsas acadêmicas para programas de intercâmbio. Diversas instituições parceiras dispõem de oportunidades e a FURB realiza as pré-seleções. “Temos casos também de ex-alunos que têm a possibilidade de fazer mestrado ou doutorado fora e ajudamos na candidatura, damos o apoio necessário para que eles consigam chegar lá”, completa Bilsland.

Acadêmicos matriculados em cursos de graduação da FURB podem participar do Programa de Intercâmbio. É possível completar 25% dos créditos previstos na grade curricular dos cursos na instituição internacional. O período do intercâmbio pode ser de um ou dois semestres.

Os créditos cursados no exterior são validados pelo colegiado de curso da Universidade, a partir da entrega de toda a documentação referente ao cumprimento no país escolhido pelo estudante. Com o Programa de Intercâmbio, o aluno pode cursar as disciplinas sem pagar taxas de matrícula e mensalidades no exterior. 

 

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Balança comercial registrou déficit de US$ 0,80 bilhões na 3ª semana de dezembro.

Redação.
Investimentos e notícias. 

Na 4ª Semana de dezembro de 2020, comparado a Dezembro/2019, as exportações caíram -2,8% e somaram US$ 15,42 bilhões. As importações cresceram 50,7% e totalizaram US$ 16,22 bilhões. Assim, a balança comercial registrou déficit de US$ -0,80 bilhões, com queda de -115,7%, e a corrente de comércio aumentou 18,8%, alcançando US$ 31,63 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

No acumulado Janeiro até 4º Semana de Dezembro/2020, em comparação a Janeiro/Dezembro 2019, as exportações caíram -5,9% e somaram US$ 206,97 bilhões. As importações caíram -9,5% e totalizaram US$ 156,74 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 50,24 bilhões, com crescimento de 7,1%, e a corrente de comércio registrou queda de -7,5%, atingindo US$ 363,71 bilhões.

Exportações

Até a 4º Semana de dezembro, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -19,1% em Agropecuária, que somou US$ 2,07 bilhões; queda de -10,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 3,83 bilhões e, por fim, crescimento de 5,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 9,45 bilhões. A combinação destes resultados levou a queda do total das exportações.

A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas dos seguintes produtos: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (-34,2%), Arroz com casca, paddy ou em bruto ( -99,5%) e Soja (-91,0%) na Agropecuária; Minérios de alumínio e seus concentrados (-47,6%), Minérios de metais preciosos e seus concentrados (-45,2%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-62,8%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (-14,1%), Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (-17,4%) e Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-20,0%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de queda, os seguintes produtos registraram aumento nas vendas: Milho não moído, exceto milho doce ( 27,4%), Café não torrado ( 40,7%) e Algodão em bruto ( 19,9%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados ( 87,3%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 91,7%) e Minérios de níquel e seus concentrados (63.498.335%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (116,6%), Ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas ( 42,9%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) ( 61,5%) na Indústria de Transformação.

Importações

Até a 4º Semana de dezembro, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: queda de -3,9% em Agropecuária, que somou US$ 0,35 bilhões; queda de -60,2% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 0,34 bilhões e, por fim, crescimento de 62,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 15,42 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Arroz com casca, paddy ou em bruto (1.281,2%), Cacau em bruto ou torrado (240.952,6%) e Soja ( 612,6%) na Agropecuária; Pirites de ferro não torrados ( 175,4%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 42,6%) e Minérios de alumínio e seus concentrados ( 21,7%) na Indústria Extrativa ; Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários ( 65,9%), Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (155,4%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (13.724,1%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Trigo e centeio, não moídos (-47,5%), Cevada, não moída (-74,4%) e Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-41,3%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-46,4%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-89,0%) e Gás natural, liquefeito ou não (-28,9%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-20,4%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (-95,4%) e Veículos automóveis de passageiros (-63,1%) na Indústria de Transformação.

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Balança comercial tem superávit de US$ 1,856 bilhão na quarta semana de dezembro.

