Graças à queda mais forte das importações do que das exportações, a balança comercial do Brasil terminou 2020 com superávit de US$ 50,994 bilhões, alta de 6,16% em relação ao saldo de 2019. O mês de dezembro, porém, mostrou reação mais expressiva das compras externas, tendência que deve ganhar fôlego ao longo deste ano, refletindo a melhora da demanda doméstica. Mesmo assim, governo e especialistas esperam novo aumento do saldo comercial em 2021, sustentado pela demanda ainda firme da China, cotações elevadas de commodities e, também, alguma recuperação nas vendas de produtos manufaturados.
Divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o superávit comercial de 2020 resultou de redução de 6,86% das exportações frente 2019, para US$ 209,92 bilhões, enquanto as importações diminuíram 10,39% na mesma base de comparação, para US$ 158,926 bilhões.
Em dezembro, a balança teve déficit de US$ 41,6 milhões, com alta de 39,9% das importações (para US$ 18,406 bilhões) e retração de 5,3% das exportações (para US$ 18,365 bilhões) em relação a igual mês de 2019.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, desconsideradas a nacionalização de cinco plataformas de petróleo no período, haveria crescimento de 4% nas importações. “Haveria um superávit comercial como é sazonalmente esperado”.
Mesmo excluindo a influência atípica das plataformas, o avanço das compras externas no último mês do ano marca uma mudança da dinâmica da balança no fim de 2020, avalia Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria. A expansão foi a primeira das importações na comparação anual desde fevereiro, observa Campos Neto. De junho a outubro, acrescenta ele, houve retração média de 26,6% das compras por mês.
“É um sinal importante de melhora da atividade interna, ainda que não seja uma recuperação robusta e acelerada”, diz ele. Em sua visão, a retomada das importações deve seguir de forma gradual ao longo deste ano, acompanhando a recuperação da economia doméstica. No cenário da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,9% em 2021, número que Campos Neto considera moderado.
“Mesmo excluindo as transações envolvendo plataformas de petróleo, as importações seguem em recuperação, refletindo a normalização da demanda doméstica”, apontam os economistas Thales Caramella e Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. Nos cálculos do banco, a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada das importações avançou de US$ 148 bilhões em novembro para US$ 160 bilhões no mês seguinte. O dado desconsidera as plataformas.
Segundo Campos Neto, as importações devem crescer mais este ano devido à retomada da economia brasileira e a uma taxa de câmbio menos depreciada, que, nas estimativas da consultoria, terminará o ano abaixo de R$ 5.
Na projeção de superávit comercial de US$ 52,1 bilhões para 2021, a Tendências estima alta de 11,2% nas importações ante 2020, para US$ 176,8 bilhões. Já as exportações devem somar US$ 228,9 bilhões no ano. “Do lado das exportações, a melhora das condições econômicas globais, diante da esperada superação da pandemia ao longo do ano, e o impulso ainda trazido pela China e pelas commodities valorizadas explicam a expectativa de alta de 9% em relação a 2020”, afirmou.
De 2019 para 2020, os embarques brasileiros ao país asiático subiram 7,8% pelo critério de média diária, para US$ 67,747 bilhões. Assim, a participação chinesa na pauta de exportações brasileira avançou 4,2 pontos percentuais, para 32,3%. Em sentido contrário, a fatia dos EUA, segundo maior parceiro comercial, recuou de 13,2% para 10,2%. Já a parcela da Argentina teve queda de 0,3 ponto, para 4%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), a retomada da economia global, liderada pela China, deve impulsionar as vendas externas do Brasil este ano, ao mesmo tempo em que a reação da demanda doméstica deve dinamizar as importações. Em suas estimativas, a balança terá saldo de US$ 69,018 bilhões em 2021 - aumento de 33% sobre 2020, com alta de 7,3% das importações e de 13,7% das exportações na mesma base de comparação.
“A importação vai depender do mercado interno. Já a alta das exportações depende exclusivamente das commodities”, disse Castro. Em 2020, os embarques de soja cresceram 6% sobre o ano anterior pelo critério de média diária. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 14,3%. Nos cálculos do Itaú, enquanto a venda de manufaturados caíram 17,5% no ano passado, as exportações de bens básicos ficaram praticamente estáveis, com incremento de 0,5%.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que a recuperação do comércio em 2021 deve ser “relativamente uniforme” entre os setores. Segundo ele, “certamente” haverá crescimento maior das exportações de bens manufaturados do que o observado em 2020. “E também teremos nível de importação maior”, acrescentou.
Nas estimativas da Secex, também publicadas ontem, a balança comercial terá saldo positivo de US$ 53 bilhões no acumulado de 2021. As vendas externas devem totalizar US$ 221,1 bilhões, e as compras, US$ 168,1 bilhões. Se, em 2020, a resiliência das exportações foi bastante influenciada pela economia chinesa, para 2021, há sinalização de reação também de outros parceiros, como EUA, União Europeia e Argentina, defendeu Ferraz.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/queda-da-importacao-sustenta-alta-do-saldo-comercial-em-2020/20210105-100435-I792
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Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia divulgados nesta segunda-feira (4/01), o país registrou um superavit comercial de US$ 51 bilhões no acumulado em 12 meses, dado 6,2% superior aos US$ 48 bilhões contabilizados em 2019, em termos nominais.
Esse superavit comercial é o mesmo registrado em novembro e é o terceiro maior da série histórica iniciada em 1989. O saldo é positivo quando os embarques superam os desembarques. A soma deles é a corrente de comércio, que totalizou US$ 368,8 bilhões em 2020, o menor resultado desde 2017.
Queda nas exportações e nas importações
Os números da Secex mostram que tanto as importações quanto as exportações registraram queda em 2020. Os embarques somaram R$ 209,9 bilhões, dado 6,8% inferior aos US$ 225,4 bilhões computados em 2019. Enquanto isso, os desembarques desabaram 10,3%, na mesma base de comparação, totalizando US$ 158,9 bilhões. Pela média diária, a queda nas exportações foi de 6,1%, e a das importações, de 9,7%.
Herlon Brandão, subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério da Economia, destacou que o resultado "ficou em linha com as previsões do governo". No entanto, o resultado frustrou as projeções do mercado. A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), por exemplo, estimava um superavit comercial de US$ 51,9 bilhões.
