segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Natal deve ser insuficiente para alavancar o comércio.

Larissa Garcia
Folha de São Paulo

Além das incertezas em relação à economia e à crise do coronavírus, consumidores terão menos dinheiro em mãos 

O Natal deste ano pode ter desempenho insuficiente para
alavancar a retomada do comércio ao longo de 2021.
Apesar de ser a principal data para o setor, incertezas em relação à
pandemia e sobre como a economia deve reagir ainda devem impactar
as vendas de fim de ano, afirmam especialistas.
 

Além disso, trabalhadores que tiveram o contrato suspenso pela
empresa —ação autorizada pelo governo devido ao estado de
calamidade pública em função do coronavírus— também receberão um
valor menor de 130 neste ano, tendo menos dinheiro em mãos para
consumir.

Segundo estimativa do economista do Insper Alexandre Chaia, feita a
pedido da Folha, o montante que deixará de ser injetado na economia
com o corte ficará em torno de R$ 15 bilhões.
Além disso, R$ 47,9 bilhões em benefícios natalinos de aposentados e
pensionistas no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foram
antecipados, segundo o Ministério da Economia.
Para fazer frente às dificuldades impostas pela crise, o governo
autorizou que 0 130 benefício deste o grupo fosse pago nos meses de
abril e maio. Normalmente, eles recebem a primeira parcela entre
agosto e setembro e a segunda em dezembro.
 

Deste total, cerca de R$ 24 bilhões de aposentados e pensionistas não
serão pagos em dezembro (segunda parcela). Somados, Sáo quase R$
40 bilhões a menos nas mãos dos brasileiros neste fim de ano.
Com menos recursos para gastar em dezembro e a confiança abalada, o
consumidor deve comprar menos presentes de Natal.
"Essa redução deve afetar ainda mais as vendas, mas acredito que as
famílias também estarão receosas com relação à evolução da
pandemia, a quando a vida volta ao normal e à economia e ficarão
receosas na hora de consumir", diz Chaia.
 

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconómicos) estimou que R$ 215 bilhões podem ser injetados na
economia com o pagamento do 130, valor um pouco superior ao
projetado em 2019. O cálculo, entretanto, não leva em conta as
suspensões de contrato ou o adiantamento.

Ao descontar o valor da segunda parcela já paga aos aposentados e pensionistas e a estimativa de corte no benefício dos trabalhadores, o valor cai para R$ 175 bilhóes, redução de 18,6%.
"Temos ainda outros elementos que pioram a percepção do
consumidor, como o fim do auxílio emergencial e de medidas do
governo para atenuar a crise. Além disso, o desemprego também está crescendo e a renda diminuiu", diz o economista.
 

A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo) diz, em nota, que a expectativa da entidade quanto aos
recursos disponibilizados por meio do pagamento do 130 é de R$ 211 bilhóes em 2020.
 

A Fecomercio SP estima que as vendas de Natal deste ano devam
superar em 1% as do ano passado no estado de Sáo Paulo.
A pesquisa da entidade ainda não foi divulgada, mas os dados foram
obtidos pela reportagem com exclusividade.
 

A entidade calcula que apenas com recursos do 130 salário, o comércio da região receberá R$ 5 bilhões a menos em dezembro, além do efeito negativo de R$ 2 bilhões com a redução do auxílio emergencial, que passou de R$ 600 para R$ 300.

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China caminha para ser um dos principais investidores no Brasil, com foco em infraestrutura.

Eliane Oliveira
O Globo

Conselho de empresários calcula estoque de US$ 80 bi, quase metade em energia

BRASÍLIA – Principal parceiro comercial do Brasil, a China é mais do que um comprador de commodities brasileiras. Até 2018, o estoque de investimentos chineses no país somou cerca de US$ 60 bilhões, mas pode ter chegado a US$ 80 bilhões neste ano, deixando o país asiático próximo aos maiores investidores externos no país, grupo liderado pelos Estados Unidos e países europeus.

Os dados e a estimativa são do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), que usa diversas fontes como o Ministério de Comércio da China, Banco Central e outros institutos internacionais para fazer o seu painel de investimentos.

Nos cálculos da CEBC, desse estoque de investimentos, pelo menos metade se destinou ao setor de energia, por meio de gigantes como StateGrid e Three Gorges, ambas bastante atuantes no segmento de infraestrutura energética.

— Na última década, o estoque de US$ 80 bilhões tornou a China o principal investidor no Brasil. Em energia, os investimentos foram significativos em geração, transmissão e distribuição e é dinheiro de longo prazo, ou seja, não especulativo. Nossa relação é estrategicamente baseada no longo prazo — destaca o presidente do CEBC, Luiz Augusto de Castro Neves.

Segundo levantamento do CEBC, o fluxo de investimentos chineses no Brasil pode ser dividido em quatro fases. Até 2010, as empresas chinesas tinham maior interesse no setor de commodities, tendo em vista a crescente demanda do país asiático por produtos como petróleo, minérios e soja.

Em seguida, até meados de 2013, os principais aportes marcaram uma etapa voltada para a área industrial, com foco na busca por mercado consumidor.

Na sequência, a terceira fase indicou participação relevante de investimentos em serviços, com destaque para a atuação dos bancos chineses.

A última fase começou em 2014, momento em que passou a haver a entrada de volumosos investimentos nas áreas de energia elétrica e infraestrutura.

Além disso, na quarta etapa, importantes aportes em áreas com grande potencial também foram verificados, como nos setores de óleo e gás, agronegócio e, mais recentemente, tecnologia.

Em 2018, as incertezas econômicas e políticas frente à eleição brasileira fizeram com que os investimentos estrangeiros caíssem 13%.

No caso do dinheiro chinês, a queda foi ainda maior, de 66%, ou seja, entraram US$ 3 bilhões ante US$ 8,8 bilhões registrados em 2017, segundo a metodologia da CEBC.

Os motivos foram declarações e atitudes de Jair Bolsonaro. O então candidato à Presidência da República fez críticas diretas aos investimentos chineses. Declarou que a China estaria “comprando o Brasil, e não do Brasil”.

Além disso, como deputado federal fez visita oficial a Taiwan, o que despertou indignação em Pequim. A ilha é considerada pela China como uma “província rebelde”, sendo um tema de soberania mal resolvido entre as duas partes e, consequentemente, um assunto delicado nas relações exteriores da China continental.