Redação
Folha de Goías 

A balança comercial registrou superávit de US$ 1,856 bilhão e corrente de comércio de US$ 5,97 bilhões na quarta semana de dezembro, segundo dados divulgados n pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. As exportações atingiram US$ 3,913 bilhões e as importações, US$ 2,057 bilhões.

No mês, até a quarta semana, as exportações caíram 2,8%, em relação ao mês de dezembro do ano passado, somando US$ 15,42 bilhões. Já as importações cresceram 50,7% e totalizaram US$ 16,22 bilhões. Assim, a balança comercial registrou déficit de US$ 801 milhões, com queda de 115,7%, enquanto a corrente de comércio aumentou 18,8%, alcançando US$ 31,63 bilhões.

Exportações

O recuo das exportações até a quarta semana de dezembro foi puxado por retrações de 19,1% em Agropecuária, que somou US$ 2,07 bilhões, e de 10,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 3,83 bilhões. Já a Indústria de Transformação alcançou US$ 9,45 bilhões, com crescimento de 5,4%.

Esse aumento da Indústria de Transformação foi impulsionado pelas vendas de açúcares e melaços (+116,6%), ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (+42,9%) e ouro não monetário, excluindo minérios de ouro e seus concentrados (+61,5%).

Já as principais baixas nas exportações da Agropecuária foram de animais vivos, não incluídos pescados ou crustáceos (-34,2%), arroz com casca, paddy ou em bruto (-99,5%) e soja (-91,0%). Na Indústria extrativa, recuaram principalmente as vendas de minérios de alumínio e seus concentrados (-47,6%), minérios de metais preciosos e seus concentrados (-45,2%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-62,8%).

Importações

Nas importações, até a quarta semana do mês, o aumento foi impulsionado pelo crescimento de 62,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 15,42 bilhões, com destaque para plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (+13.724,1%), além de aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (+155,4%) e medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+65,9%).

Já a Indústria Extrativa reduziu as importações em 60,2%, somando US$ 336 milhões. A queda foi puxada pelos recuos de carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-46,4%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-89%) e gás natural, liquefeito ou não (-28,9%), mas houve aumento nas compras de pirites de ferro não torrados (+175,4%), Minérios de cobre e seus concentrados (+42,6%) e minérios de alumínio e seus concentrados (+21,7%).

A Agropecuária registrou queda de 3,9% nas compras externas, somando US$ 349,97 milhões até a quarta semana do mês, com destaque para as baixas em trigo e centeio não moídos (-47,5%), cevada não moída (-74,4%) e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-41,3%). Por outro lado, as compras de arroz com casca, paddy ou em bruto (+1.281,2%), cacau em bruto ou torrado (+240.952,6%) e soja (+612,6%) contribuíram para o aumento geral das importações do país no período.

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COMÉRCIO EXTERIOR: Balança comercial tem superávit de US$ 1,856 bilhão na quarta semana de dezembro.

Ministério da Economia

Parana Cooperativo

A balança comercial registrou superávit de US$ 1,856 bilhão e corrente de comércio de US$ 5,97 bilhões na quarta semana de dezembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28/12) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. As exportações atingiram US$ 3,913 bilhões e as importações, US$ 2,057 bilhões.

Queda - No mês, até a quarta semana, as exportações caíram 2,8%, em relação ao mês de dezembro do ano passado, somando US$ 15,42 bilhões. Já as importações cresceram 50,7% e totalizaram US$ 16,22 bilhões. Assim, a balança comercial registrou déficit de US$ 801 milhões, com queda de 115,7%, enquanto a corrente de comércio aumentou 18,8%, alcançando US$ 31,63 bilhões.

Exportações - O recuo das exportações até a quarta semana de dezembro foi puxado por retrações de 19,1% em Agropecuária, que somou US$ 2,07 bilhões, e de 10,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 3,83 bilhões. Já a Indústria de Transformação alcançou US$ 9,45 bilhões, com crescimento de 5,4%.