Para 2021, a Secex prevê aumento de 5,3% nas exportações brasileiras, para US$ 221,1 bilhões e alta de 5,8% nas importações, para US$ 168,1 bilhões. Com isso, o saldo comercial estimado é de US$ 53 bilhões, dado 3,9% superior ao resultado de 2020. Essa estimativa está modesta se comparada com a projeção da AEB, que espera um saldo positivo recorde de US$ 69 bilhões.
Em dezembro, o saldo comercial da balança brasileira ficou negativo em US$ 43 milhões. As exportações somaram US$ 18,4 bilhões e registraram queda de 5,3% em relação à média diária de 2019. Já as importações cresceram 39,9% na mesma base de comparação, totalizando US$ 18,4 bilhões. Com isso, o saldo comercial foi praticamente zero, contra o superavit de US$ 5,9 bilhões contabilizado no último mês de 2019.
Um dos principais produtos das exportações brasileiras, a soja, registrou aumentos de 10,5%, em valor, e de 13% na quantidade, mas queda de 2,2% no preço. O minério de ferro apresentou alta de 16,7% no preço, mas queda de 2% na quantidade e alta de 14,3% no valor exportado. Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos apresentaram alta de 18,5% na quantidade exportada, mas quedas de 31,6% no preço e de 18,9% em valores. De acordo com o subsecretário, o aumento da demanda por petróleo com menos enxofre na composição tem contribuído para o aumento das exportações brasileiras do produto, que apresentaram um volume recorde de US$ 19,5 bilhões embarcados para China, Estados Unidos, Índia e Espanha.
Na contramão, os embarques de veículos e de aeronaves
desabaram tanto em valores quanto em quantidade em taxas superiores a
20% e 30%, respectivamente, refletindo a queda na demanda por produtos
manufaturados brasileiros nos principais destinos, como Estados Unidos e
Argentina.
Brandão informou que a forte alta das importações em
dezembro, de quase 40%, foi puxada pela inclusão das importações
contábeis de plataformas de petróleo, antecipando o fim do Repetro,
regime especial que beneficiava fiscalmente a exportação dessas
plataformas no passado. Segundo ele, foram contabilizadas cinco
plataformas em dezembro, totalizando US$ 4,7 bilhões.
“Agora passa a vigorar o novo regime Repetro-Sped, que abre a possibilidade para que esses bens fossem nacionalizados com benefício tributário, porque agora, elas podem transitar com os mesmos benefícios”, explicou.
Parceiros comerciais
A China continuou sendo o principal parceiro comercial brasileiro, apresentando crescimento de 7,3% nas exportações brasileiras para o país asiático, que foi o destino de 33,4% dos produtos nacionais embarcados em 2020. As exportações brasileiras para a China no acumulado de janeiro a dezembro passaram de US$ 65,8 bilhões, em 2019, para US$ 70,1 bilhões, em 2020.
Os embarques para Estados Unidos, Argentina e União Europeia (UE) que são importadores de produtos de maior valor agregado do que os destinados para a China, registram quedas de 27,2%, 12,7% e 13,3%, respectivamente.
Lucas Ferraz, secretário de Comércio Exterior, tentou minimizar essa queda e garantiu que não é uma perda definitiva de mercado. “Todos os países tiveram problemas na pandemia, mas acredito que essa perda de mercado em destinos tradicionais e o crescimento relativo das exportações para a Ásia, principalmente, a China, é muito mais em função da dinâmica de recuperação dessas economias da pandemia. Como a China se recuperou mais cedo, é natural que o Brasil, que tem vantagens comparativas de produtos consumidos pelos chineses”, destacou.
De acordo com o secretário, os principais destinos dos produtos de maior valor agregado estavam muito tempo atingidos pela pandemia e a recuperação foi refletida no padrão das exportações no terceiro e no quarto trimestres. “Entendemos como uma situação atípica e acreditamos que o Brasil volte a recuperar mercado nestes destinos”, garantiu ele, minimizando o fato de o país continuar perdendo competitividade no comércio global de produtos manufaturados, especialmente, devido à elevada carga tributária e à logística ineficiente do país que, em média, pesam 30% no preço do produto nacional, conforme dados de especialistas do setor.Ferraz ainda destacou as mudanças das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) global e das quedas nas trocas comerciais, que ficaram menos piores, como é o caso da expectativa de queda do comércio mundial feita pela OMC, que esperava uma retração de 32%, em abril, para 9,2%, em outubro. O secretário citou projeções do Banco Central para o crescimento da economia brasileira neste ano, de 3,8%, enquanto a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estima avanço de 4,2% no PIB global.
CoGraças à queda mais forte das importações do que das exportações, a balança comercial do Brasil terminou 2020 com superávit de US$ 50,994 bilhões, alta de 6,16% em relação ao saldo de 2019. O mês de dezembro, porém, mostrou reação mais expressiva das compras externas, tendência que deve ganhar fôlego ao longo deste ano, refletindo a melhora da demanda doméstica. Mesmo assim, governo e especialistas esperam novo aumento do saldo comercial em 2021, sustentado pela demanda ainda firme da China, cotações elevadas de commodities e, também, alguma recuperação nas vendas de produtos manufaturados.
Divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o superávit comercial de 2020 resultou de redução de 6,86% das exportações frente 2019, para US$ 209,92 bilhões, enquanto as importações diminuíram 10,39% na mesma base de comparação, para US$ 158,926 bilhões.
Em dezembro, a balança teve déficit de US$ 41,6 milhões, com alta de 39,9% das importações (para US$ 18,406 bilhões) e retração de 5,3% das exportações (para US$ 18,365 bilhões) em relação a igual mês de 2019.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, desconsideradas a nacionalização de cinco plataformas de petróleo no período, haveria crescimento de 4% nas importações. “Haveria um superávit comercial como é sazonalmente esperado”.
Mesmo excluindo a influência atípica das plataformas, o avanço das compras externas no último mês do ano marca uma mudança da dinâmica da balança no fim de 2020, avalia Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria. A expansão foi a primeira das importações na comparação anual desde fevereiro, observa Campos Neto. De junho a outubro, acrescenta ele, houve retração média de 26,6% das compras por mês.
“É um sinal importante de melhora da atividade interna, ainda que não seja uma recuperação robusta e acelerada”, diz ele. Em sua visão, a retomada das importações deve seguir de forma gradual ao longo deste ano, acompanhando a recuperação da economia doméstica. No cenário da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,9% em 2021, número que Campos Neto considera moderado.
