quarta-feira, 16 de março de 2016

Nasa descobre “nova Terra” em outro sistema solar

Comparação artística entre a Terra e o planeta Kepler 452-b
Em uma conferência realizada hoje, a agência espacial americana, a Nasa, anunciou grandes descobertas. Foram descobertos e catalogados 500 novos exoplanetas (aqueles que orbitam uma estrela que não seja o nosso Sol).

As descobertas foram feitas pelo telescópio espacial Kepler. Entre esses 500 exoplanetas, a Nasa estima que 20% sejam anomalias espaciais – sobram, portanto, 80% como prováveis planetas de verdade.

Um desses planetas, porém, traz grande animação para os cientistas: o Kepler 452-b. O nome pode ser sem graça, por isso a Nasa adotou outro durante a sua conferência, “Terra 2.0”.

As semelhanças entre nosso planeta e o Kepler 452-b são grandes. Assim como a Terra, ele também está dentro de uma zona habitável pelas medições da Nasa. Ele orbita um sol semelhante ao nosso, que tem a mesma temperatura, é 10% mais largo do que o nosso e emite 20% mais brilho.

Veja abaixo algumas informações rápidas sobre o Kepler 452-b:

- Diâmetro 60% maior do que o da Terra;
- Grandes chances de ser rochoso, assim como nosso planeta;
- Ano com 385 dias – em oposição aos 365 da Terra (diferença muito baixa);
- Fica a 1.440 anos-luz da Terra, na constelação Cygnus.

Por que é importante?

Pela primeira vez, cientistas puderam encontrar um planeta semelhante ao nosso e que ao mesmo tempo orbita uma estela semelhante ao Sol.

Além disso, o Kepler 452-b é mais antigo do que a Terra ou do que o nosso próprio Sol. A estimativa é que nosso planeta tenha cerca de 4,5 bilhões de anos de idade.

O Kepler 452-b, acreditam os cientistas, tem cerca de 6 bilhões de anos. Ele seria como um primo mais velho da Terra.

Observações do planeta podem auxiliar pesquisadores a entender como o envelhecimento da Terra será, assim como o do Sol.

Tem vida?

Similar à Terra, o Kepler 452-b teria condições para abrigar vida, ao menos na teoria. No anúncio da descoberta, a Nasa disse ser impossível afirmar categoricamente se existe ou não vida por lá.

Jon Jenkins, líder na análise de dados coletados pelo Kepler, especulou sobre a possibilidade. “É inspirador considerar que esse planeta passou 6 bilhões de anos na zona habitável de sua estrela, o que é mais tempo do que a Terra passou”, disse, de acordo com o site Business Insider.

“Isso implica tempo e oportunidade considerável para que vida surgisse em algum lugar da sua superfície, já que existem todos os ingredientes e condições para que isso acontecesse”, disse.

O site da Popular Science conversou com Seth Shostak, pesquisador do instituto Seti (sigla em inglês para “busca por vida extraterrestre”). Ele disse que a organização analisou o planeta usando o telescópio Allen.

As primeiras informações obtidas pelo Seti não mostraram qualquer emissão de frequências que poderiam indicar a existência de vida inteligente por lá.

Fonte: Exame

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