Impulso - Esse aumento da Indústria de Transformação foi impulsionado pelas vendas de açúcares e melaços (+116,6%), ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (+42,9%) e ouro não monetário, excluindo minérios de ouro e seus concentrados (+61,5%).

Agropecuária - Já as principais baixas nas exportações da Agropecuária foram de animais vivos, não incluídos pescados ou crustáceos (-34,2%), arroz com casca, paddy ou em bruto (-99,5%) e soja (-91,0%). Na Indústria extrativa, recuaram principalmente as vendas de minérios de alumínio e seus concentrados (-47,6%), minérios de metais preciosos e seus concentrados (-45,2%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-62,8%).

Importações - Nas importações, até a quarta semana do mês, o aumento foi impulsionado pelo crescimento de 62,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 15,42 bilhões, com destaque para plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (+13.724,1%), além de aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (+155,4%) e medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários (+65,9%).

Indústria Extrativa - Já a Indústria Extrativa reduziu as importações em 60,2%, somando US$ 336 milhões. A queda foi puxada pelos recuos de carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-46,4%), óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-89%) e gás natural, liquefeito ou não (-28,9%), mas houve aumento nas compras de pirites de ferro não torrados (+175,4%), Minérios de cobre e seus concentrados (+42,6%) e minérios de alumínio e seus concentrados (+21,7%).

Compras externas - A Agropecuária registrou queda de 3,9% nas compras externas, somando US$ 349,97 milhões até a quarta semana do mês, com destaque para as baixas em trigo e centeio não moídos (-47,5%), cevada não moída (-74,4%) e produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-41,3%). Por outro lado, as compras de arroz com casca, paddy ou em bruto (+1.281,2%), cacau em bruto ou torrado (+240.952,6%) e soja (+612,6%) contribuíram para o aumento geral das importações do país no período. (Ministério da Economia).

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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Brasil busca países para a celebração de acordos de comércio, diz secretário.

Estadão Conteúdo
Folha Vitória

Segundo ele, o Brasil tinha acordos com países como Israel e com a Autoridade Palestina. Fendt afirmou que, em dois anos, o governo Bolsonaro conseguiu avanços nesta área.

O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Roberto Fendt, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil está em busca de países para a celebração de acordos de comércio. Segundo ele, o País não pode se limitar ao sonho do multilateralismo do pós-guerra.

"Na semana passada, o conselho de política comercial, que é presidido pelo presidente Bolsonaro, aprovou o início de negociações com a Indonésia e o Vietnã", citou Fendt, durante evento virtual. "Até o início deste governo, tínhamos dois ou três acordos comerciais com outros países, além do Mercosul", acrescentou.

Segundo ele, o Brasil tinha acordos com países como Israel e com a Autoridade Palestina. Fendt afirmou que, em dois anos, o governo Bolsonaro conseguiu avanços nesta área. Ele citou o acordo com a União Europeia, que ainda precisa ser ratificado pelos países da região, e a introdução de acordos de livre comércio com países como Canadá e Coreia do Sul. "Estamos ampliando acordos com Índia e México", citou.

Fendt afirmou ainda que o governo avançou na eliminação de barreiras tarifárias brasileiras para exportação a terceiros. E citou a redução do tempo para embarque de mercadorias a serem exportadas, de 13 para 7 dias no Brasil. "Essa economia de dias é de R$ 40 bilhões. Isso torna o produto exportado mais competitivo no exterior", disse. "Ao mesmo tempo que procuramos abrir mercados, tomamos providências internas para tornar o produto brasileiro mais competitivo."

Fendt participa na tarde desta sexta de evento virtual promovido pela Sociedade Nacional de Agricultura, sobre "Perspectivas do Comércio Exterior para 2021: Governo Biden e RCEP (Parceria Econômica Regional Abrangente)".

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E-commerce deve fortalecer comércio exterior no próximo ano.