Por outro lado, apesar de alguns atritos de ordem política e a alta base de comparação em termos de valor dos projetos, os investimentos chineses no Brasil demonstraram resiliência e pragmatismo.

Se considerados apenas os investimentos confirmados, houve aumento para 30 projetos, 11% a mais do que os 27 identificados em 2017.

“Ou seja, mesmo com alguns percalços, há de se considerar que os aportes chineses no país seguem uma estratégia indistinta de outros investidores estrangeiros, agindo de acordo com a legislação brasileira e orientados por uma ótica mercadológica e baseada no surgimento de oportunidades”, diz um trecho do estudo.

Além do setor de energia elétrica, houve novos empreendimentos confirmados em áreas ainda pouco exploradas pelos chineses, como no segmento de tecnologia da informação, que contou com aportes da Didi, do segmento de plataformas móveis de transporte e mobilidade urbana, e da gigante tecnológica chinesa Tencent, que investiu na fintech de cartões de crédito Nubank.

Infraestrutura

O setor de infraestrutura também teve investimentos confirmados em 2018, com presença de aportes na área de armazenamento e atividades auxiliares dos transportes, por meio de inversões da PetroChina na pernambucana TT Work e da China Communications Construction Company, que lidera o projeto de construção do Terminal de Uso Privado Porto São Luís, no Maranhão.

Nas contas do Banco Central, a participação da China no estoque de Investimento Direto no País (IDP) é um pouco mais modesta.

Considerando participação no capital e a China como investidor controlador final, o estoque em 2019 era de US$ 28,121 bilhões.

Na metodologia do BC, o maior investidor em estoque de IDP são os Estados Unidos, com US$ 145 bilhões no fim de 2019.

Se olharmos os números do China Global Investment Tracker, painel compilado pela American Enterprise Institute e The Heritage Foundation, que é utilizado pela CEBC como uma das fontes de dados, temos um estoque de US$ 61,6 bilhões de investimentos de matriz chinesa no Brasil. Ampliando até 2019, esse montante vai a US$ 68,6 bilhões.

Considerando o Boletim de Investimentos sobre Investimentos Chineses no Brasil, feito pelo agora extinto Ministério do Planejamento, entre 2003 e agosto de 2018, os investimentos chineses totalizaram US$ 54 bilhões.

E olhando para o Boletim de Investimentos Estrangeiros – Países selecionados, publicação do Ministério da Economia, elaborado pela Secretaria Executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), a China tinha um estoque de US$ 80,5 bilhões em investimentos realizados entre 2003 e setembro de 2019.

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Qatar Airways doa aviões de carga para ONU combater a Covid.

Carlos Ferreira
AEROIN 
 
A empresa de comércio exterior Kuehne+Nagel e a Qatar Airways Cargo uniram forças para doar seus serviços de transporte de remessas vitais, incluindo equipamentos de proteção individual (EPI), para as equipes de saúde da linha de frente do UNICEF envolvidas na luta global contra a pandemia.

A decisão conjunta de garantir que a carga humanitária seja transportada com segurança e eficiência desde o hub da agência da ONU em Copenhague, na Dinamarca, faz parte do projeto de sustentabilidade intitulado “um milhão de quilos” da transportadora do Oriente Médio, pelo qual ela doou essa capacidade de sua frota para que o UNICEF distribua remessas de ajuda humanitária de e para todo o mundo até o final de 2020.

We Qare

Sob a iniciativa “We Qare” da Qatar Cargo, a capacidade dos aviões é disponibilizada para agentes de carga doarem às instituições de caridade de sua escolha. Desde julho, várias organizações de caridade podem utilizar a capacidade dos 28 cargueiros dedicados da transportadora para transportar suprimentos médicos urgentemente necessários e sem custo.

Yngve Ruud, membro do conselho de administração da Kuehne+Nagel e responsável por sua divisão de logística aérea, observa: “Reconhecemos nossa responsabilidade e valorizamos o papel vital que desempenhamos no mundo de hoje – garantindo o fornecimento de produtos farmacêuticos e de saúde globalmente”.

Guillaume Halleux, diretor de carga da Qatar Airways, diz que o projeto ‘We Qare’ está no coração de todos os funcionários da Qatar Airways. “Acredito que esses projetos unem e aproximam a indústria principalmente em tempos de crise. Por meio do esquema “um milhão de quilos”, temos o prazer de trabalhar com a Kuehne+Nagel para transportar suprimentos essenciais, apoiando assim os esforços globais do UNICEF”.
 
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Brasil exporta 1,2 milhão de t de milho na semana e acumula quase 3,5 milhões em novembro; Anec espera 5,44 milhões no mês.

Guilherme Dorigatti
Notícias Agrícolas

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da terceira semana de novembro.

Somente nesses 14 dias úteis do mês, o Brasil exportou 3.495.873 toneladas de milho não moído. Este volume representa um acréscimo de 1.224.796,9 com relação à semana anterior e já é 67,79% de tudo o que foi embarcado durante o mês de outubro inteiro (5.156.818 toneladas).

Com isso, a média diária de embarques ficou em 249.705,2 toneladas, patamar 3,15% menor do que a média do mês passado (257.840,9 toneladas). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 21,50% maior do que as 205.514,2 do mês de novembro de 2019.

Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 636.898 no período, contra US$ 697.921,9 de todo novembro do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabilizou acréscimo de 30,37% ficando com US$ 45.492,7 por dia útil contra US$ 34.896,1 em novembro do ano passado.

O preço por tonelada obtido registrou elevação de 7,29% no período, saindo dos US$ 169,80 do ano passado para US$ 182,20 neste mês de novembro.

Na última semana, a Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais) elevou novamente sua estimativa de exportação de milho no mês de novembro, desta vez para 5,44 milhões de toneladas ante as 4,8 milhões de toneladas da última estimativa e das 4,15 milhões esperadas anteriormente.

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Trigo: governo renova cota de importação de 750 mil t sem tarifa de fora do Mercosul.

Canal Rural 

Em nota, a Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais afirmou que a decisão atende o compromisso firmado pelo Brasil após o final da rodada de negociações multilaterais

A Câmara Brasileira de Comércio Exterior (CAMEX) renovou a cota de importação de 759 mil toneladas de trigo de fora do Mercosul. A medida, publicada no Diário Oficial da União, será valida até 17 de novembro de 2021.

