quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Sonda japonesa Akatsuki entra com sucesso na órbita de Vênus
A sonda Akatsuki entrou com sucesso na órbita de Vênus após cinco anos consecutivos girando ao redor do sol, depois de a primeira tentativa ter fracassado devido a problemas de propulsão, informou nesta quarta-feira a Agência Espacial do Japão (Jaxa).
A sonda levará três meses para se aproximar mais do planeta e obter uma melhor trajetória, mas a equipe da Jaxa já recebeu algumas imagens, nas quais foi possível observar os gases que rodeiam Vênus, explicou em entrevista o responsável pela missão, Masato Nakamura.
"Hoje recebemos as primeiras imagens e fiquei muito surpreso porque nunca tínhamos visto imagens tão boas como essas. Acredito que podemos esperar muito dos trabalhos da Akatsuki", destacou.
A partir de sua posição atual, a sonda demora 13 dias e 14 horas para dar uma volta completa em Vênus, mas corrigirá sua trajetória nos próximos meses para reduzir para nove dias o tempo necessário para cumprir o mesmo percurso.
A expectativa da Jaxa é que o equipamento comece a operar regularmente em abril de 2016.
A sonda Akatsuki foi lançada em maio de 2010 com seis tipos de equipamento de observação, com objetivo de estudar as espessas nuvens sulfúricas que envolvem o planeta.
Além disso, pretende analisar os fenômenos vulcânicos e meteorológicos como a super-rotação atmosférica, que se movimenta 60 vezes mais rápido que a superfície de Vênus.
A sonda deveria entrar na órbita do planeta em dezembro desse mesmo ano, mas uma falha no sistema de propulsão do motor principal impediu a desaceleração necessária e deixou Vênus sem completar a missão.
A partir de então, a Akatsuki ficou dando voltas ao redor do Sol para fazer as manobras necessárias para corrigir sua trajetória.
A Jaxa reprogramou o equipamento para que os quatro propulsores restantes o recolocassem na trajetória desejada.
Após uma manobra que durou 20 minutos e 28 segundos, a Akatsuki entrou na órbita de Vênus com sucesso.
O Japão investiu cerca de 25,2 bilhões de ienes (US$ 205 milhões) na missão a Vênus, com a qual pretende realizar o primeiro mapa tridimensional das espessas nuvens sulfúricas que envolvem o planeta.
Fonte: Exame/Abril
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