A paquistanesa premiada com o Nobel da Paz e a atriz encontraram-se para uma conversa sobre a história de vida da jovem, retratada em filme.
Antes da apresentação oficial da longa-metragem He Named Me Malala (realizada por Davis Guggenheim), no Into Film Festival, no Reino Unido, Emma Watson, actriz e embaixadora da Boa-Vontade da Organização das Nações Unidas, entrevistou Malala Yousafzai. A conversa, sobre o filme e a mensagem de Malala, foi transmitida em directo em mais de 80 escolas.
O discurso de Emma Watson no lançamento de uma campanha mundial (“Ele por Ela”) que pretende chamar os homens a defender os direitos por elas, em Setembro de 2014, desmistificou a impopularidade em torno da palavra “feminismo” e transformou Malala numa feminista. “Tem sido uma palavra complicada. Quando a ouvi pela primeira vez, ouvi algumas reacções negativas e outras positivas. E eu hesitei: ‘sou feminista ou não?’”, revelou a jovem paquistanesa de 18 anos. “Mas depois de ouvir o teu discurso, decidi que não há nada errado em apelidares-te de femininista. Por isso, sou feminista e todos deviamos ser feministas porque feminismo é outra palavra para igualdade”, frisou.
No Facebook, Emma Watson elogiou a jovem paquistanesa e falou sobre o encontro, admitindo que durante a preparação da entrevista, ponderou perguntar a Malala se era feminista mas pesquisou e viu que a jovem nunca tinha falado sobre o tema. “Decidi tirar essa questão do rol de perguntas. Para minha completa surpresa, Malala trouxe essa questão nas suas próprias respostas e identificou-se. Talvez ‘feminista’ não seja a palavra mais fácil de usar e ela usou-a mesmo assim”, escreveu Watson para os seus 31 milhões de seguidores.
Watson refereiu ainda a “força” e “determinação” de Malala, que “não foi reduzida pelo sucesso que já teve” e “a paz à sua volta”. “Deixei isto para último porque talvez seja o mais importante. Será resultado de tudo aquilo porque já passou? Pessoalmente acredito que sim.”
Malala Yousafzai, conhecida pela sua defesa do direito universal à educação em todo o mundo, recebeu o prémio Nobel da Paz em 2014, tornando-se a mais jovem vencedora deste prémio. Em 2012, foi alvo de um atentado por um grupo de taliban que controlava a região onde vivia – sobreviveu e ganhou uma voz na área dos direitos das crianças.
Fonte: Publico Portugal
Nenhum comentário:
Postar um comentário