Em nota, a Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais afirmou que a decisão atende o compromisso firmado pelo Brasil após o final da rodada de negociações multilaterais com a criação da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Vale lembrar que até o último dia 17, estava em vigor a cota adicional de 45o mil toneladas do cereal, deliberada pelo Comitê Executivo de Gestão da Camex, devido a baixa disponibilidade de trigo no mercado brasileiro, medida que deixa de vigorar.

Contudo, de acordo com Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, os preços no mercado brasileiro não serão afetados.

“Se o ano estivesse ocorrendo de outra forma, isso teria sim impacto nos preços. Mas no cenário atual, com as cotações em alta no mercado externo, além de problemas nas safras de diversos países, o mercado brasileiro não será afetado, com possibilidades para preços ainda maiores”, afirma o especialista.

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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Mourão sobre a China: “oportunidade e estratégia andam juntas em nosso relacionamento bilateral”.

Equipe Comex do Brasil
Comex do Brasil

Brasília – O vice-presidente Hamilton Mourão destacou a China como maior parceiro comercial do Brasil, ressaltando que “a crise mundial gerada pela pandemia de Covid-19 não alterou esse quadro, ao contrário, as autoridades chinesas estimam que a importação de produtos brasileiros baterá recorde em 2020, contrastando com o contexto de desaceleração generalizada do comércio internacional”. Segundo Mourão, “oportunidade e estratégia andam juntas em nosso relacionamento com a China”.

As afirmações foram feitas ontem (26) na abertura de um seminário do Conselho Empresarial Brasil-China. No evento, foi divulgado o estudo “Bases para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China”, encomendado por empresários que participam do conselho em meio às tensões geopolíticas entre Estados Unidos e o gigante asiático por influência econômica sobre outros países.

Em seu pronunciamento, o vice-presidente disse que “a complementaridade entre as economias de Brasil e China oferece bases sólidas para expandir e diversificar a relação nos mais diferentes setores”. Mourão evitou mencionar o recente atrito entre o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a embaixada da China.

Num claro contraponto a declarações depreciativas sobre a China feitas em série nos últimos meses pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo seu filho Eduardo, Mourão preferiu destacar a importância que a China tem como parceiro do Brasil, especialmente num momento em que, conforme afirmou, “a realidade mundial que emergirá do pós-pandemia estará orientada pela busca de um novo modelo de desenvolvimento econômico mais “verde” e mais tecnológico”.

Em mais um dos muitos elogios à China contidos em seu pronunciamento, o vice-presidente declarou que “para enfrentar esse desafio, poucos parceiros internacionais contam com capacidade e recursos, tecnológicos e financeiros, como a China”.

Na condição de presidente do Conselho da Amazônia, Mourão vislumbra na China outras características que credenciam o país como ator fundamental num mundo em transformação. Segundo ele, “o governo chinês identifica com clareza a nova dinâmica da economia mundial que alia o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental”, admitindo ainda que  “as novas estratégias chinesas de economia circular e sustentabilidade representam oportunidades para ampliar e diversificar nossas relações econômicas bilaterais”.

No evento, foi divulgado o estudo “Bases para uma Estratégia de Longo Prazo do Brasil para a China”, encomendado por empresários que participam do Conselho em meio às tensões entre Estados Unidos e a China na cena geopolítica e econômica internacional.

Nessa disputa, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) tem se alinhado com os americanos. Nesse contexto, o estudo propõe que a China seja encarada não como uma competidora, mas como uma referência e oportunidade para diversificar a pauta de exportações e absorver novas tecnologias.

Após afirmar que “a complementaridade entre as economias do Brasil e da China oferece bases sólidas para expandir e diversificar a relação (bilateral) nos mais diferentes setores”e com o objetivo de defender o potencial das relações sino-brasileiras, Mourão se referiu à Parceria Regional Econômica Estratégica (RCEP, na sigla em inglês), lançada recentemente e que reúne 15 países (China, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Indonésia, Tailândia, Singapura, Malásia, Filipinas, Vietnã, Myanmar, Camboja, Laos e Brunei).

Segundo o vice-presidente Mourão, a RCEP “reafirma o papel da Ásia como centro dinâmico do capitalismo em nossa era. Esse movimento de integração regional demonstra o acerto na prioridade conferida pelo governo Bolsonaro à inserção competitiva do Brasil nas cadeias de valor global. Nossa política comercial aponta justamente para a busca por associações com parceiros que possuem a capacidade de alavancar as vantagens competitivas do País”.

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Ex-aluno IBE Conveniada FGV lança livro sobre desafios do comércio exterior na pandemia.

Fabio Pavan
SEGS

Renan Diez acaba de lançar o livro “Comércio Exterior em tempos de Covid-19”, pela Editora Thoth. Trata-se de uma coletânea de artigos, com o objetivo de registrar cada uma das etapas da pandemia. “Cada texto representa um momento específico, contemporâneo a data de sua escrita. Nota-se a evolução e as diferentes visões expostas nas crônicas, de acordo com a evolução da própria pandemia", pontua Diez.

“Aspectos sociais, questões sanitárias, caos econômico, política, comportamento e claro, comércio exterior. O leitor passeará por esses temas em uma leitura extremamente leve. Não se trata de um contrassenso. A pandemia não tem nada de leveza, mas os textos apresentam as nuances de uma crise sem precedentes dentro de uma linguagem lírica, inspirados pela minha paixão pelo comércio exterior", ressalta o autor.

O prefácio é assinado por Alexis Fonteyne, deputado federal e administrador de empresas, que avalia “Pela experiência e perspicácia de Renan, você vai fluir entre os textos e os relatos muito bem registrados desta que foi uma das grandes aventuras do ser humano na terra”.

Renan já havia publicado outro livro, chamado Minuto Comex, onde também reunia diferentes artigos sobre comércio exterior. “O objetivo é reunir com facilidade material de consulta para empresários, estudantes e demais pessoas que desejam se inserir na área”, avalia.

Renan Diez que é diretor da Intervip Comércio Exterior, também é graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, pós-Graduado em Administração de Empresas e MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais pela IBE Conveniada FGV Campinas.

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COMÉRCIO EXTERIOR: Embarques de açúcar batem recorde e balança comercial do agro alcança US$ 8 bilhões.

Sistema Ocepar

As vendas externas de açúcar foram recorde em outubro de 2020, com aumento de 121%, passando de US$ 543,96 milhões em outubro do ano passado para US$ 1,20 bilhão no mesmo mês deste ano. A quantidade exportada de açúcar foi recorde para toda série histórica, com 4,2 milhões de toneladas.

