sexta-feira, 29 de abril de 2016
Temos 188 Hitlers, 387 Rihannas e 165 Maradonas no Brasil
Diga-me como se chamas e te direi quem és. Nesta quarta, 27, o IBGE divulgou o levantamento nacional de nomes brasileiros.
O top five não poderia ser menos previsível: Maria é o nome mais comum (são mais de 11 milhões delas), seguidas de Joses, Anas e Joãos e Antonios.
A grande verdade é que bem mais interessante, são os outros registros. Temos 130 mil nomes diferentes que nos avisam: entre os brasileiros existem Madonnas, Einsteins, Zeldas e Vaders.
Prince, por exemplo, pode até ter falecido no último dia 21. Mas ainda está presente no Brasil.
Não em forma de música, em pessoas mesmo: mais 220 deles - sendo 27 mulheres -, para ser mais exato.
Também temos 113 Djavans e 245 Cazuzas. Os RGs também têm espaço para os eruditos.
Apesar do orgulho dos austríacos, podemos dizer que não tivemos um, mas 113 Beethovens.
E os que preferem as divas do pop podem dizer que são do mesmo país que 386 Rihannas.
Aparentemente, a literatura também é um fator que pesa na hora de fazer o registro da criança.
São mais de 88 mil Iracemas, apesar da popularidade estar caindo - na década de 1950 o nome teve seu momento de hit, eram quase 21 mil mulheres homenageando a índia do José de Alencar.
Em 2000, o número caiu para 488. Mais juvenis, as Emílias também marcam presença com 51 mil crianças registradas - a maioria delas no Paraná.
Também são 21 Capitus que, independente de terem traído ou não, são compatriotas de 92 Hermiones e dos 29 Hamlets.
A disputa de Senna e Schumachers talvez seja mais acirrada nos cartórios do que realmente foi na pista.
Os dois pilotos estão tecnicamente empatados, ambos na casa dos 30. O brasileiro com 36, quatro a mais do que o alemão, garantindo a pole por enquanto. No futebol, por outro lado, o Brasil perde mesmo.
Temos 112 Pelés, contra 165 Maradonas, nenhum vindo da Argentina - a maior parte deles nasceu no Maranhão.
Além dos já citados homônimos do criador da Teoria da Relatividade, o Brasil também conta com mais de 9 mil Newtons, 480 Darwins, e 187 Lavoisiers.
Aliás, vale o registro: as coisas se perdem, sim, no mundo do químico francês. Na década de 1970, o nome alcançou 42 novas crianças (o ápice), mas desde os anos 1990 ninguém foi batizado assim.
Preocupante mesmo, na verdade, é o fato de termos 188 Hitlers com direito a CPF - sendo que 24 deles foram registradas a menos de 20 anos.
Todos nascidos no sudeste do país. Pelo menos temos 64 Gandhis (e outros 43 Gandis) para dar uma equilibrada. Menos mal.
Fonte: Exame
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