quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Tela dobrável e viagens à Lua: a tecnologia da Ásia em 2016
Uma volta de montanha-russa nos mercados financeiros, um frenesi de negócios entre as operadoras web chinesas impulsionado pela Alibaba e pela Tencent, a ascensão das empresas asiáticas bilionárias e uma onda de fusões e aquisições no ramo de semicondutores: 2015 foi um ano agitado para o setor tecnológico da região.
Apertem os cintos, há mais emoção pela frente em 2016. Confira uma lista de previsões para a região preparada pela equipe de tecnologia da Bloomberg na Ásia:
Chegada dos telefones dobráveis
A Samsung continuará superando limites em relação às telas (no mesmo estilo da tela curva do Galaxy S6 Edge).
Vídeos de exibição mostram uma tela de plástico do tamanho de um tablet que pode ser dobrada para se transformar em um telefone antes de ser guardada de volta no bolso da camisa.
Como a gigante sul-coreana está desesperada para reverter a queda nos lucros, 2016 poderia ser o ano de lançamento dessa tecnologia, que está em gestação há tempos.
IPOs do setor de tecnologia chinês
Os investidores americanos vão se cansar das ações chinesas sem brilho, por isso as empresas de tecnologia optarão por abrir o capital em seu país.
A recente reabertura de uma torneira fechada pelo governo durante o colapso do mercado no terceiro trimestre despertou bruscamente dezenas de empresas que estavam com processos de IPO parados.
As empresas que se tornaram bilionárias recentemente perceberam que podem conseguir melhores negócios com chineses endinheirados e famintos do que com estrangeiros exigentes.
“Baxi 2016”
O termo de busca, que significa “Brasil 2016”, personifica o amor crescente da China pelos esportes internacionais e a explosão dos conteúdos on-line e de streaming -- tanto licenciados quanto não licenciados.
Os vídeos e blogs sobre o Brasil, sede das Olimpíadas, dominarão um bilhão de telefones chineses em agosto, seis anos antes de o país asiático receber as Olimpíadas de Inverno, em 2022.
Cresce ambição chinesa em relação aos chips
Dando sequência a uma tendência de 2015, a expectativa é que a China continue abocanhando tecnologias de semicondutores em todo o globo. Empresas como a Tsinghua Unigroup e a China Resources Holdings Co. já estão provocando reflexos no setor.
Como o presidente Xi Jinping está disposto a criar campeãs nacionais, há mais negócios à vista.
Realidade virtual ganha força
A Samsung, a Sony e a HTC se unem à Oculus, da Facebook, no espaço da realidade virtual. Os jogos serão o foco inicial, mas as empresas poderiam encontrar outros usos no futuro.
Uma adormecida gigante indiana do comércio eletrônico se desperta
A empresa que detém o monopólio ferroviário na Índia é também a maior player do país no comércio on-line, com 20 milhões de usuários registrados comprando 300.000 passagens por dia e US$ 2,5 bilhões em receita anual.
A empresa finalmente está atualizando seu ultrapassado aplicativo e adicionando uma loja on-line para comercializar outras coisas além das passagens de trem.
A companhia atende assim ao pedido do primeiro-ministro Narendra Modi para explorar a internet e gera uma dura concorrência para a Flipkart Online Services Pvt Ltd e a Amazon.
A Ásia vai à Lua
Tanto o Japão, quanto a Índia, a China e a Rússia estão planejando atualmente missões à Lua.
No ano que vem, um desses países finalizará os planos da primeira viagem lunar tripulada desde que o americano Eugene Cernan voltou para bordo da Apollo 17, em 1972.
Há missões não tripuladas programadas, mas pousar um robô não é o mesmo que quando um humano coloca seus pés no chão e dá origem a algo profundo.
Jack Ma atualiza status do relacionamento com o governo
A política do presidente do conselho da Alibaba para lidar com o governo é se apaixonar, mas não casar. Veremos.
Como os empreendimentos de sua empresa estão se diversificando cada vez mais em relação ao comércio eletrônico e entrando nos setores de finanças e mídia, ela vai se chocar com assuntos espinhosos, como a política.
A forma como o jornal South China Morning Post, que pertence à Alibaba, lidará com a cobertura do aniversário do massacre da Praça da Paz Celestial mostrará se Ma está tendo um caso com o governo... ou colocando um anel no dedo dele.
Fonte:Exame/Abril
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