“Mesmo excluindo as transações envolvendo plataformas de petróleo, as importações seguem em recuperação, refletindo a normalização da demanda doméstica”, apontam os economistas Thales Caramella e Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. Nos cálculos do banco, a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada das importações avançou de US$ 148 bilhões em novembro para US$ 160 bilhões no mês seguinte. O dado desconsidera as plataformas.
Segundo Campos Neto, as importações devem crescer mais este ano devido à retomada da economia brasileira e a uma taxa de câmbio menos depreciada, que, nas estimativas da consultoria, terminará o ano abaixo de R$ 5.
Na projeção de superávit comercial de US$ 52,1 bilhões para 2021, a Tendências estima alta de 11,2% nas importações ante 2020, para US$ 176,8 bilhões. Já as exportações devem somar US$ 228,9 bilhões no ano. “Do lado das exportações, a melhora das condições econômicas globais, diante da esperada superação da pandemia ao longo do ano, e o impulso ainda trazido pela China e pelas commodities valorizadas explicam a expectativa de alta de 9% em relação a 2020”, afirmou.
De 2019 para 2020, os embarques brasileiros ao país asiático subiram 7,8% pelo critério de média diária, para US$ 67,747 bilhões. Assim, a participação chinesa na pauta de exportações brasileira avançou 4,2 pontos percentuais, para 32,3%. Em sentido contrário, a fatia dos EUA, segundo maior parceiro comercial, recuou de 13,2% para 10,2%. Já a parcela da Argentina teve queda de 0,3 ponto, para 4%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), a retomada da economia global, liderada pela China, deve impulsionar as vendas externas do Brasil este ano, ao mesmo tempo em que a reação da demanda doméstica deve dinamizar as importações. Em suas estimativas, a balança terá saldo de US$ 69,018 bilhões em 2021 - aumento de 33% sobre 2020, com alta de 7,3% das importações e de 13,7% das exportações na mesma base de comparação.
“A importação vai depender do mercado interno. Já a alta das exportações depende exclusivamente das commodities”, disse Castro. Em 2020, os embarques de soja cresceram 6% sobre o ano anterior pelo critério de média diária. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 14,3%. Nos cálculos do Itaú, enquanto a venda de manufaturados caíram 17,5% no ano passado, as exportações de bens básicos ficaram praticamente estáveis, com incremento de 0,5%.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que a recuperação do comércio em 2021 deve ser “relativamente uniforme” entre os setores. Segundo ele, “certamente” haverá crescimento maior das exportações de bens manufaturados do que o observado em 2020. “E também teremos nível de importação maior”, acrescentou.
Nas estimativas da Secex, também publicadas ontem, a balança comercial terá saldo positivo de US$ 53 bilhões no acumulado de 2021. As vendas externas devem totalizar US$ 221,1 bilhões, e as compras, US$ 168,1 bilhões. Se, em 2020, a resiliência das exportações foi bastante influenciada pela economia chinesa, para 2021, há sinalização de reação também de outros parceiros, como EUA, União Europeia e Argentina, defendeu Ferraz.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/queda-da-importacao-sustenta-alta-do-saldo-comercial-em-2020/20210105-100435-I792
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Graças à queda mais forte das importações do que das exportações, a balança comercial do Brasil terminou 2020 com superávit de US$ 50,994 bilhões, alta de 6,16% em relação ao saldo de 2019. O mês de dezembro, porém, mostrou reação mais expressiva das compras externas, tendência que deve ganhar fôlego ao longo deste ano, refletindo a melhora da demanda doméstica. Mesmo assim, governo e especialistas esperam novo aumento do saldo comercial em 2021, sustentado pela demanda ainda firme da China, cotações elevadas de commodities e, também, alguma recuperação nas vendas de produtos manufaturados.
Divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o superávit comercial de 2020 resultou de redução de 6,86% das exportações frente 2019, para US$ 209,92 bilhões, enquanto as importações diminuíram 10,39% na mesma base de comparação, para US$ 158,926 bilhões.
Em dezembro, a balança teve déficit de US$ 41,6 milhões, com alta de 39,9% das importações (para US$ 18,406 bilhões) e retração de 5,3% das exportações (para US$ 18,365 bilhões) em relação a igual mês de 2019.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, desconsideradas a nacionalização de cinco plataformas de petróleo no período, haveria crescimento de 4% nas importações. “Haveria um superávit comercial como é sazonalmente esperado”.
Mesmo excluindo a influência atípica das plataformas, o avanço das compras externas no último mês do ano marca uma mudança da dinâmica da balança no fim de 2020, avalia Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria. A expansão foi a primeira das importações na comparação anual desde fevereiro, observa Campos Neto. De junho a outubro, acrescenta ele, houve retração média de 26,6% das compras por mês.
“É um sinal importante de melhora da atividade interna, ainda que não seja uma recuperação robusta e acelerada”, diz ele. Em sua visão, a retomada das importações deve seguir de forma gradual ao longo deste ano, acompanhando a recuperação da economia doméstica. No cenário da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,9% em 2021, número que Campos Neto considera moderado.
“Mesmo excluindo as transações envolvendo plataformas de petróleo, as importações seguem em recuperação, refletindo a normalização da demanda doméstica”, apontam os economistas Thales Caramella e Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. Nos cálculos do banco, a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada das importações avançou de US$ 148 bilhões em novembro para US$ 160 bilhões no mês seguinte. O dado desconsidera as plataformas.
Segundo Campos Neto, as importações devem crescer mais este ano devido à retomada da economia brasileira e a uma taxa de câmbio menos depreciada, que, nas estimativas da consultoria, terminará o ano abaixo de R$ 5.
Na projeção de superávit comercial de US$ 52,1 bilhões para 2021, a Tendências estima alta de 11,2% nas importações ante 2020, para US$ 176,8 bilhões. Já as exportações devem somar US$ 228,9 bilhões no ano. “Do lado das exportações, a melhora das condições econômicas globais, diante da esperada superação da pandemia ao longo do ano, e o impulso ainda trazido pela China e pelas commodities valorizadas explicam a expectativa de alta de 9% em relação a 2020”, afirmou.
De 2019 para 2020, os embarques brasileiros ao país asiático subiram 7,8% pelo critério de média diária, para US$ 67,747 bilhões. Assim, a participação chinesa na pauta de exportações brasileira avançou 4,2 pontos percentuais, para 32,3%. Em sentido contrário, a fatia dos EUA, segundo maior parceiro comercial, recuou de 13,2% para 10,2%. Já a parcela da Argentina teve queda de 0,3 ponto, para 4%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), a retomada da economia global, liderada pela China, deve impulsionar as vendas externas do Brasil este ano, ao mesmo tempo em que a reação da demanda doméstica deve dinamizar as importações. Em suas estimativas, a balança terá saldo de US$ 69,018 bilhões em 2021 - aumento de 33% sobre 2020, com alta de 7,3% das importações e de 13,7% das exportações na mesma base de comparação.