Embora diante de um cenário ainda imprevisível em 2021, empresas ligadas ao comércio exterior, especialmente as grandes varejistas do e-commerce, estimam encontrar um caminho mais favorável no primeiro trimestre de 2021. A análise foi feita por Flávio de Faria Rufino, diretor operacional e comercial na Ascensus Trading & Logística, e Pietro Paroni, gerente geral de desenvolvimento de negócios na Multilog.

Os profissionais participaram da segunda edição do Comex Solutions 2020 — série de debates que reúne mensalmente grandes empresas do comércio exterior. A conversa foi promovida pela Pinho Logística, empresa especializada em comércio exterior e logística aduaneira.

A reação mais positiva da economia nos últimos meses, em especial do varejo, propiciou o aumento da importação de não duráveis, como alimentos e bebidas. "Produtos que estão dentro do e-commerce tendem a crescer, assim como o varejo. Embora 2021 apresente desafios até maiores do que 2020, há uma certa expectativa de que até março teremos um aumento de produção para atender o varejo em diversos segmentos", acredita Rufino.

Já Paroni lembra que o crescimento do e-commerce se deve à quebra de vários paradigmas. "Vimos fenômenos de demanda reprimida em diversos segmentos no segundo semestre, especialmente em eletroeletrônicos, eletrodomésticos, games e bebidas. Esses produtos devem continuar em alta, pois a pandemia quebrou padrões de consumidores que não compravam pela internet. Agora vemos pessoas utilizando plataformas on-line para comprar desde aspirador de pó até alimentos", analisa.

Um exemplo de mudança no comportamento do consumidor aparece no segmento de lata de alumínio, seja para refrigerante ou cerveja, que deixou de ser consumida nos bares e casas noturnas (onde dividia espaço com garrafas de vidro) e veio com força para as casas dos consumidores. Com a alta no consumo pela pandemia, empresas recorrem às importações. "Não temos falta de alumínio, e sim de produção industrial de latas na escala necessária a esse novo padrão de consumo", analisa Rufino.

Tecnologia
Outra quebra de paradigma causada pela pandemia foi a digitalização de um dos setores mais tradicionais do país. Com novos processos, o segmento precisou se modernizar rapidamente, fenômeno que deve continuar ainda mais em 2021.

"A crise fez os órgãos reguladores – como Ministério da Agricultura, Receita Federal, Inmetro – aceitarem assinatura eletrônica nos documentos de despacho aduaneiro, que eram obrigatoriamente físicos até então", conta Pietro.

Para Rufino, também são importantes os impactos nos processos de gestão. "O trabalho de forma remota também teve impacto não só na redução de custos com viagens, como também na agilidade para decidir. Hoje, conseguimos aumentar consideravelmente nossa eficiência operacional e acelerar os esforços de digitalização do comércio exterior no Brasil."

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Brasil 2021: Desafios e Oportunidades para o comércio exterior.

Pietra Ribeiro
Claus Malamud
SEGS

O número de importações no Brasil caiu, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Segundo dados, houve uma forte queda na comparação entre o terceiro trimestre de 2020 e o trimestre anterior. E o que esse número significa? Significa que o país está crescendo pouco, e não está precisando de produtos importados para produzir. Quando a economia está em crescimento, o empresário investe em compras no exterior e isso não é ruim, como pode parecer para a maioria das pessoas.

Como em qualquer situação dentro de uma empresa, temos sempre que ponderar na hora de escolher entre realizar compras nacionais ou internacionais. É uma questão de benefício versus desafio: não existe uma predileção por compras internacionais ou locais, o importante é ser viável e haver lucro. Então, se uma empresa verifica que o preço internacional está 30% mais barato do que no mercado local, vale a pena importar para obter um lucro maior.

