No entanto, em números totais mostram uma queda de 9,3% nas exportações e de 3,6% nas importações. Este cenário é um reflexo da pandemia da Covid-19, que trouxe inúmeras dificuldades para a economia, principalmente devido à paralisação de serviços, tanto na indústria quanto no comércio.
O primeiro semestre teve uma queda de 25,2% nas exportações, se
comparado com o mesmo período em 2019. A queda é de 14,8% nas
importações.No segundo semestre, o município
importou o equivalente a 145,2 milhões de dólares, o que representa um
aumento de 7% no período. “Ficou mais barato trazer do que comprar
daqui”, diz Rita Cassia Conti, presidente da Associação Empresarial de
Brusque (Acibr).
Os principais fornecedores de insumos para o município seguem sendo os países da Ásia, América do Sul e os integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Com a alta do dólar, as indústrias
passaram a exportar mais e o valor do produto subiu muito para o mercado
interno. No caso do algodão, houve inclusive falta de matéria-prima, e
as empresas brusquenses precisaram recorrer a países como a Índia. A
indústria da metalmecânica também precisou importar aço.
Apesar de prejudicar as negociações de insumos no mercado interno, a
alta do dólar favoreceu as empresas locais para exportar seus produtos. O
setor têxtil, somente em dezembro, exportou o equivalente a 846 mil
dólares e o de metalmecânica 3,9 milhões de dólares.
No total, Brusque movimentou 49,3 milhões de dólares em 2020 com exportações. Os principais compradores são os países da América do Sul, América do Norte e os integrantes do Mercosul.
Por outro lado, o mercado interno também foi aquecido. O comércio está procurando indústrias nacionais para adquirir produtos. “É complicado trazer de fora produtos prontos pelo valor do dólar”, diz Rita.
Apesar de se ter números bons, o cenário poderia ser melhor. A presidente da Acibr diz que o ideal seria o dólar mais baixo, para ser bom para os dois lados.
Ela frisa que o governo federal precisa perceber essa reação do mercado e tomar providências para a regulação.
Expectativas para 2021
A presidente da Acibr diz que as expectativas são de que 2021 seja um ano próspero para a economia da cidade.
No entanto, diz que ainda é cedo para saber como o mercado vai continuar reagindo porque “há uma luz no fim do túnel” com a vacina contra a Covid-19, porém nada concretizado.
“Vamos aguardar a vacina. Vai ser um norte para todos nós em termos econômicos”, finaliza a empresária.
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