“A importação vai depender do mercado interno. Já a alta das exportações depende exclusivamente das commodities”, disse Castro. Em 2020, os embarques de soja cresceram 6% sobre o ano anterior pelo critério de média diária. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 14,3%. Nos cálculos do Itaú, enquanto a venda de manufaturados caíram 17,5% no ano passado, as exportações de bens básicos ficaram praticamente estáveis, com incremento de 0,5%.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que a recuperação do comércio em 2021 deve ser “relativamente uniforme” entre os setores. Segundo ele, “certamente” haverá crescimento maior das exportações de bens manufaturados do que o observado em 2020. “E também teremos nível de importação maior”, acrescentou.
Nas estimativas da Secex, também publicadas ontem, a balança comercial terá saldo positivo de US$ 53 bilhões no acumulado de 2021. As vendas externas devem totalizar US$ 221,1 bilhões, e as compras, US$ 168,1 bilhões. Se, em 2020, a resiliência das exportações foi bastante influenciada pela economia chinesa, para 2021, há sinalização de reação também de outros parceiros, como EUA, União Europeia e Argentina, defendeu Ferraz.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/queda-da-importacao-sustenta-alta-do-saldo-comercial-em-2020/20210105-100435-I792
© 2021. Todos direitos reservados a Gessulli Agribusiness. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Graças à queda mais forte das importações do que das exportações, a balança comercial do Brasil terminou 2020 com superávit de US$ 50,994 bilhões, alta de 6,16% em relação ao saldo de 2019. O mês de dezembro, porém, mostrou reação mais expressiva das compras externas, tendência que deve ganhar fôlego ao longo deste ano, refletindo a melhora da demanda doméstica. Mesmo assim, governo e especialistas esperam novo aumento do saldo comercial em 2021, sustentado pela demanda ainda firme da China, cotações elevadas de commodities e, também, alguma recuperação nas vendas de produtos manufaturados.
Divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o superávit comercial de 2020 resultou de redução de 6,86% das exportações frente 2019, para US$ 209,92 bilhões, enquanto as importações diminuíram 10,39% na mesma base de comparação, para US$ 158,926 bilhões.
Em dezembro, a balança teve déficit de US$ 41,6 milhões, com alta de 39,9% das importações (para US$ 18,406 bilhões) e retração de 5,3% das exportações (para US$ 18,365 bilhões) em relação a igual mês de 2019.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, desconsideradas a nacionalização de cinco plataformas de petróleo no período, haveria crescimento de 4% nas importações. “Haveria um superávit comercial como é sazonalmente esperado”.
Mesmo excluindo a influência atípica das plataformas, o avanço das compras externas no último mês do ano marca uma mudança da dinâmica da balança no fim de 2020, avalia Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria. A expansão foi a primeira das importações na comparação anual desde fevereiro, observa Campos Neto. De junho a outubro, acrescenta ele, houve retração média de 26,6% das compras por mês.
“É um sinal importante de melhora da atividade interna, ainda que não seja uma recuperação robusta e acelerada”, diz ele. Em sua visão, a retomada das importações deve seguir de forma gradual ao longo deste ano, acompanhando a recuperação da economia doméstica. No cenário da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,9% em 2021, número que Campos Neto considera moderado.
“Mesmo excluindo as transações envolvendo plataformas de petróleo, as importações seguem em recuperação, refletindo a normalização da demanda doméstica”, apontam os economistas Thales Caramella e Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. Nos cálculos do banco, a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada das importações avançou de US$ 148 bilhões em novembro para US$ 160 bilhões no mês seguinte. O dado desconsidera as plataformas.
Segundo Campos Neto, as importações devem crescer mais este ano devido à retomada da economia brasileira e a uma taxa de câmbio menos depreciada, que, nas estimativas da consultoria, terminará o ano abaixo de R$ 5.
Na projeção de superávit comercial de US$ 52,1 bilhões para 2021, a Tendências estima alta de 11,2% nas importações ante 2020, para US$ 176,8 bilhões. Já as exportações devem somar US$ 228,9 bilhões no ano. “Do lado das exportações, a melhora das condições econômicas globais, diante da esperada superação da pandemia ao longo do ano, e o impulso ainda trazido pela China e pelas commodities valorizadas explicam a expectativa de alta de 9% em relação a 2020”, afirmou.
De 2019 para 2020, os embarques brasileiros ao país asiático subiram 7,8% pelo critério de média diária, para US$ 67,747 bilhões. Assim, a participação chinesa na pauta de exportações brasileira avançou 4,2 pontos percentuais, para 32,3%. Em sentido contrário, a fatia dos EUA, segundo maior parceiro comercial, recuou de 13,2% para 10,2%. Já a parcela da Argentina teve queda de 0,3 ponto, para 4%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), a retomada da economia global, liderada pela China, deve impulsionar as vendas externas do Brasil este ano, ao mesmo tempo em que a reação da demanda doméstica deve dinamizar as importações. Em suas estimativas, a balança terá saldo de US$ 69,018 bilhões em 2021 - aumento de 33% sobre 2020, com alta de 7,3% das importações e de 13,7% das exportações na mesma base de comparação.
“A importação vai depender do mercado interno. Já a alta das exportações depende exclusivamente das commodities”, disse Castro. Em 2020, os embarques de soja cresceram 6% sobre o ano anterior pelo critério de média diária. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 14,3%. Nos cálculos do Itaú, enquanto a venda de manufaturados caíram 17,5% no ano passado, as exportações de bens básicos ficaram praticamente estáveis, com incremento de 0,5%.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que a recuperação do comércio em 2021 deve ser “relativamente uniforme” entre os setores. Segundo ele, “certamente” haverá crescimento maior das exportações de bens manufaturados do que o observado em 2020. “E também teremos nível de importação maior”, acrescentou.