Mas, Claus, quais os desafios que enfrentamos ao importar? É necessário verificar a viabilidade de um produto; fazer um planejamento de acordo com a produção, tempo de transporte e de venda desse produto na gôndola; e ter uma assessoria competente, que consiga auxiliar no processo de importação, que é burocrático e metódico. O leva muitos dias para desembaraçar uma carga, pois há muita questão que é colocada na parte de interpretação de um fiscal, o que leva a uma ineficiência do setor, pois tudo que depende de interpretação, leva mais tempo. O nosso país é, ainda, muito fechado, e considerado um dos cem piores do mundo com relação à burocratização.

Mas dito tudo isso, por que devo importar? Você consegue ter acesso a produtos que não estão disponíveis no mercado nacional; dependendo do tipo de atividade, dá para ter um lucro maior do que trabalhando com compras nacionais; e é possível personalizar o produto, fazer uma embalagem diferente, ter um diferencial que não conseguiria se dependesse de fornecedores brasileiros.

Há mais de dezenove anos eu importo da China, e vou explicar o porquê: A China, hoje, é o maior produtor mundial de muitos produtos acabados e, querendo ou não, lá está instalada a indústria com maior tecnologia do mundo. A viabilidade dos produtos fabricados no gigante asiático – devido ao fato de terem uma cadeia produtiva já bem desenvolvida - é grande, além de uma grande variedade e preços mais competitivos que em outros países.

Mas a China é um bom negócio para as PMEs? Sim, para pequenas e médias, é possível realizar importações de pequeno porte, utilizando, inclusive, um sistema que o próprio Correio oferece de importação simplificada, por exemplo. Para médias e grandes empresas é possível desenvolver a sua marca e ter diferenciais competitivos que não são possíveis no Brasil devido a questões tributárias, trabalhistas e de toda a engrenagem que não favorece a grandes empresas a investirem em recursos.

E o que o Brasil precisa fazer para facilitar o acesso ao mercado internacional? O governo precisa tornar o sistema mais claro para as pessoas, simplificando o processo. Estados e municípios precisam andar junto com a economia, com os empresários, pois são esses que dão emprego. É necessário que esses setores andem juntos, propiciando que empresas tenham um crédito melhor para fazer essa importação.

Na hora de importar, é preciso, ainda, levar em conta os seguintes aspectos:

Custos Associados: País de origem (vantagens tecnológicas, mão de obra, qualidade, etc...), flutuações da moeda, taxas de importação, cobertura de maior de estoque e transporte; e

Questões gerenciais: Controle de qualidade, relacionamento com o fornecedor, tempo de resposta, preferência do consumidor pelo produto nacional e mínimos de produção.

Claus Malamud é mentor de mercados asiáticos na Link, escola de negócios da XP Investimentos, influencer digital com mais de 90 mil seguidores no Instagram, onde compartilha diariamente dicas de importação da China e sócio do Mr China Imports, empresa especializada em facilitar o acesso ao comércio exterior, que já importou mais de mil contêineres e milhares de produtos chineses.

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Estado de SP passará Natal e Ano-Novo na fase vermelha contra Covid, só com serviços essenciais.

Igor Gielow    
Isabela Palhares

Folha de São Paulo

Após salto de óbitos, medidas mais restritivas vigorarão dias 25, 26, 27 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro

Todo o estado de São Paulo irá regredir para a fase vermelha, a
mais restritiva do plano de contenção da pandemia do novo
coronavírus, durante os feriados de Natal e do Ano-Novo.
A decisão de retroceder todas as regiões do estado foi anunciada nesta
terça (22). Todas as regiões ficarão nesta fase durante os dias 25, 26 e
27 de dezembro e I, 2 e 3 de janeiro.
O governo teme um descontrole da pandemia após as festas de fim de
ano, já que nas últimas quatro semanas São Paulo registrou um salto de
54% do número de casos e de 34% nos óbitos.
Na fase vermelha, é permitido o funcionamento apenas de atividades
consideradas essenciais, como serviços de saúde e supermercados.
"Entre o Natal e Ano Novo não estamos em um período de festas. As
medidas que decidimos adotar trazem esse simbolismo, não é
momento de aglomeração, de festas", disse Patrícia Ellen, secretária de
Desenvolvimento Econômico.
As restrições foram anunciadas sem a presença do governador João
Doria (PSDB), que iniciou nesta terça um recesso de 10 dias.

