A participação feminina no mercado de trabalho é um debate constante, que vem ganhando notoriedade nos últimos anos e, hoje, pauta estratégias e ações no ambiente corporativo. Nesse sentido, a Receita Federal (RFB) divulgou em seus canais digitais um estudo promovido sobre mulheres no Comércio Exterior, por meio de uma parceria com o Banco Mundial – também conhecido como BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), CONFAC (Comitê Nacional de Facilitação do Comércio) e SECEX (Secretária de Comércio Exterior). A pesquisa aborda os papéis na facilitação do Comércio, desafios da pandemia e barreiras enfrentadas sobre a participação equitativa em Comex.
O levantamento, colocado em prática pela Oppen Social com apoio da Rede Mulher Empreendedora, tem como público-alvo empresárias, gestoras de importação e exportação, e despachantes aduaneiros de todo o país. O ganho dessa ação é inenarrável, considerando as variáveis encontradas no Comércio Exterior e os reflexos de 2020 e 2021 na carreira para nós mulheres.
Um panorama sobre a pesquisa
A pesquisa tem por objetivo promover o incentivo e políticas públicas relacionadas à atuação das mulheres. Vale pontuar que o estudo já provoca grande expectativa sobre dados e resultados. O que chama atenção, certamente, é a dedicação a um estudo sobre narrativas de um público que sofreu um grande impacto no decorrer do tempo.
Após um ano desde o início da pandemia no Brasil, diante das jornadas de trabalho, condições da maternidade, rotina com os filhos, estudos realizados de forma remota e outros pontos, os efeitos desse contexto foram previsíveis: um cenário complexo e delicado para mulheres de diferentes áreas e cargos. Em pesquisas feitas pelo LinkedIn, as projeções se mostram otimistas sobre os próximos anos, porém temos potencial para ficar ainda melhor!
Grandes líderes e cenário de evolução
Com diversas qualificações e preparos, acompanhando as evoluções de mercado, pudemos notar em divulgações recentes que grandes companhias nos colocam em posição de destaque no mercado, podendo destacar: SAP (empresa de software de gestão de origem alemã que, na América Latina, é comandada por Cristina Palmaka, CEO desde agosto de 2020), Nubank (fintech cuja cofundadora é a Cristina Junqueira) e IBM (empresa americana que teve Virginia M. Rometty como presidente e diretora executiva de 2012 a 2020).
Com isto, é possível acreditar que, sim, estudos, incentivos e políticas públicas podem promover novas propostas de mercado e colocações cada vez mais equitativas. Então, como lugar de fala, validamos que a iniciativa da pesquisa divulgada nos canais da Receita Federal é de uma potência gigante. E, nós, mulheres de Comércio Exterior e Tecnologia da Informação, cada vez mais ativas e antenadas às mudanças, somos parte desta evolução!
Cenário de Comex e de TI
Para Comércio Exterior, o cenário seguiu o esperado. Em março de 2021, foi promovido o “primeiro encontro nacional de mulheres no Comércio Exterior”, evento promovido pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) com parceiras, reconhecendo que no Comex não há gênero. Porém, existem diversas barreiras que, conforme dito em um evento de lideranças brasileiras e internacionais do segmento, “diante da aceleração universal dos meios de comunicação, a igualdade de acesso ao conhecimento e a ampliação da concorrência estão mostrando que a competência das mulheres não tem limite”.
Já em Tecnologia da Informação, também em março do ano passado, foram divulgas iniciativas sobre a crescente participação das mulheres na área de TI contando com diversas fontes, mas, considerando o número expressivo de oportunidades, ainda estamos bem atrás e temos ciência da potência que podemos ocupar.
Dessa forma, pode-se dizer que dentro do contexto econômico atual, propagando estudos desta esfera, é possível promover a sororidade e equidade em ambientes corporativos? Com certeza ainda temos um caminho a percorrer, mas é inegável o grande potencial que as mulheres possuem no mercado de trabalho.
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