De acordo com a economista do Ibre/FGV, Luana Miranda, disse que “Com a saída do auxílio emergencial e dos benefícios às empresas na complementação de salários, virá pressão sobre o mercado de trabalho, deverá haver uma queda de 5,3% na massa de rendimento das famílias em 2021. E isso afeta diretamente o consumo, principalmente o dos mais pobres, que sofrem mais com a alta da inflação”.
Neste ano, o rendimento das famílias cresceu 3%, em relação ao ano passado, que foi garantida expansão pelas medidas de socorro financeiro do governo em meio a pandemia.
Sem isso, a retração foi de 6,1% na massa de rendimentos. As iniciativas, segundo destacado por Miranda, tiveram sucesso, mas poderiam ter sido ajustadas melhor.
“Foi uma situação difícil, com um grande contingente de informais a socorrer. Mas especialistas concordam que o valor do benefício foi alto, enquanto o filtro para conceder o auxílio foi falho, em meio a limitações fiscais. Poderia ter sido mais eficiente e duradouro”, avaliou.
Em 2021, além de perder o impulso, há outros fatores que estão pressionando a renda das famílias.
O principal fator é o desemprego, que alcançou o patamar recorde de 14,6% no trimestre terminado em setembro, atingindo 14,1 milhões de pessoas, e deve crescer mais.
Outro fator é a inflação que ficou em 0,89% em novembro, acumulando alta de 4,31% em 12 meses.
Essa variação de alimentos e bebidas beira os 16% em 12 meses. Tem efeito direto na renda dos mais pobres.
Ao ser implementado o valor de R$600, no mês de abril, o auxílio impulsionou o consumo do país, acelerando a retomada do varejo e da indústria.
No quarto trimestre, com a redução do benefício emergencial pela metade no mês de setembro, estes mesmos dois setores tiveram uma desaceleração.
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