Nas estimativas da Secex, também publicadas ontem, a balança comercial terá saldo positivo de US$ 53 bilhões no acumulado de 2021. As vendas externas devem totalizar US$ 221,1 bilhões, e as compras, US$ 168,1 bilhões. Se, em 2020, a resiliência das exportações foi bastante influenciada pela economia chinesa, para 2021, há sinalização de reação também de outros parceiros, como EUA, União Europeia e Argentina, defendeu Ferraz.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/queda-da-importacao-sustenta-alta-do-saldo-comercial-em-2020/20210105-100435-I792
© 2021. Todos direitos reservados a Gessulli Agribusiness. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Graças à queda mais forte das importações do que das exportações, a balança comercial do Brasil terminou 2020 com superávit de US$ 50,994 bilhões, alta de 6,16% em relação ao saldo de 2019. O mês de dezembro, porém, mostrou reação mais expressiva das compras externas, tendência que deve ganhar fôlego ao longo deste ano, refletindo a melhora da demanda doméstica. Mesmo assim, governo e especialistas esperam novo aumento do saldo comercial em 2021, sustentado pela demanda ainda firme da China, cotações elevadas de commodities e, também, alguma recuperação nas vendas de produtos manufaturados.
Divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o superávit comercial de 2020 resultou de redução de 6,86% das exportações frente 2019, para US$ 209,92 bilhões, enquanto as importações diminuíram 10,39% na mesma base de comparação, para US$ 158,926 bilhões.
Em dezembro, a balança teve déficit de US$ 41,6 milhões, com alta de 39,9% das importações (para US$ 18,406 bilhões) e retração de 5,3% das exportações (para US$ 18,365 bilhões) em relação a igual mês de 2019.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, desconsideradas a nacionalização de cinco plataformas de petróleo no período, haveria crescimento de 4% nas importações. “Haveria um superávit comercial como é sazonalmente esperado”.
Mesmo excluindo a influência atípica das plataformas, o avanço das compras externas no último mês do ano marca uma mudança da dinâmica da balança no fim de 2020, avalia Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria. A expansão foi a primeira das importações na comparação anual desde fevereiro, observa Campos Neto. De junho a outubro, acrescenta ele, houve retração média de 26,6% das compras por mês.
“É um sinal importante de melhora da atividade interna, ainda que não seja uma recuperação robusta e acelerada”, diz ele. Em sua visão, a retomada das importações deve seguir de forma gradual ao longo deste ano, acompanhando a recuperação da economia doméstica. No cenário da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,9% em 2021, número que Campos Neto considera moderado.
“Mesmo excluindo as transações envolvendo plataformas de petróleo, as importações seguem em recuperação, refletindo a normalização da demanda doméstica”, apontam os economistas Thales Caramella e Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. Nos cálculos do banco, a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada das importações avançou de US$ 148 bilhões em novembro para US$ 160 bilhões no mês seguinte. O dado desconsidera as plataformas.
Segundo Campos Neto, as importações devem crescer mais este ano devido à retomada da economia brasileira e a uma taxa de câmbio menos depreciada, que, nas estimativas da consultoria, terminará o ano abaixo de R$ 5.
Na projeção de superávit comercial de US$ 52,1 bilhões para 2021, a Tendências estima alta de 11,2% nas importações ante 2020, para US$ 176,8 bilhões. Já as exportações devem somar US$ 228,9 bilhões no ano. “Do lado das exportações, a melhora das condições econômicas globais, diante da esperada superação da pandemia ao longo do ano, e o impulso ainda trazido pela China e pelas commodities valorizadas explicam a expectativa de alta de 9% em relação a 2020”, afirmou.
De 2019 para 2020, os embarques brasileiros ao país asiático subiram 7,8% pelo critério de média diária, para US$ 67,747 bilhões. Assim, a participação chinesa na pauta de exportações brasileira avançou 4,2 pontos percentuais, para 32,3%. Em sentido contrário, a fatia dos EUA, segundo maior parceiro comercial, recuou de 13,2% para 10,2%. Já a parcela da Argentina teve queda de 0,3 ponto, para 4%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), a retomada da economia global, liderada pela China, deve impulsionar as vendas externas do Brasil este ano, ao mesmo tempo em que a reação da demanda doméstica deve dinamizar as importações. Em suas estimativas, a balança terá saldo de US$ 69,018 bilhões em 2021 - aumento de 33% sobre 2020, com alta de 7,3% das importações e de 13,7% das exportações na mesma base de comparação.
“A importação vai depender do mercado interno. Já a alta das exportações depende exclusivamente das commodities”, disse Castro. Em 2020, os embarques de soja cresceram 6% sobre o ano anterior pelo critério de média diária. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 14,3%. Nos cálculos do Itaú, enquanto a venda de manufaturados caíram 17,5% no ano passado, as exportações de bens básicos ficaram praticamente estáveis, com incremento de 0,5%.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que a recuperação do comércio em 2021 deve ser “relativamente uniforme” entre os setores. Segundo ele, “certamente” haverá crescimento maior das exportações de bens manufaturados do que o observado em 2020. “E também teremos nível de importação maior”, acrescentou.
Nas estimativas da Secex, também publicadas ontem, a balança comercial terá saldo positivo de US$ 53 bilhões no acumulado de 2021. As vendas externas devem totalizar US$ 221,1 bilhões, e as compras, US$ 168,1 bilhões. Se, em 2020, a resiliência das exportações foi bastante influenciada pela economia chinesa, para 2021, há sinalização de reação também de outros parceiros, como EUA, União Europeia e Argentina, defendeu Ferraz.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/queda-da-importacao-sustenta-alta-do-saldo-comercial-em-2020/20210105-100435-I792
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Graças à queda mais forte das importações do que das exportações, a balança comercial do Brasil terminou 2020 com superávit de US$ 50,994 bilhões, alta de 6,16% em relação ao saldo de 2019. O mês de dezembro, porém, mostrou reação mais expressiva das compras externas, tendência que deve ganhar fôlego ao longo deste ano, refletindo a melhora da demanda doméstica. Mesmo assim, governo e especialistas esperam novo aumento do saldo comercial em 2021, sustentado pela demanda ainda firme da China, cotações elevadas de commodities e, também, alguma recuperação nas vendas de produtos manufaturados.
Divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o superávit comercial de 2020 resultou de redução de 6,86% das exportações frente 2019, para US$ 209,92 bilhões, enquanto as importações diminuíram 10,39% na mesma base de comparação, para US$ 158,926 bilhões.
Em dezembro, a balança teve déficit de US$ 41,6 milhões, com alta de 39,9% das importações (para US$ 18,406 bilhões) e retração de 5,3% das exportações (para US$ 18,365 bilhões) em relação a igual mês de 2019.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, desconsideradas a nacionalização de cinco plataformas de petróleo no período, haveria crescimento de 4% nas importações. “Haveria um superávit comercial como é sazonalmente esperado”.
