Manifestantes com posições a favor e contra Lula se enfrentaram hoje na frente do Ministério Público de São Paulo, onde o ex-presidente deveria depor em um caso de lavagem de dinheiro, audiência que foi suspensa por meio de liminar.
Pelo menos uma mulher ficou ferida ao ser atingida por uma pedra lançada por um dos manifestantes, que começaram a se reunir no começo da manhã, mesmo o depoimento tendo sido suspenso pelo Conselho Nacional do Ministério Público, órgão que supervisiona às procuradorias.
Os dois grupos, que inicialmente estavam separados por cercas, trocaram insultos e jogaram objetos, como cones, garrafas de água, ovos, frutas e até uma bandeira do Partido dos Trabalhadores (PT).
A tensão começou pouco depois das 10h30, quando manifestantes contrários ao ex-presidente tentaram inflar um boneco de Lula vestido de presidiário, o mesmo que esteve presente na maioria das manifestações de oposição realizadas em 2015.
Dezenas de pessoas vinculadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao PT se aproximaram do Fórum Criminal de São Paulo para mostrar apoio ao ex-presidente, que está sendo investigado por lavagem de dinheiro associada à corrupção na Petrobras.
Estes manifestantes vestiam camisetas com o slogan "Lula presidente", levaram bandeiras do PT e entoaram músicas em apoio ao ele, a quem chamaram de "guerreiro".
Raimundo Bonfin, coordenador da central de Movimentos Populares, criticou a atuação do promotor responsável pelo caso, Cassio Conserino, e advertiu que "criminalizar Lula é criminalizar toda a esquerda e os movimentos sociais".
"A perseguição contra Lula não tem precedentes na história do Brasil, nem pode ser comparada com as perseguições contra o presidente (Getúlio) Vargas", afirmou Bonfim à Agência Efe, em referência líder trabalhista que se suicidou em 1954.
Entre o grupo que se manifestou contra o ex-presidente, foram alçadas bandeiras do Brasil e alguns cartazes que pediam intervenção militar no país.
Fonte: Exame
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