China - A China foi a maior importadora, com registros de US$ 311,74 milhões em aquisições ou 25,9% do valor total exportado pelo Brasil de açúcar. Outros países que compraram o açúcar foram a Índia (US$ 107,82 milhões; +33,8%), Bangladesh (US$ 85,07 milhões; +94,1%) e os Estados Unidos (US$ 61,95 milhões; +202,3%).

 

Álcool - Ainda no setor, houve aumento das exportações de álcool, que chegaram a US$ 184,87 milhões (75,4%). Os principais importadores de álcool brasileiro foram os Estados Unidos (US$ 63,91 milhões; -1,1%), a Coreia do Sul (US$ 45,79 milhões; +53,6%) e a União Europeia (US$ 45,75 milhões; +3.681%).

 

Balança - As exportações totais do agronegócio em outubro contabilizaram US$ 8,18 bilhões, o que significou recuo de 6,2% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 8,72 bilhões).  De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a queda das exportações ocorreu em função da redução de 3,6% no índice de quantum das exportações e de 2,8% no de preço.

 

Saldo - As importações dos produtos do agronegócio somaram US$ 1,2 bilhão no mês do estudo. O saldo da balança comercial contabilizou US$ 6,9 bilhões. A participação do agronegócio nas exportações totais do Brasil representou 45,8% do valor total exportado no mês passado, alta de 9,7% em relação ao mesmo mês de 2019.

 

Soja - Segundo a análise da SCRI, em sua nota técnica, como síntese para esse mês de outubro, a queda das exportações de soja em grão (- US$ 913 milhões) foi em parte compensada pelo destaque positivo nas exportações recorde de açúcar (US$ 658 milhões). 

 

Outros produtos - Outro setor que registrou desempenho favorável foi o de produtos florestais. As vendas externas do setor atingiram US$ 1,03 bilhão (8%). As exportações de celulose subiram 6,3%, chegando a US$ 550,13 milhões. A quantidade exportada de celulose subiu 9,9% na comparação entre outubro de 2019 e 2020, atingindo o recorde de 1,45 milhão de toneladas, porém, a queda do preço médio de exportação em 3,4% impediu um incremento maior do valor exportado.

 

Melhor desempenho - O produto que teve melhor desempenho no setor de produtos florestais foi o de madeiras e suas obras. Houve registro de US$ 351 milhões em vendas externas, com elevação de 61,7% na quantidade exportada, embora o preço médio de exportação do produto também tenha caído (-20,6%).


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CPS lança curso técnico de Comércio Exterior na Baixada Santista.

Redação
ABC DO ABC 

Etec de Santos oferece 40 vagas no período noturno, no Vestibulinho para o primeiro semestre de 2021 e seleção será pela análise do histórico escolar

Pela primeira vez, o Vestibulinho das Escolas Técnicas Estaduais oferece o curso técnico de Comércio Exterior, com duração de dois semestres, na Etec Dona Escolástica Rosa, de Santos. São 40 vagas no período noturno. Os interessados podem se inscrever para o processo seletivo até as 15 horas do dia 14 de dezembro.

A Etec de Santos está localizada próxima ao maior complexo portuário da América Latina dedicado à importação e exportação de mercadorias. No Porto de Santos estão concentradas empresas, entre fornecedores e prestadores de serviços, que demandam profissionais com esta formação.

O diretor do Grupo de Formulação de Análises Curriculares (Gfac), Gilson Rede, informa que o currículo do curso foi planejado de acordo com o perfil e as oportunidades do setor produtivo na Baixada Santista. “O mundo cada vez mais globalizado aumenta a necessidade de profissionais dessa área”, afirma. “Além disso, é importante lembrar que a volatilidade do dólar no Brasil estimula as negociações e parcerias entre empresas e governos de vários países.”  

Novas oportunidades

A expansão do comércio online foi outro movimento que abriu oportunidades de trabalho. A chegada de novos competidores de pequeno e médio portes ao comércio eletrônico aumenta também a demanda de contratação de profissionais da área, nos níveis operacional e gerencial.  

Além de atuar no e-commerce e em empresas, o técnico é um profissional habilitado a trabalhar em portos, despachantes, indústria, instituições financeiras, órgãos de terceiro setor e em atividades ligadas ao agronegócio e à logística. Ele pode ainda ocupar cargos públicos em secretarias, ministérios e órgãos federais. 

Um outro caminho para o técnico em Comércio Exterior é continuar os estudos e fazer um curso superior tecnológico nessa especialidade, que está entre as mais procuradas do CPS. A graduação é oferecida nas Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) de Itapetininga, Capital (Zona Leste), São Caetano do Sul, Guarulhos, Barueri, Indaiatuba e Praia Grande.

Processo seletivo

Quem quiser concorrer a uma vaga para estudar nas Etecs no primeiro semestre de 2021 pode fazer a inscrição, exclusivamente no site do Vestibulinho, até o dia 14 de dezembro, às 15 horas. O valor da taxa é de R$ 19. O ingresso será por meio de análise do histórico escolar, sem a realização de prova presencial ou online. As informações completas e o manual do candidato podem ser conferidos no também no site.

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Black Friday: Vendas on-line aquecem comércio. Saiba como evitar golpes.

Samara Schwingel
Correio Braziliense

Segundo o Sindivarejista, a modalidade pode representar 60% do faturamento do comércio até a noite de domingo (29). Especialistas alertam para cuidados necessários durante as compras pela internet 

Com início nesta sexta -feira (27/11) e se estendendo até domingo (29/11), a Black Friday deve movimentar o comércio no Distrito Federal. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), Edson de Castro, as vendas pela internet podem representar 60% do faturamento das lojas neste período. O número é 19% maior do que o registrado pela modalidade em 2019. 

Ainda segundo o sindicato, muitos consumidores estão aproveitando os preços baixos para antecipar as compras para o Natal. "O gasto médio por consumidor é de R$ 240 contra R$ 280 do ano ano passado. A Black Friday deste ano significa a injeção de R$ 230 milhões na economia do DF contra R$ 250 milhões do ano passado", diz Edson. 

Cuidado com os golpes 

Diante o entusiasmo com descontos e preços mais baratos, o consumidor fica mais vulnerável e suscetível a cair em golpes. Segundo a advogada e diretora adjunta do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (Brasilcon) Simone Magalhães, é preciso estar atento a possíveis fraudes tanto nas lojas virtuais quanto nas presenciais. "Neste período de descontos, o golpe mais comum é a falsa promoção, ou seja, o estabelecimento diz que o produto está mais barato, mas, na verdade, não está", diz. 