Mesmo excluindo a influência atípica das plataformas, o avanço das compras externas no último mês do ano marca uma mudança da dinâmica da balança no fim de 2020, avalia Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria. A expansão foi a primeira das importações na comparação anual desde fevereiro, observa Campos Neto. De junho a outubro, acrescenta ele, houve retração média de 26,6% das compras por mês.
“É um sinal importante de melhora da atividade interna, ainda que não seja uma recuperação robusta e acelerada”, diz ele. Em sua visão, a retomada das importações deve seguir de forma gradual ao longo deste ano, acompanhando a recuperação da economia doméstica. No cenário da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,9% em 2021, número que Campos Neto considera moderado.
“Mesmo excluindo as transações envolvendo plataformas de petróleo, as importações seguem em recuperação, refletindo a normalização da demanda doméstica”, apontam os economistas Thales Caramella e Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. Nos cálculos do banco, a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada das importações avançou de US$ 148 bilhões em novembro para US$ 160 bilhões no mês seguinte. O dado desconsidera as plataformas.
Segundo Campos Neto, as importações devem crescer mais este ano devido à retomada da economia brasileira e a uma taxa de câmbio menos depreciada, que, nas estimativas da consultoria, terminará o ano abaixo de R$ 5.
Na projeção de superávit comercial de US$ 52,1 bilhões para 2021, a Tendências estima alta de 11,2% nas importações ante 2020, para US$ 176,8 bilhões. Já as exportações devem somar US$ 228,9 bilhões no ano. “Do lado das exportações, a melhora das condições econômicas globais, diante da esperada superação da pandemia ao longo do ano, e o impulso ainda trazido pela China e pelas commodities valorizadas explicam a expectativa de alta de 9% em relação a 2020”, afirmou.
De 2019 para 2020, os embarques brasileiros ao país asiático subiram 7,8% pelo critério de média diária, para US$ 67,747 bilhões. Assim, a participação chinesa na pauta de exportações brasileira avançou 4,2 pontos percentuais, para 32,3%. Em sentido contrário, a fatia dos EUA, segundo maior parceiro comercial, recuou de 13,2% para 10,2%. Já a parcela da Argentina teve queda de 0,3 ponto, para 4%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), a retomada da economia global, liderada pela China, deve impulsionar as vendas externas do Brasil este ano, ao mesmo tempo em que a reação da demanda doméstica deve dinamizar as importações. Em suas estimativas, a balança terá saldo de US$ 69,018 bilhões em 2021 - aumento de 33% sobre 2020, com alta de 7,3% das importações e de 13,7% das exportações na mesma base de comparação.
“A importação vai depender do mercado interno. Já a alta das exportações depende exclusivamente das commodities”, disse Castro. Em 2020, os embarques de soja cresceram 6% sobre o ano anterior pelo critério de média diária. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 14,3%. Nos cálculos do Itaú, enquanto a venda de manufaturados caíram 17,5% no ano passado, as exportações de bens básicos ficaram praticamente estáveis, com incremento de 0,5%.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que a recuperação do comércio em 2021 deve ser “relativamente uniforme” entre os setores. Segundo ele, “certamente” haverá crescimento maior das exportações de bens manufaturados do que o observado em 2020. “E também teremos nível de importação maior”, acrescentou.
Nas estimativas da Secex, também publicadas ontem, a balança comercial terá saldo positivo de US$ 53 bilhões no acumulado de 2021. As vendas externas devem totalizar US$ 221,1 bilhões, e as compras, US$ 168,1 bilhões. Se, em 2020, a resiliência das exportações foi bastante influenciada pela economia chinesa, para 2021, há sinalização de reação também de outros parceiros, como EUA, União Europeia e Argentina, defendeu Ferraz.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/queda-da-importacao-sustenta-alta-do-saldo-comercial-em-2020/20210105-100435-I792
© 2021. Todos direitos reservados a Gessulli Agribusiness. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Graças à queda mais forte das importações do que das exportações, a balança comercial do Brasil terminou 2020 com superávit de US$ 50,994 bilhões, alta de 6,16% em relação ao saldo de 2019. O mês de dezembro, porém, mostrou reação mais expressiva das compras externas, tendência que deve ganhar fôlego ao longo deste ano, refletindo a melhora da demanda doméstica. Mesmo assim, governo e especialistas esperam novo aumento do saldo comercial em 2021, sustentado pela demanda ainda firme da China, cotações elevadas de commodities e, também, alguma recuperação nas vendas de produtos manufaturados.
Divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o superávit comercial de 2020 resultou de redução de 6,86% das exportações frente 2019, para US$ 209,92 bilhões, enquanto as importações diminuíram 10,39% na mesma base de comparação, para US$ 158,926 bilhões.
Em dezembro, a balança teve déficit de US$ 41,6 milhões, com alta de 39,9% das importações (para US$ 18,406 bilhões) e retração de 5,3% das exportações (para US$ 18,365 bilhões) em relação a igual mês de 2019.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, desconsideradas a nacionalização de cinco plataformas de petróleo no período, haveria crescimento de 4% nas importações. “Haveria um superávit comercial como é sazonalmente esperado”.
Mesmo excluindo a influência atípica das plataformas, o avanço das compras externas no último mês do ano marca uma mudança da dinâmica da balança no fim de 2020, avalia Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria. A expansão foi a primeira das importações na comparação anual desde fevereiro, observa Campos Neto. De junho a outubro, acrescenta ele, houve retração média de 26,6% das compras por mês.
“É um sinal importante de melhora da atividade interna, ainda que não seja uma recuperação robusta e acelerada”, diz ele. Em sua visão, a retomada das importações deve seguir de forma gradual ao longo deste ano, acompanhando a recuperação da economia doméstica. No cenário da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,9% em 2021, número que Campos Neto considera moderado.
“Mesmo excluindo as transações envolvendo plataformas de petróleo, as importações seguem em recuperação, refletindo a normalização da demanda doméstica”, apontam os economistas Thales Caramella e Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. Nos cálculos do banco, a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada das importações avançou de US$ 148 bilhões em novembro para US$ 160 bilhões no mês seguinte. O dado desconsidera as plataformas.
Segundo Campos Neto, as importações devem crescer mais este ano devido à retomada da economia brasileira e a uma taxa de câmbio menos depreciada, que, nas estimativas da consultoria, terminará o ano abaixo de R$ 5.
