Os últimos meses foram de fortes emoções para quem investe em criptomoedas. Em maio, até o dia 26, a principal delas, o bitcoin, viu sua cotação diminuir de US$ 55 mil (R$ 292,1 mil) para US$ 30 mil (R$ 159,3 mil). No pior momento, caiu mais de 10% em um dia.
Depois, a pioneira entre as criptomoedas, com cerca de 60% do valor de todo o ecossistema cripto (que inclui quase 10 mil criptomoedas), recuperou-se e passou a ser negociada em torno de US$ 38 mil (R$ 201 mil) até o fim da semana passada.
A principal razão foi o recuo da Tesla, do bilionário Elon Musk, na decisão de aceitar bitcoins na venda de seus carros elétricos. O motivo foi um temor ambiental: Musk teria afinal se dado conta de que o bitcoin consome muita energia de combustíveis fósseis na checagem de suas transações, chamada de mineração, e isso teria incomodado acionistas da empresa, cujo mote é a energia limpa.
- Mas pesaram também as ameaças ao bitcoin feitas pelo banco central da China e as sinalizações da SEC, a autoridade reguladora dos Estados Unidos (equivalente à Comissão de Valores Mobiliários, a CVM, no Brasil), de que não vai autorizar novas modalidades de aplicação em criptos em breve.
Volatilidade atrai novos investidores
Antes dessa fase ruim, o bitcoin vinha na lua, como dizem os entusiastas. A criptomoeda viu o preço disparar de US$ 10 mil (R$ 53,1 mil) em outubro para US$ 65 mil (R$ 345,2 mil) em abril, no embalo de uma onda de adesão de investidores institucionais. Companhias americanas, como MicroStrategy e Square, anunciaram que haviam aplicado parte de seus caixas em bitcoin, o PayPal o integrou à plataforma e gestores de grandes fundos incluíram criptomoedas nas sugestões à clientela.
Já em 2021, vieram as notícias de que a Tesla havia comprado US$ 1,5 bilhão (R$ 8 bilhões) em bitcoins no ano passado e de que passaria a aceitar o ativo digital na venda dos carros. E, em abril, a Coinbase, mais popular plataforma de negociação nos EUA, virou a primeira empresa do setor a ter ações na Nasdaq.
Nessa montanha-russa, o bitcoin caiu 34% no último mês, mas ainda sobe 31% neste ano e impressionantes 313% nos últimos 12 meses.
A volatilidade e o potencial de ganhos vêm atraindo investidores. No Brasil, as pesquisas no Google pelo termo “bitcoin” subiram quase 500% nos últimos 12 meses. Exchanges e fundos vêm ampliando a clientela, e estima-se que mais de 3 milhões de pessoas invistam em criptoativos. Um único fundo lançado em março pela gestora Hashdex já captou mais de R$ 1,1 bilhão.
P2P, exchanges, fundos, ETF
As principais opções para investir são a negociação entre particulares (P2P), as exchanges, os fundos de investimento e, mais recentemente, um ETF, como são chamados os fundos que espelham índices e são negociados em bolsas de valores.
Seja qual for o meio usado, especialistas lembram que esta é uma classe de ativos de alto risco, na qual ninguém deveria aplicar muito de suas economias. “Para quem está começando, recomendo no máximo entre 2% e 3%. E, para perfis agressivos, no máximo 6%”, diz Thales Inada, especialista em criptoativos da casa de análises Spiti.
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