"Para evitar este tipo de golpe, é interessante que o consumidor acompanhe e pesquise o preço do produto em datas anteriores para verificar se a promoção é real. Existem sites confiáveis que fazem este trabalho para o consumidor", completa Simone. 

A advogada também afirma que, no caso de lojas virtuais, o consumidor precisa estar atento a links e sites com pouca segurança. "É bom evitar acessar portais desconhecidos, pois há o risco de roubarem dados e informações pessoais durante a 'compra'", declara. Porém, caso a pessoa se torne vítima de um golpe, Simone diz que é importante registrar um boletim de ocorrência. "Faça sempre prints das publicidades, conversas, salve tudo. O ambiente virtual deixa rastros e, com pistas, os investigadores podem encontrar os responsáveis", orienta. 

Política de desistência 

Além das dicas para evitar fraudes, Simone ainda chama a atenção para um direito previsto no Código de Defesa do Consumidor e que se aplica às promoções da Black Friday. Quando uma compra é realizada fora do estabelecimento comercial, ou seja, on-line, o cliente tem sete dias, a partir do recebimento do produto, para desistir do item.

"O consumidor não precisa justificar. E todas as lojas precisam receber a devolução e arcar com os possíveis custos de envio desde que o cliente informe da desistência dentro do prazo de sete dias", ressalta. 

Ela frisa que essa medida é diferente da política de trocas. "Em relação às trocas, cada loja tem um regulamento próprio. Para não ter surpresas, é interessante que o cliente pergunte e se informe sobre elas antes de realizar uma compra."

Dicas para evitar golpes na Black Friday

  • Não compre no impulso 
  • Desconfie e pesquise preços 
  • Verifique as avaliações da loja feitas por outros usuários  
  • Evite acessar sites ou links desconhecidos ou suspeitos
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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Investimentos estrangeiros no Brasil despencaram no mês de outubro, diz BC.

Larissa Garcia
Amazonas Atual 

BRASÍLIA – Os investimentos diretos no Brasil somaram US$ 1,8 bilhão em outubro, volume 14% menor ao registrado em setembro, quando foram aportados no país US$ 2 bilhões. Os dados foram divulgados pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira, 25.

A pandemia do novo coronavírus prejudicou esse tipo de investimento, feito por empresas que estabelecem um relacionamento de médio e longo prazo com o país.

Desde o início da crise, o nível dos investimentos diretos têm expressiva queda. Após leve recuperação entre maio e julho, o nível voltou a cair e em agosto registrou o menor valor desde a chegada do vírus ao país, com US$ 1,5 bilhão.

Na comparação com outubro de 2019, quando o país registrou US$ 8,2 bilhões, a queda foi de 78%. Já nos últimos 12 meses, os investimentos foram de US$ 43,5 bilhões, o equivalente a 2,94% do PIB (Produto Interno Bruto).

Com baixo fluxo de comércio exterior, as contas externas brasileiras fecharam outubro com resultado positivo em US$ 1,5 bilhão, puxado pela balança comercial, que registrou superavit (mais exportações que importações) de US$ 4,8 bilhões.

A balança comercial tradicionalmente apresenta superavit em momentos de baixa atividade econômica, já que o país importa mais nas épocas de expansão.

Na prática, todo o nível de comércio exterior diminuiu com a crise. Tanto as exportações quanto as importações caíram, mas a redução no fluxo de entrada de produtos estrangeiros no país foi mais acentuada.

As exportações foram de US$ 18 bilhões em outubro, recuo de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as importações diminuíram 26,3%, para US$ 13,1 bilhões.

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Comércio acredita que terá a melhor Black Friday desde 2010.

Carinne Souza
Correio Braziliense

Previsão da CNC é de que vendas cheguem a R$ 3,7 bilhões em todo o país, o maior volume na data desde 2010. E-commerce será destaque

A última sexta-feira do mês de novembro tornou-se uma das datas mais aguardadas do ano. Além de movimentar bilhões em compras, a Black Friday garante, em todo o mundo, descontos a compradores que procuram economizar. Apenas no Brasil, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima uma movimentação de R$ 3,74 bilhões no próximo dia 27, a maior na data desde 2010.

Para o presidente da Clube dos Diretores Lojistas do Distrito Federal (CDL-DFO, José Carlos Magalhães Pinto, o varejo terá um aumento de 25% na Black Friday deste ano em relação ao ano passado. “Esta é a primeira data comemorativa em que as lojas vão estar abertas este ano, isso vai estimular as vendas nesse momento. Além disso, o prazer de comprar é muito bom e por isso podemos esperar esse aumento”, explicou.

De acordo com estudo divulgado pela VTEX e realizado pela startup Emotions Meter, os sentimentos de usuários do Twitter em relação à Black Friday são de ansiedade, otimismo e alegria. Além disso, conforme a data se aproxima, maior o “desejo de compras”. Essa foi a forma como Júlia Mendes, de 20 anos, se descreveu. Mesmo sem precisar comprar nada específico, a estudante de jornalismo relata que a data é sempre atrativa. “Já comprei um kit de produtos de beleza e estou procurando mais. Percebi uma queda nos preços e estou de olho nos shoppings para comprar produtos importados na sexta-feira.”

Além disso, pesquisa realizada pelo Google também mostrou que os consumidores têm produtos favoritos para essa data. As principais categorias pesquisadas pelos brasileiros, são: celulares (38%), eletrodomésticos (30%), itens de informática (28%), roupas femininas (28%) e televisores (26%). Como é o caso de Yasmin Gurgel, de 20 anos, que está de olho nos eletrodomésticos nessa Black Friday. “Quero comprar um cooktop e estou ansiosa para sexta-feira chegar. Os valores estão padronizados nas lojas e, na internet, o frete ainda está um pouco alto. Minha esperança é um valor melhor na verdadeira data ou, pelo menos, frete grátis no dia.”

E-commerce

Quem tinha receio de compras pela internet precisou se adaptar ao modelo com a pandemia. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), mais 50 milhões de pedidos foram feitos nessa modalidade entre 1º de março e 20 de junho deste ano, com ticket médio de R$ 450.