Na projeção de superávit comercial de US$ 52,1 bilhões para 2021, a Tendências estima alta de 11,2% nas importações ante 2020, para US$ 176,8 bilhões. Já as exportações devem somar US$ 228,9 bilhões no ano. “Do lado das exportações, a melhora das condições econômicas globais, diante da esperada superação da pandemia ao longo do ano, e o impulso ainda trazido pela China e pelas commodities valorizadas explicam a expectativa de alta de 9% em relação a 2020”, afirmou.
De 2019 para 2020, os embarques brasileiros ao país asiático subiram 7,8% pelo critério de média diária, para US$ 67,747 bilhões. Assim, a participação chinesa na pauta de exportações brasileira avançou 4,2 pontos percentuais, para 32,3%. Em sentido contrário, a fatia dos EUA, segundo maior parceiro comercial, recuou de 13,2% para 10,2%. Já a parcela da Argentina teve queda de 0,3 ponto, para 4%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), a retomada da economia global, liderada pela China, deve impulsionar as vendas externas do Brasil este ano, ao mesmo tempo em que a reação da demanda doméstica deve dinamizar as importações. Em suas estimativas, a balança terá saldo de US$ 69,018 bilhões em 2021 - aumento de 33% sobre 2020, com alta de 7,3% das importações e de 13,7% das exportações na mesma base de comparação.
“A importação vai depender do mercado interno. Já a alta das exportações depende exclusivamente das commodities”, disse Castro. Em 2020, os embarques de soja cresceram 6% sobre o ano anterior pelo critério de média diária. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 14,3%. Nos cálculos do Itaú, enquanto a venda de manufaturados caíram 17,5% no ano passado, as exportações de bens básicos ficaram praticamente estáveis, com incremento de 0,5%.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que a recuperação do comércio em 2021 deve ser “relativamente uniforme” entre os setores. Segundo ele, “certamente” haverá crescimento maior das exportações de bens manufaturados do que o observado em 2020. “E também teremos nível de importação maior”, acrescentou.
Nas estimativas da Secex, também publicadas ontem, a balança comercial terá saldo positivo de US$ 53 bilhões no acumulado de 2021. As vendas externas devem totalizar US$ 221,1 bilhões, e as compras, US$ 168,1 bilhões. Se, em 2020, a resiliência das exportações foi bastante influenciada pela economia chinesa, para 2021, há sinalização de reação também de outros parceiros, como EUA, União Europeia e Argentina, defendeu Ferraz.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/queda-da-importacao-sustenta-alta-do-saldo-comercial-em-2020/20210105-100435-I792
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Graças à queda mais forte das importações do que das exportações, a balança comercial do Brasil terminou 2020 com superávit de US$ 50,994 bilhões, alta de 6,16% em relação ao saldo de 2019. O mês de dezembro, porém, mostrou reação mais expressiva das compras externas, tendência que deve ganhar fôlego ao longo deste ano, refletindo a melhora da demanda doméstica. Mesmo assim, governo e especialistas esperam novo aumento do saldo comercial em 2021, sustentado pela demanda ainda firme da China, cotações elevadas de commodities e, também, alguma recuperação nas vendas de produtos manufaturados.
Divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o superávit comercial de 2020 resultou de redução de 6,86% das exportações frente 2019, para US$ 209,92 bilhões, enquanto as importações diminuíram 10,39% na mesma base de comparação, para US$ 158,926 bilhões.
Em dezembro, a balança teve déficit de US$ 41,6 milhões, com alta de 39,9% das importações (para US$ 18,406 bilhões) e retração de 5,3% das exportações (para US$ 18,365 bilhões) em relação a igual mês de 2019.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, desconsideradas a nacionalização de cinco plataformas de petróleo no período, haveria crescimento de 4% nas importações. “Haveria um superávit comercial como é sazonalmente esperado”.
Mesmo excluindo a influência atípica das plataformas, o avanço das compras externas no último mês do ano marca uma mudança da dinâmica da balança no fim de 2020, avalia Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria. A expansão foi a primeira das importações na comparação anual desde fevereiro, observa Campos Neto. De junho a outubro, acrescenta ele, houve retração média de 26,6% das compras por mês.
“É um sinal importante de melhora da atividade interna, ainda que não seja uma recuperação robusta e acelerada”, diz ele. Em sua visão, a retomada das importações deve seguir de forma gradual ao longo deste ano, acompanhando a recuperação da economia doméstica. No cenário da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,9% em 2021, número que Campos Neto considera moderado.
“Mesmo excluindo as transações envolvendo plataformas de petróleo, as importações seguem em recuperação, refletindo a normalização da demanda doméstica”, apontam os economistas Thales Caramella e Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. Nos cálculos do banco, a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada das importações avançou de US$ 148 bilhões em novembro para US$ 160 bilhões no mês seguinte. O dado desconsidera as plataformas.
Segundo Campos Neto, as importações devem crescer mais este ano devido à retomada da economia brasileira e a uma taxa de câmbio menos depreciada, que, nas estimativas da consultoria, terminará o ano abaixo de R$ 5.
Na projeção de superávit comercial de US$ 52,1 bilhões para 2021, a Tendências estima alta de 11,2% nas importações ante 2020, para US$ 176,8 bilhões. Já as exportações devem somar US$ 228,9 bilhões no ano. “Do lado das exportações, a melhora das condições econômicas globais, diante da esperada superação da pandemia ao longo do ano, e o impulso ainda trazido pela China e pelas commodities valorizadas explicam a expectativa de alta de 9% em relação a 2020”, afirmou.
De 2019 para 2020, os embarques brasileiros ao país asiático subiram 7,8% pelo critério de média diária, para US$ 67,747 bilhões. Assim, a participação chinesa na pauta de exportações brasileira avançou 4,2 pontos percentuais, para 32,3%. Em sentido contrário, a fatia dos EUA, segundo maior parceiro comercial, recuou de 13,2% para 10,2%. Já a parcela da Argentina teve queda de 0,3 ponto, para 4%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), a retomada da economia global, liderada pela China, deve impulsionar as vendas externas do Brasil este ano, ao mesmo tempo em que a reação da demanda doméstica deve dinamizar as importações. Em suas estimativas, a balança terá saldo de US$ 69,018 bilhões em 2021 - aumento de 33% sobre 2020, com alta de 7,3% das importações e de 13,7% das exportações na mesma base de comparação.
