quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Liberdade de expressão piora na América Latina, segundo instituições
Diretores da CIDH e da SIP concordaram nesta segunda-feira que a situação da liberdade de expressão piorou na América Latina, tanto pela violência contra jornalistas como por restrições de governos como o de Equador e Venezuela. "Lamentavelmente, hoje tenho que dizer que a coisa está piorando", assinalou o relator para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, durante a 71º Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em Charleston, Carolina do Sul.
"Não conseguimos baixar os níveis de violência em termos de ameaça, violência e assassinatos", disse o uruguaio Lanza. No México "não se investiga profundamente, não se chega aos autores intelectuais dos crimes, o que se torna um convite a repetir estes crimes", afirmou Lanza, ao apontar situações similares no Brasil, Guatemala, Honduras e Paraguai.
O presidente da SIP, Gustavo Mohme, denunciou 20 assassinatos durante o último ano na América Latina, ao divulgar o relatório final de seu mandato à frente da organização que reúne os donos e editores dos meios de comunicação. Segundo os últimos dados da SIP, apenas entre janeiro e julho de 2015 morreram violentamente 12 jornalistas na região, sendo 2 no Brasil, 3 no México, 2 na Guatemala, 2 em Honduras, 2 na Colômbia e 1 no Paraguai.
Mohme manifestou sua "máxima" preocupação com o fechamento de cerca de 30 jornais venezuelanos por falta de papel, pelas multas que aplicam o governo do Equador através da lei da mordaça, e pela discriminação da publicidade oficial que se comete na Argentina e em vários países do continente".
Fonte: Diário de Pernambuco
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