E não será diferente no próximo dia 27: o e-commerce será o método mais escolhido pelos adeptos da Black Friday. Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a facilidade e o preço das compras on-line chamam atenção dos consumidores, principalmente pelo apelo promocional que a data estimula. “Em 2020, mais do que em qualquer outra edição, a Black Friday deverá expor a diferença de desempenho entre as lojas físicas e as lojas on-line”, afirmou.

Acostumado com compras on-line, Messias Bittencourt, de 33 anos, conta que sempre compra em lojas maiores e confiáveis para não enfrentar nenhuma adversidade. “Eu sempre tenho receio de demorar na entrega devido à quantidade de pedidos, porém, se o desconto for bom, eu compro sem me preocupar tanto com isso”, relata. O arquiteto de software ainda conta que usa sistemas que o auxiliam a acompanhar o preço dos produtos desejados antes de realizar a compra.

O diretor de operações da Via Varejo, Abel Ornelas, responsável por lojas como Ponto Frio e Casas Bahia, relata que as grandes varejistas estão apostando nas vendas on-line e no maior poder de compra dos consumidores. “Estamos apostando no ticket mais alto, assim como no parcelamento, dando a possibilidade de comprar em 30 vezes sem juros. Além disso, as lojas físicas estão mais integradas com os canais digitais, os aplicativos proporcionam mais praticidade que, somada à segurança de estar em casa, oferecem uma experiência única ao cliente para que a compra on-line aconteça sem preocupações”, afirmou.
 
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Comércio cauteloso já revela otimismo.

Miriam Hermes
A Tarde

No comércio, assim como ocorre na indústria, empresários revelam confiança na economia, embora com mais cautela, pois pela primeira vez, desde abril, a métrica utilizada por consultores da Fecomércio revela otimismo, com mais de 100 pontos.

Elaborado mensalmente, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), de novembro registrou 105,3 pontos, crescimento de 6,9% em relação a outubro, caracterizando a quinta elevação consecutiva.

O número, embora esteja 8,6% abaixo do patamar comparado com igual período do ano anterior, é o maior desde o início dos efeitos decorrentes da infecção por coronavírus na economia.

– Quem está puxando de forma mais expressiva o desempenho geral é o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio, que apontou alta mensal de 10,9% e ficou nos 76,6 pontos – afirmou o consultor econômico da Fecomércio, Guilherme Dietze.

Reação – Para o consultor, apesar de se manter em pessimismo, houve uma recuperação de 197% desde o fundo do poço, que foi no mês de julho, com 25,8 pontos, ou seja, quase triplicou.

A reabertura do comércio e a retomada das vendas, acrescentou o consultor, produziram reação positiva, e os empresários de Salvador voltaram a criar expectativas em grande parte devido ao auxílio emergencial.

Setores ligados à construção civil, como eletrodomésticos, materiais de construção e móveis, vêm registrando maior aumento nas vendas, porém há dificuldades no fornecimento de produtos.

“Que notícia triste. Eu

perdi um grande amigo

e o mundo perdeu uma

lenda. Ainda há muito

a ser dito, mas, por

agora, que Deus dê

força para os familiares.

Um dia, eu espero que

possamos jogar bola

juntos no céu”

Pelé, ex-jogador de futebol, sobre a morte do ídolo argentino Diego Armando Maradona

Encontro de economia

Estão abertas as inscrições para a 16ª edição do Encontro de Economia Baiana, que este ano terá como tema Bahia e Brasil Pós-Pandemia: Desafios e Novas Tendências. A iniciativa é da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), do Programa de Pós-Graduação em Economia da Ufba e da Desenbahia, com o apoio do Corecon-BA. Os debates este ano terão foco nas políticas públicas, econômicas e sociais que podem ser adotadas para assegurar o desenvolvimento econômico que leve à superação da crise econômica, com melhoria dos padrões de vida das pessoas, além da redução da concentração da riqueza. O encontro será realizado nos dias 10 e 11 de dezembro de 2020, via streaming, pelo YouTube. As inscrições podem ser feitas no site www.eeb.sei.ba.gov.br.

Confiança na Indústria

A pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), de novembro, registrou crescimento da confiança em 22 entre 30 setores analisados. De acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as maiores altas ocorreram em biocombustíveis, um aumento de 10 pontos relativos a outubro.

POUCAS & BOAS

Começa hoje na Santa Casa de Jequié uma ação da campanha Cuidar da Saúde é Coisa de Homem, em referência ao Novembro Azul, que incentiva a prevenção com exames para diagnóstico precoce do câncer de próstata. Uma estrutura com Unidade Móvel foi montada no estacionamento da Santa Casa e equipe de profissionais estará no local até amanhã em consultas e exames de PSA. Para ser atendido o morador interessado faz um cadastro no escritório do Programa Santa Casa de Bairro em Bairro, perto da Praça da Bandeira, onde recebe instruções sobre uma série de cuidados que deve observar antes de ser examinado. Com atendimento apenas através de horário agendado, a ação visa evitar aglomerações.

A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) anunciou ontem que em 2020 a área com o programa Soja Plus alcançou 38% das áreas plantadas com o grão no estado, somando a adesão de 250 empreendimentos no oeste da Bahia. O programa, entre outras iniciativas, orienta os produtores na organização da área dos recursos humanos. Na região, o Soja Plus já promoveu 49 cursos, formando 640 profissionais nos seis anos de atuação no estado, onde tem parceria da Aiba.

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Brasil vai usar blockchain no comércio exterior.


A tecnologia poderá ser utilizada como forma de assinatura eletrônica por parte da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia.

Sobre o decreto

O Decreto nº 10.550/2020 altera o Decreto nº 6.759/2009, que regulamenta a administração das atividades aduaneiras. Ao mesmo tempo, indica diretrizes para fiscalização, controle e tributação das operações de comércio exterior.

Nesse sentido, a alteração que considera blockchain como forma de autenticar documentos foi feita no Art. 562.

“Art, 562 – A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB) do Ministério da Economia poderá dispor, em relação à fatura comercial, sobre: 

(…) 

IV – formas de assinatura mecânica ou eletrônica, permitida a confirmação de autoria e autenticidade do documento, inclusive na hipótese de utilização de blockchain”.

Destaca-se que o Decreto anterior apenas mencionava o uso de “formas alternativas de assinatura”.

Agora, citando explicitamente a blockchain, o Brasil passa a inovar no comércio exterior. Dessa forma, pode lançar mão de uma tecnologia capaz de agilizar e dar mais transparência aos processos.