“A importação vai depender do mercado interno. Já a alta das exportações depende exclusivamente das commodities”, disse Castro. Em 2020, os embarques de soja cresceram 6% sobre o ano anterior pelo critério de média diária. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 14,3%. Nos cálculos do Itaú, enquanto a venda de manufaturados caíram 17,5% no ano passado, as exportações de bens básicos ficaram praticamente estáveis, com incremento de 0,5%.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que a recuperação do comércio em 2021 deve ser “relativamente uniforme” entre os setores. Segundo ele, “certamente” haverá crescimento maior das exportações de bens manufaturados do que o observado em 2020. “E também teremos nível de importação maior”, acrescentou.
Nas estimativas da Secex, também publicadas ontem, a balança comercial terá saldo positivo de US$ 53 bilhões no acumulado de 2021. As vendas externas devem totalizar US$ 221,1 bilhões, e as compras, US$ 168,1 bilhões. Se, em 2020, a resiliência das exportações foi bastante influenciada pela economia chinesa, para 2021, há sinalização de reação também de outros parceiros, como EUA, União Europeia e Argentina, defendeu Ferraz.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/queda-da-importacao-sustenta-alta-do-saldo-comercial-em-2020/20210105-100435-I792
© 2021. Todos direitos reservados a Gessulli Agribusiness. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.
Graças à queda mais forte das importações do que das exportações, a balança comercial do Brasil terminou 2020 com superávit de US$ 50,994 bilhões, alta de 6,16% em relação ao saldo de 2019. O mês de dezembro, porém, mostrou reação mais expressiva das compras externas, tendência que deve ganhar fôlego ao longo deste ano, refletindo a melhora da demanda doméstica. Mesmo assim, governo e especialistas esperam novo aumento do saldo comercial em 2021, sustentado pela demanda ainda firme da China, cotações elevadas de commodities e, também, alguma recuperação nas vendas de produtos manufaturados.
Divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o superávit comercial de 2020 resultou de redução de 6,86% das exportações frente 2019, para US$ 209,92 bilhões, enquanto as importações diminuíram 10,39% na mesma base de comparação, para US$ 158,926 bilhões.
Em dezembro, a balança teve déficit de US$ 41,6 milhões, com alta de 39,9% das importações (para US$ 18,406 bilhões) e retração de 5,3% das exportações (para US$ 18,365 bilhões) em relação a igual mês de 2019.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, desconsideradas a nacionalização de cinco plataformas de petróleo no período, haveria crescimento de 4% nas importações. “Haveria um superávit comercial como é sazonalmente esperado”.
Mesmo excluindo a influência atípica das plataformas, o avanço das compras externas no último mês do ano marca uma mudança da dinâmica da balança no fim de 2020, avalia Silvio Campos Neto, economista e sócio da Tendências Consultoria. A expansão foi a primeira das importações na comparação anual desde fevereiro, observa Campos Neto. De junho a outubro, acrescenta ele, houve retração média de 26,6% das compras por mês.
“É um sinal importante de melhora da atividade interna, ainda que não seja uma recuperação robusta e acelerada”, diz ele. Em sua visão, a retomada das importações deve seguir de forma gradual ao longo deste ano, acompanhando a recuperação da economia doméstica. No cenário da Tendências, o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer 2,9% em 2021, número que Campos Neto considera moderado.
“Mesmo excluindo as transações envolvendo plataformas de petróleo, as importações seguem em recuperação, refletindo a normalização da demanda doméstica”, apontam os economistas Thales Caramella e Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco. Nos cálculos do banco, a média móvel trimestral dessazonalizada e anualizada das importações avançou de US$ 148 bilhões em novembro para US$ 160 bilhões no mês seguinte. O dado desconsidera as plataformas.
Segundo Campos Neto, as importações devem crescer mais este ano devido à retomada da economia brasileira e a uma taxa de câmbio menos depreciada, que, nas estimativas da consultoria, terminará o ano abaixo de R$ 5.
Na projeção de superávit comercial de US$ 52,1 bilhões para 2021, a Tendências estima alta de 11,2% nas importações ante 2020, para US$ 176,8 bilhões. Já as exportações devem somar US$ 228,9 bilhões no ano. “Do lado das exportações, a melhora das condições econômicas globais, diante da esperada superação da pandemia ao longo do ano, e o impulso ainda trazido pela China e pelas commodities valorizadas explicam a expectativa de alta de 9% em relação a 2020”, afirmou.
De 2019 para 2020, os embarques brasileiros ao país asiático subiram 7,8% pelo critério de média diária, para US$ 67,747 bilhões. Assim, a participação chinesa na pauta de exportações brasileira avançou 4,2 pontos percentuais, para 32,3%. Em sentido contrário, a fatia dos EUA, segundo maior parceiro comercial, recuou de 13,2% para 10,2%. Já a parcela da Argentina teve queda de 0,3 ponto, para 4%.
Para José Augusto de Castro, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), a retomada da economia global, liderada pela China, deve impulsionar as vendas externas do Brasil este ano, ao mesmo tempo em que a reação da demanda doméstica deve dinamizar as importações. Em suas estimativas, a balança terá saldo de US$ 69,018 bilhões em 2021 - aumento de 33% sobre 2020, com alta de 7,3% das importações e de 13,7% das exportações na mesma base de comparação.
“A importação vai depender do mercado interno. Já a alta das exportações depende exclusivamente das commodities”, disse Castro. Em 2020, os embarques de soja cresceram 6% sobre o ano anterior pelo critério de média diária. Já as vendas de minério de ferro aumentaram 14,3%. Nos cálculos do Itaú, enquanto a venda de manufaturados caíram 17,5% no ano passado, as exportações de bens básicos ficaram praticamente estáveis, com incremento de 0,5%.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que a recuperação do comércio em 2021 deve ser “relativamente uniforme” entre os setores. Segundo ele, “certamente” haverá crescimento maior das exportações de bens manufaturados do que o observado em 2020. “E também teremos nível de importação maior”, acrescentou.
Nas estimativas da Secex, também publicadas ontem, a balança comercial terá saldo positivo de US$ 53 bilhões no acumulado de 2021. As vendas externas devem totalizar US$ 221,1 bilhões, e as compras, US$ 168,1 bilhões. Se, em 2020, a resiliência das exportações foi bastante influenciada pela economia chinesa, para 2021, há sinalização de reação também de outros parceiros, como EUA, União Europeia e Argentina, defendeu Ferraz.
Leia mais sobre esse assunto em https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/queda-da-importacao-sustenta-alta-do-saldo-comercial-em-2020/20210105-100435-I792
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