O índice de pessoas que se diz em quarentena caiu, neste mês, ao
menor nível desde o início das medidas para conter a pandemia, em
março. No sábado (19), dados das companhias de telefonia móvel
mostraram que a taxa de isolamento no estado foi de 40%. O patamar
considerado razoável pelo governo é acima de 50%.
Desde de 30 de novembro, todo o estado está na fase amarela, a
intermediária entre as cinco, após ter passado 45 dias na fase verde,
que permite todas as atividades desde que cumpridos protocolos de
higiene, distanciamento social e pequena restrição de horários.
"As medidas que estamos tomando são duras, mas necessárias porque
não podemos correr o risco de em 2 semanas chegar ao patamar que
os países europeus estão hoje. Precisamos evitar o colapso no
atendimento médico", disse João Gabbardo, secretário-executivo do
comitê de contenção do coronavírus de São Paulo.
Uma das principais preocupações do governo é com o rápido aumento
de internações, especialmente depois de parte dos leitos reservados
para casos de Covid-19 ter sido desmobilizada com o decréscimo de
casos.
A região de Presidente Prudente foi reclassificada extraordinariamente
para a fase vermelha a partir desta terça depois de atingir 83,1% de
ocupação dos leitos de UTI. É a única localidade do estado que
ultrapassou a marca de 80% de leitos ocupados, por isso, a regressão.
Outra região que preocupa o governo do estado é a da Grande São
Paulo, que está com
61,9%.

AS medidas que estamos tomando são duras, mas necessarias porque
não podemos correr o risco de em 2 semanas chegar ao patamar que
os países europeus estão hoje. Precisamos evitar o colapso no
atendimento médico", disse João Gabbardo, secretário-executivo do
comitê de contenção do coronavírus de São Paulo.
Uma das principais preocupações do governo é com o rápido aumento
de internações, especialmente depois de parte dos leitos reservados
para casos de Covid-19 ter sido desmobilizada com o decréscimo de
casos.
A região de Presidente Prudente foi reclassificada extraordinariamente
para a fase vermelha a partir desta terça depois de atingir 83,1% de
ocupação dos leitos de UTI. É a única localidade do estado que
ultrapassou a marca de 80% de leitos ocupados, por isso, a regressão.
Outra região que preocupa o governo do estado é a da Grande Sáo
Paulo, que está com ocupação de 67%. Em todo o estado, a taxa é de
61,9%.
Também há preocupação com as regiões de Sorocaba e Registro por
conta do aumento de internações em UTI.
Segundo Gabbardo, apesar do esforço e da capacidade do governo em
reabrir novos leitos de UTI e enfermaria, atualmente a principal
dificuldade para o atendimento médico é a indisponibilidade de
profissionais da área da saúde.
"As pessoas perguntam porque não reabrir leitos em hospitais de
campanha. Talvez a gente tivesse dificuldade em encontrar
profissionais para trabalhar nesses hospitais, a situação agora é
diferente do início da pandemia. 

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Anvisa concede certificado de boas práticas à fábrica da vacina Coronavac.

Isto É

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, na noite desta segunda-feira, 21, que concedeu a certificação de boas práticas à fábrica da farmacêutica Sinovac na China onde será produzida a matéria-prima da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela empresa asiática em parceria com o Instituto Butantan.

O certificado é obrigatório para um eventual registro da vacina no Brasil. O pedido de registro, porém, ainda depende da divulgação de resultados de eficácia do imunizante pelo Butantan, o que foi prometido para a próxima quarta-feira, 23.

“A etapa finalizada é um dos pré-requisitos para a continuidade tanto do processo de registro da vacina da Sinovac quanto de um eventual pedido de autorização de uso emergencial dessa vacina que vier a ser apresentado à Anvisa”, afirmou a agência, em nota.

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