Plataforma bConnect pode ser usada

Tudo indica que a plataforma a ser usada pelos órgãos será a bConnect. Trata-se de uma solução desenvolvida em 2019 pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

A bConnect utiliza blockchain para garantir autenticidade de informações compartilhadas entre o Brasil e países parceiros.

Em outubro deste ano, o Serpro foi convidado para apresentar a plataforma nos Estados Unidos. Isso porque o país norte-americano tem planos de usar a solução para combater o terrorismo.

Na ocasião, o Serpro explicou que a bConnect é uma rede blockchain desenvolvida para a RFB.

“Essa rede utiliza blockchain para garantir a autenticidade das informações aduaneiras compartilhadas entre os países do Mercosul. Neste mês de outubro, a bConnect já estará em funcionamento com a troca de dados entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai”, destacou o Serpro.

Além disso, o órgão mencionou, especificamente, a criação de Operadores Econômicos Autorizados (OEA).

São empresas certificadas que podem usufruir de benefícios como a facilitação dos procedimentos aduaneiros.

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Comércio, saúde, construção e serviços buscam profissionais.

Alline Martins
Agência Brasília 

Dez vagas para mecânicos, 18 para motoristas e cinco para motofretistas são algumas das 671 oportunidades de emprego oferecidas nas agências do trabalhador do Distrito Federal, nesta quinta-feira (26). Quem deseja se recolocar no mercado de trabalho, ainda pode candidatar-se em profissões nas áreas de comércio, saúde, construção civil e serviços.

O melhor salário do dia, no valor de R$ 3,5 mil, mais benefícios, é oferecido na única vaga para gerente de vendas. Para concorrer, é preciso ter experiência na área e ensino médio completo. Outras duas profissões pagam salários próximos desse valor: laboratorista de concreto (2), no valor de R$ 3 mil, e motorista carreteiro (6), de R$ 2,9 mil. Para ambos, basta ter ensino fundamental.

Oito profissões oferecem remuneração por dia trabalhado. São duas vagas para consultor de vendas (R$ 40), duas para cozinheiro (R$ 300), uma para encarregado de obras (R$ 13,64), uma para motofretista (R$ 45), três para operador de telemarketing especializado, nas áreas de estatística, recursos humanos e comunicação social (R$ 23,07), cinco vagas para pedreiros (R$ 150), duas para serralheiros (R$ 150) e duas para serventes de obra (R$ 90).

Supermercados

Supermercados também estão contratando. Buscam empacotadores (7), gerentes (2), operadores de caixa (6) e repositores de mercadorias (24). Os salários oferecidos ficam entre R$ 1.048 e R$ 1,5 mil, mais benefícios.

Os interessados em concorrer a qualquer uma das vagas devem ir a uma das 15 agências do trabalhador em funcionamento no DF, ou baixar o aplicativo Sine Fácil que, em virtude da pandemia de Covid-19, também disponibiliza o serviço.

Empreendedores que desejam buscar profissionais também podem utilizar os serviços das agências do trabalhador. Além do cadastro de vagas, é possível usar os espaços físicos para seleção dos candidatos encaminhados. Para isso, basta acessar o site da Secretaria do Trabalho e preencher o formulário na aba empregador.

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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Saiba quais sinais indicam um sinistro no transporte internacional.

OMDN

Avarias podem ser detectadas ainda no exterior, durante a viagem ou apenas no destino

O seguro de transporte internacional tem como objetivo cobrir danos com a mercadoria ao longo do translado, em decorrência de causa externa. As avarias nos produtos podem ser identificadas durante o trânsito ainda no exterior, no decorrer da viagem, nos casos em que é decretado avaria grossa, por exemplo, ou no destino.

“O mais comum é ser detectada na ocasião da chegada da mercadoria em zona primária, podendo ser aeroporto, porto ou passagem de fronteira até a zona secundária, como o porto seco. O fiel depositário emite o Mantra (Sistema Integrado de Gerência do Manifesto, do Trânsito e do Armazenamento) nas importações aéreas ou o TFA (Termo de Falta e Avarias) para os demais modais, que expressa ao adquirente da carga uma possível avaria/sinistro. Em alguns casos, ocorrem por meio de observações visuais do seu próprio despachante aduaneiro ou até mesmo no recebimento da carga pelo importador, quando não há avaria aparente na embalagem, mas apenas no produto”, informa a diretora comercial da Ação Corretora de Seguros, Fernanda Ruths.

Segundo a especialista em seguros, o grau da avaria é avaliado pelo tipo de mercadoria. Na maioria dos casos, os sinais externos de avarias são superficiais e ficam restritos somente as embalagens. No transporte internacional aéreo, os mais comuns são: diferença de peso e embalagem amassada ou rasgada. No marítimo, as avarias mais frequentes são: container amassado, arranhado e/ou enferrujado.

“Geralmente, o fiel depositário emite o Mantra ou TFA para isenção de responsabilidade. Se a mercadoria possuir seguro, o importador ou exportador precisa notificar a sua corretora de seguros/seguradora encaminhando os documentos instrutivos do embarque. Assim como o Mantra/TFA emitido pelo fiel depositário para uma avaliação preliminar e liberação da carga para desembaraço”, explica.
Quando a vistoria é indicada no transporte internacional

Ainda conforme a diretora comercial, normalmente são realizadas as devidas ressalvas, como a emissão de carta protesto para resguardar o direito de sub-rogação contra o causador do dano e posterior avaliação de danos no destino final.

“Pode acontecer de a seguradora indicar um vistoriador para fazer avaliação visual da carga antes do desembaraço. Com o fim da Vistoria Oficial, em 2010, são raros os casos em que as seguradoras enviam vistoriador para acompanhamento em zona primária ou secundária. Isso ocorre somente em situações mais graves, quando o sinistro é certo, por exemplo na queda ou furo de um container durante o manuseio”, ressalta Fernanda.

Nas operações comerciais realizadas sem seguro, o importador faz essa desistência da avaria por sua conta risco e toma as providências cabíveis no caso de possíveis danos a sua mercadoria durante o transporte internacional.

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Case: Investigação revela omissão em relato de transportadora.

OMDN

O conceito de seguro como fator de proteção diante das fatalidades é muito antigo. Há muito tempo o homem se preocupa em neutralizar os efeitos de um sinistro que pode ocorrer ou não. É comum citar o exemplo dos cameleiros da Babilônia: treze séculos antes de Cristo um grupo de cameleiros saía para uma travessia no deserto. Estimava-se que essa viagem entre cidades durava cerca de uma semana e se perdiam vários camelos no percurso. Ao chegar no destino, os integrantes do grupo faziam uma conta e dividiam entre si os prejuízos. Compravam, então, novos camelos para os proprietários daqueles que faleceram no caminho.

