De acordo com dados do portal The Block, esse foi o quarto mês seguido em que as corretoras de cripto viram um valor acima dos US$ 1 trilhão, como mostra o The Block Legitimate Index.
Esse recorde ocorre em um momento difícil para o mundo das criptomoedas. Alguns analistas do Market Watch chegam a dizer que esse é o pior mês para o bitcoin (BTC) desde 2011.
Entre setembro e outubro daquele ano, o preço do bitcoin caiu em pouco mais de 37%.
Considerando o início e o fim de maio, a principal criptomoeda do mercado viu seu preço cair de US$ 57.362 para US$ 36.804, uma queda de mais de 37%. Desde seu pico, aos US$ 65 mil, o bitcoin já encolheu em pouco mais de 45%.
Nas últimas 24h, o bitcoin registra alta de 4,36%, aos US$ 36.868,60. Já o HAS11, o fundo de índice em criptomoedas da B3, também avança 2,54%, cotado a R$ 36,38.
Noticiário
Nas últimas semanas, as notícias não deram descanso para o mundo das criptomoedas. A primeira veio com Elon Musk afirmando que a Tesla deixaria de receber pagamentos em bitcoin, levantando a questão ambiental. Depois, a China ameaçou a mineração de criptomoedas e implementou leis na Mongólia Interior para restringir a atividade.
O Irã também proibiu mineração em seu território, após o país registrar uma série de apagões devido ao alto consumo de energia elétrica. Todos esses fatos contribuíram para a queda da criptomoeda e não deixam o valor voltar ao patamar de US$ 40 mil, apesar das notícias que jogam a favor.
As altcoins
Nem só de bitcoin vive o mercado. As altcoins, moedas alternativas ao bitcoin, estão operando com um desempenho acima da principal criptomoeda do mercado.
De acordo com um levantamento feito pela BitcoinTrade, as altcoins registraram crescimento de 250%. O volume de negociações com altcoins atingiu os R$ 350 milhões em abril de 2021, e só tende a crescer.
E isso se reflete na dominância do bitcoin. Em março deste ano, a principal criptomoeda do mercado correspondia a 69% do mercado. Atualmente, o número está em 44,05%, o que abre espaço para outras moedas crescerem.
Dando nomes
Para começar, a XRP (XRP) desponta com nas altas, avançando mais de 13% por volta das 11h, atingindo os US$ 0,99. A Ripple, empresa por trás da criptomoeda, estava em uma disputa judicial com a SEC, a CVM americana, sobre movimentações suspeitas em criptoativos.
Entretanto, a SEC não conseguiu ter acesso a documentos sigilosos da Ripple e provar que a movimentação foi ilegal. Sendo assim, o caso foi arquivado, o que deu margem para a criptomoeda crescer no mercado. Confira aqui o desempenho da XRP e de outras 5 moedas que cresceram mais que o bitcoin no primeiro trimestre.
A cardano (ADA) também está entre as altas mais relevantes dos últimos dias. Durante o final de semana, a criptomoeda chegou a disparar mais de 13%, após o anúncio de que a plataforma teria uma atualização, adicionando contratos inteligentes ao projeto.
Na manhã desta segunda-feira (31), a ADA avançava mais modestamente, 2,07%, aos US$ 1,65.
A cardano surgiu como uma criptomoeda para competir com o Ethereum (ETH), mas até essa última atualização, não conseguiu animar os investidores. Com a possibilidade de acrescentar contratos inteligentes, ela se torna mais competitiva com o éter.
Por falar nele, a segunda principal criptomoeda do mercado também está em um bom momento. Por volta das 11h30, o ethereum avançava 7,47%, cotado a US$ $2.522,11. Por mais as ethereum killers (projetos criados para “matar o ethereum”) avancem, o ETH ainda é visto com bons olhos pelos investidores institucionais.
Sempre vale lembrar que os especialistas indicam que o investimento em criptomoedas é altamente arriscado, e recomendam cautela e estudo antes de colocar dinheiro em algum projeto.
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