A vacina russa usa dois vetores de adenovírus, que funcionam como um "veículo de lançamento" do novo coronavírus no corpo: um é o adenovírus humano recombinante tipo 26 (rAd26-S) e o outro é o adenovírus humano recombinante tipo 5 (rAd5-S), que foram modificados para expressar a proteína S do novo coronavírus. A proteína S é a que o vírus usa para entrar nas células e infectá-las.
Infográfico mostra como funciona uma vacina de vetor viral — Foto: Arte G1
A tecnologia é a mesma usada em uma vacina desenvolvida pela Rússia para o ebola. Com base nesses resultados anteriores, os cientistas dizem esperar que a "Sputnik V" garanta imunidade de até 2 anos para a Covid-19.
Denise Garrett explica que usar os dois adenovírus diferentes para "carregar" o vírus faz com que a vacina seja uma espécie de "duas em uma". Isso é importante porque, como o adenovírus é um vírus comum, usar apenas um deles pode fazer com que o sistema de defesa do corpo não o reconheça como um "invasor" e não produza uma resposta imune tão forte contra ele.
"Foi uma boa estratégia", avalia a epidemiologista.
Duas "versões" da vacina foram testadas: uma congelada, destinada a cadeias de produção globais, e outra liofilizada (desidratada), destinada a locais mais difíceis de alcançar.
"Ter as duas formulações da vacina é ótimo. A formulação liofilizada é ótima para transporte e distribuição da vacina, principalmente para países de baixa e média renda, onde há dificuldade de ter freezer e eletricidade nas unidades de saúde", afirma Garrett.
A vacina liofilizada pode ser mantida em uma temperatura entre 2ºC e 8ºC, segundo os cientistas russos.
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