Na época, não se tinha conhecimento matemático para fazer uma previsão estatística do número de acidentes. Nesta relação já se observava a figura do segurado e da seguradora presentes no mesmo grupo. O prêmio, que é a contribuição que o segurado dá à seguradora, ainda não existia. Ele era, aqui, a própria indenização. A inexistência de companhias de seguros na Antiguidade significava a ausência de uma empresa especialista em gerenciar os riscos das outras pessoas.
Após os camelos, chegou a vez das grandes navegações

O seguro só se estabeleceu nas bases em que é conhecido atualmente quando, na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, foram criadas as primeiras sociedades de seguros. A mais significativa delas foi a Lloyd’s – iniciando suas atividades em uma taberna próxima a docas pertencente a Edward Lloyd, no século XVII, onde se reuniam os agentes de seguros marítimos da cidade. Nestas observações que fazia, Edward criou o Lloyd News, em 1696, fazendo de seu estabelecimento um centro de atividade de seguros marítimos, baseados em mutualidade.

Os avanços do matemático Pascal nos estudos de Estatística, nesta época, também foram fundamentais para a atividade seguradora decolar. São as ciências exatas em busca de proteção de bens que valem muito mais que alguns camelos.
Prevenir é melhor do que remediar

Neste passado distante, remediava-se os acontecimentos depois que eles ocorriam, bem diferente do que é hoje, quando o prêmio significa exatamente a prevenção de uma fatalidade através do pagamento antecipado de uma pequena remuneração.

Observemos este surpreendente case, relatado por Fernanda Ruths – Diretora Comercial da Ação Seguros:

“Uma carga projeto chegou ao porto, em navio RoRo (Roll-on-Roll-Off), sem apresentar termos de falta e avarias. O desembaraço se deu normalmente, sobre rodas, e a mercadoria seguiu para o destino.

Chegando neste, o cliente observou danos de quebra no equipamento. Fomos acionados e encaminhamos um vistoriador para averiguar o ocorrido.
Durante a verificação das danificações no equipamento não foi possível coletar um relato do transportador, pois este não estava mais no local, deixando-o logo após a entrega da carga. Sendo assim, solicitamos uma entrevista com o motorista da transportadora para conseguirmos apurar o ocorrido. Vários dias se passaram até recebermos o relato do profissional da empresa responsável pelo deslocamento da carga – de forma bastante sucinta e sem mencionar possíveis ocorrências no trajeto.

Constatou-se que havia sobras de concreto na lataria do equipamento durante a vistoria, e se apurou então, por relatos de terceiros, que a carga foi avariada durante o trajeto do porto ao destino.

Como se trata de um equipamento de alto valor agregado e de um maquinário muito específico, o processo de levantamento de prejuízos alongou-se.
Conjuntamente, a transportadora abriu sinistro na sua seguradora, na Apólice de Responsabilidade Civil (RCTR-C) – mas apenas 30 dias após o incidente ocorrido.
Regulamos o sinistro pela apólice do importador, pois se tratava de risco coberto e foi dada sequência com a indenização cabida.

Concomitantemente, a empresa de transportes recebeu uma negativa do pedido de sinistro por parte da sua seguradora. O motivo? O processo não foi averbado antes do risco, mas sim, apenas no dia da abertura da ocorrência. Não bastando isto, verificou-se também que o seguro de transporte foi cobrado do cliente. Danos, omissões e possíveis fraudes. Coube aqui uma intensa operação minuciosa de checagem dos fatos e documentações apresentadas.

“Neste momento, chamamos a atenção para importância de cada importador/exportador contratar seguro de transporte internacional para suas cargas, para não correr o risco de ficar com um prejuízo por algum dano que possa ocorrer com sua mercadoria. Imagine se esse importador não tivesse contrato de seguro? Ficaria com uma oneração de grande monta. O dono da carga contrata seguro da mercadoria e o transportador o seguro de responsabilidade civil” – complementa Fernanda.

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Covid-19: Lista de itens com tarifa zero na importação é prorrogada.

OMDN

Nova Resolução também exclui alguns bens da listagem e vale até 31 de dezembro de 2020

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia prorrogou até o fim do ano a lista de itens com o Imposto de Importação (II) zerado para auxiliar no combate à Covid-19. A decisão foi tomada pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara, por meio da Resolução nº 104/2020. Além de prorrogar a vigência da Resolução nº 17/2020 até 31 de dezembro de 2020, ela também promove ajustes à listagem de bens considerados essenciais na luta contra o Coronavírus.

Entre as mudanças está a exclusão de artigos para os quais o Governo Federal considera que já existem condições adequadas de oferta no mercado nacional. As alterações foram aplicadas com base em análises realizadas pelo Ministério da Saúde e passam a valer a partir de 1º de novembro. O movimento, também segundo o Governo, é resultado do aumento, por parte da indústria brasileira, da produção destes itens.

A lista completa dos bens excluídos consta da Resolução Gecex nº 103/2020. São artigos como álcool 70% em gel; vestuário, luvas e máscaras de proteção, ambos de plástico; agulhas; cateteres; kits de intubação; respiradores automáticos; ventiladores mecânicos, entre outros.

O Gecex é o núcleo executivo colegiado da Camex. Ele é responsável por definir alíquotas dos impostos de importação e exportação, fixar medidas de defesa comercial, internalizar regras de origem de acordos comerciais, entre outras atribuições. Segundo o Decreto 10.044/2019, o Gecex é integrado pela Presidência da República e pelos ministérios da Economia; das Relações Exteriores; e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Itens que foram mantidos

Conforme a nova Resolução, a lista de itens que continuarão com alíquota zero na importação, até 31 de dezembro, conta com 479 bens. São diversos produtos farmacêuticos, equipamentos e aparelhos médico-hospitalares, artigos de higiene pessoal, entre outros insumos.

O Ministério da Economia vem adotando, desde março, medidas de suspensão temporária do Imposto de Importação para produtos utilizados no combate à pandemia. Além disso, por meio da Camex e da Receita Federal do Brasil (RFB), também foram criadas facilitações para o desembaraço aduaneiro desses tipos de mercadorias. As medidas abrangem desde a redução de impostos até a celeridade na autorização e liberação das cargas.

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